A Brigada de Incêndio da Universidade Federal de Lavras (UFLA) passou essa quinta-feira (16/10) em Carrancas, colaborando na contenção do incêndio que, desde domingo, afetava as serras do município. A equipe chegou ao local por volta das 9h e só retornou a Lavras depois das 21h, quando a situação já estava controlada.
De acordo com o coordenador da Brigada e professor do Departamento de Ciências Florestais (DCF), professor Warley Augusto Caldas Carvalho, a UFLA participou da operação com 21 brigadistas. Além deles, atuavam no local o Corpo de Bombeiros e a Polícia Ambiental. “Quando chegamos, o fogo já havia afetado uma área muito grande, mas a participação da UFLA foi importante para a contenção dos focos de incêndio restantes”. Ele conta que o chefe da guarnição do Corpo de Bombeiros fez um agradecimento especial à equipe da Universidade pela colaboração.
Treinada periodicamente para atuar internamente, a Brigada de Incêndio da UFLA tem a missão de proteger o patrimônio da Universidade. Em algumas situações chega a desenvolver atividades fora do câmpus, mas o evento de Carrancas é o primeiro, de grandes proporções, em que o grupo atua externamente. “Nossa Brigada está muito bem treinada e trabalhando com disposição”, diz o professor ao lembrar as dificuldades encontradas em Carrancas. “O desafio lá foi a grande extensão de área incendiada e o difícil acesso aos locais”, relata.
O incêndio em Carrancas provocou a morte de duas pessoas que tentaram combater o incêndio na terça-feira (14/10). Raimundo Ferreira e Paulo Carolino da Silva foram sepultados na quinta-feira (16/10). A estimativa inicial é de que 2,5 mil hectares tenham sido atingidos pelo fogo.
A Brigada de Incêndio da UFLA existe desde 2004 e seus membros passam por treinamentos e reciclagens periódicas. A organização está ligada à Prefeitura do Câmpus. O chefe da Brigada é Juscelino de Oliveira Pedroza, também chefe do Serviço Orgânico de Segurança Patrimonial da UFLA (Sosp).
Evitar queimadas: responsabilidade de todos
A época de estiagem deixa a vegetação ressecada e vulnerável a qualquer fagulha que a atinja. Os incêndios causam prejuízos ambientais, matando animais, destruindo áreas produtivas, pastagens, lavouras e áreas habitadas, além de emitirem gases que interferem no efeito estufa.
Medidas como não jogar bitucas de cigarro na vegetação, não fazer fogueiras e não soltar balões são essenciais para evitar o impacto ambiental, humano e econômico gerado pelas queimadas. Nesta época de ausência de chuvas, os cuidados devem ser redobrados para se evitar a catástrofe.