A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,42% no mês de outubro. Em setembro, a alta havia sido de 0,39%.
De acordo com o professor do Departamento de Administração e Economia (DAE) Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, essa taxa de inflação foi determinada, principalmente, pelas despesas com alimentos (3,92%), material de limpeza (1,84%) e serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha, 1,28%). A pesquisa também identificou que as bebidas ficaram mais caras 0,26%, acompanhadas dos itens de higiene pessoal (0,3%), vestuário (0,23%), educação e saúde (0,2%), despesas com moradia (0,53%), transporte (0,85%) e gastos com lazer (0,02%).
Com esse resultado, a inflação medida pela UFLA acumula no ano uma taxa inflacionária acima de dois dígitos, ficando em 12,04%, índice que supera a meta máxima esperada pelo Banco Central (6,5%). A cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas variou de R$439,29% em janeiro para R$429,44 em outubro. Em setembro, seu valor era de R$420,05.
Entre os alimentos, as altas em outubro afetaram os segmentos dos produtos in natura (15,5%), os industrializados (3,93%) e os semielaborados (3,26%). Os alimentos que mais projetaram impacto nos gastos do consumidor foram: couve-flor (25,63%), repolho (22,63%), jiló (44,0%) e as frutas em geral, principalmente a laranja. O arroz também pressionou a inflação do mês, com aumento de 13,75%, bem como as carnes (bovina, suína e de frango). No entanto, o feijão registrou uma queda de mais de 60,0%. E entre os industrializados, os aumentos ficaram nos derivados de trigo, principalmente os pães (farinha e pães) e nos lácteos (creme de leite, leite em pó, leite condenado, leite fluído e longa vida).
O grupo de itens pesquisado pela UFLA que contribuiu para segurar, em parte, a inflação mensal foi o dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que ficaram, em média, 1,18% mais baratos.
Informações encaminhadas à Ascom pelo professor Ricardo Reis.