Trabalho produzido na UFLA conquistou 3º lugar no Prêmio Novos Talentos para Agricultura Sustentável

foto-premio-futuroO trabalho do doutorando da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Lucas Bragança de Carvalho obteve a terceira colocação no Prêmio Novos Talentos para Agricultura Sustentável. A solenidade oficial de premiação ocorreu na terça-feira (25/11), em Brasília. Participaram do evento, além do pós-graduando, a orientadora do trabalho e professora do Departamento de Química (DQI), Luciana Alves Pinto, e a vice-reitora da UFLA, professora Édila Vilela Resende Von Pinho.

No período da tarde, os representantes das equipes inscritas e pré-selecionadas tiveram dez minutos para apresentar seus trabalhos à banca de avaliadores. À noite ocorreu a solenidade para divulgação do resultado e premiação dos classificados. O Prêmio Novos Talentos para Agricultura Sustentável foi promovido pelo Instituto Fórum do Futuro e pela Rede de Fomento da Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. As instituições participantes foram, além da UFLA, a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz” (ESALQ/USP).

A equipe Betagro, pela qual o trabalho de Lucas foi inscrito, recebeu prêmio no valor de R$ 5 mil. A tecnologia desenvolvida e apresentada aos avaliadores busca promover o uso mais racional de agroquímicos pela agricultura. Trata-se da associação de compostos de baixo custo e que não são agressivos ao meio ambiente. O produto desenvolvido por meio da pesquisa apresentou, em testes de laboratório, capacidade de melhorar propriedades físicas e químicas de defensivos agrícolas, como a solubilidade, por exemplo. Tais melhorias podem aumentar o rendimento agronômico, fazendo com que menores doses de defensivos sejam necessárias para alcançar a ação desejada.

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Lucas, professora Édila e professora Luciana (da esq. p/ dir.)

Mesmo incorporando-se um novo composto nas formulações dos defensivos, a associação proposta pelo estudo pode diminuir os custos de produção, ao mesmo tempo em que minimiza também o impacto ambiental, já que a quantidade de produto empregada é reduzida. Justamente por esse benefício – de promover práticas agrícolas mais sustentáveis – o trabalho concilia-se à proposta do Prêmio.

A professora Luciana diz que trabalha com Lucas desde a iniciação científica e reconhece ser uma premiação merecida. “Ele é uma pessoa especial, um pesquisador nato e que está no caminho certo com suas produções”. Sobre o evento em Brasília, ela lembra que foi uma boa oportunidade para que conhecessem o trabalho desenvolvido nas demais instituições. “Foi um momento de relevância também por divulgar a UFLA e incentivar os pesquisadores em seus esforços”.

Lucas recebeu a conquista com satisfação. “Sinto-me lisonjeado com o reconhecimento, e motivado por saber que o trabalho é uma contribuição para a agricultura do nosso país, beneficiando uma área tão importante para a população, como é a produção de alimentos”.

Sobre o Prêmiofoto-premio-futuro2

O Presidente do Conselho Consultivo do Fórum do Futuro, Alysson Paolinelli, coordenou as atividades de premiação, ao lado de presenças como a do Ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, e do Gerente Geral do Banco Mundial para Agricultura na América Latina e no Caribe, Laurent Msallati.

Paolinelli destacou a qualidade das quatro pesquisas selecionadas. “São todas vitoriosas”, afirmou, acrescentando que o prêmio Novos Talentos é uma oportunidade de diálogo entre ciência e sociedade, na medida em que aproxima da Agricultura Sustentável jovens universitários urbanos que desenvolvem pesquisas nas áreas de tecnologia.

A primeira colocação foi conquistada por Bruna Durante Batista, doutoranda em Genética e Melhoramento de Plantas da ESALQ (USP), orientada pela Professora Maria Carolina Verdi.  O trabalho dela encontrou nas raízes da planta do guaraná, da Amazônia, bactérias capazes de estimular a produtividade da soja e do milho. Já a equipe que ficou com o segundo lugar foi liderada por Mateus Moken Ganen, da UFMG, que desenvolveu um Vant (veículo aéreo não tripulado) para monitorar as áreas de plantio, munido de um software capaz de indicar com precisão, entre outros parâmetros, o grau de necessidade de aplicação de defensivos.

A equipe de Luiz Fernando Favarato, da UFV, classificou-se em quarto lugar pelo desenvolvimento de um equipamento inovador, que permite o plantio orgânico em larga escala. A coordenação desse trabalho foi do Professor João Carlos Cardozo Galvão.

Na UFLA, o Prêmio foi lançado oficialmente em 4/9, durante a Semana de Aniversário da Instituição. Participaram da solenidade o reitor da UFLA, José Roberto Scolforo; a vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho; o ex-ministro Alysson Paolinelli; o assessor de Inovação e Empreendedorismo da Inbatec Luiz Gonzaga de Castro Júnior; o pesquisador da Embrapa Pedro Abel Vieira Júnior; o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Vilela; o secretário-geral adjunto de Agricultura do Governo de Minas Gerais, Paulo Romano; o presidente da Federação de Agricultura do Distrito Federal, Renato Simplício Lopes, e do gerente executivo do Fórum do Futuro, jornalista Fernando Barros.

A partir de então, a equipe da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da UFLA (Inbatec/UFLA) divulgou o evento e esteve disponível para auxiliar os candidatos que apresentavam dúvidas sobre o processo. Os desafios propostos pelo Fórum do Futuro foram a promoção do empreendedorismo, o incentivo ao estabelecimento de uma rede de contatos entre estudantes de diferentes cursos e instituições, e também a promoção da produção sustentável de alimento, já que, com o crescimento da população mundial, a tendência é o aumento da produção de alimentos.

Para saber mais sobre o Prêmio, acesse http://www.premionovostalentos.com/.

Fotos: divulgação Fórum do Futuro.