No próximo domingo (22/3) será celebrado o Dia Mundial da Água, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 para promover a reflexão sobre a necessidade de conservação dos recursos hídricos. Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o momento é de reforço das ações de mobilização da comunidade acadêmica para a economia de água.
A campanha lançada em outubro de 2014 pela Diretoria de Meio Ambiente (DMA) será intensificada no câmpus, com a distribuição de cartazes, adesivos, flyers, e-mails, além das publicações institucionais nas redes sociais. Desde meados de 2014, a questão vem despertando a atenção da população brasileira e provocando posturas mais conscientes no trato desse recurso natural.
Todos os dias, são gastos na Universidade 800 mil litros de água tratada, 120 mil litros de água não tratada nas estufas e casas de vegetação, 80 mil litros no atendimento aos animais dos departamentos de Medicina Veterinária (DMV) e Zootecnia (DZO), além de 50 mil litros com as obras em andamento. Esse volume vem de reservas da própria Universidade, alimentadas por 15 nascentes presentes na instituição. Pelo alto consumo, as medidas de economia praticadas no câmpus devem ser constantes, já que períodos com chuvas abaixo da média são passíveis de se repetirem em 2015. Para o trimestre de março, abril e maio, as previsões climáticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (MCTI/Inpe) consideram a possibilidade de os índices ficarem abaixo do normal em grande parte do país.
A falta de chuvas do último ano provocou diminuição no volume de água proveniente das nascentes da UFLA, e a reposição que elas proporcionavam aos reservatórios chegou a baixar para 50 mil litros ao dia, fluxo insuficiente diante da demanda. Em outubro, uma das represas utilizadas – a da Epamig – não ofereceria possibilidade de captação, pelo nível em que a água se encontrava. Diante do cenário, para que não houvesse alteração do calendário de aulas no segundo semestre letivo de 2014, por falta de água, a administração da instituição organizou um plano emergencial, com ações preventivas para enfrentar a escassez.
Reservas próprias: benefícios para o ensino e a pesquisa na Instituição
A utilização, pela UFLA, da água de reservas próprias possibilita uma economia financeira de R$ 4 milhões ao ano, recursos que são aplicados na melhoria da qualidade do ensino. O tratamento da água e do esgoto pela instituição contribui para o desempenho positivo na área ambiental, é fonte de pesquisa para iniciação científica e pós-graduação, além de constituir espaço de ensino em que os estudantes podem ter acesso a laboratórios reais de tratamento de água e de esgoto.
A contribuição da comunidade acadêmica
Servidores, estudantes e a população que frequenta o câmpus podem colaborar com medidas simples, como o acionamento menos prolongado de descargas, o fechamento de torneiras e a utilização racional em jardins, hortas, estruturas e experimentos, entre outras ações.
O telefone (35) 3829-1503 está disponível para que o frequentador do câmpus avise quando identificar desperdício causado por falhas nos equipamentos e materiais, possibilitando uma ação ainda mais ágil da prefeitura do câmpus.
Acesse http://uflaconsciente.ufla.br/agua/.
“Sem água, não há flores”
No ano passado o Núcleo de Estudos em Paisagismo e Floricultura (Nepaflor) planejou produzir uma instalação artístico-paisagística que celebraria a chegada da Primavera. Dois mil girassóis fariam parte do cenário da Universidade, despertando nos frequentadores do câmpus o gosto pela apreciação da natureza. No entanto, diante do período de estiagem e de falta de água no Sul de Minas e em outras regiões do país, poucas flores sobreviveram.
Em uma iniciativa original, eles transformaram o fato em uma atividade de sensibilização da comunidade universitária. Levaram as plantas sobreviventes para a Cantina e distribuíram aos interessados, sob a condição de que refletissem sobre a beleza da vida e a necessidade de água para preservá-la. Entregaram também um folheto que explicava o motivo da campanha. A mensagem de reflexão era: “Sem água, não há flores”.
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