Neste fim de semana, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) teve o seu nome veiculado em dois programas televisivos de abrangência nacional: “Como Será?” e “Fantástico”, ambos da Rede Globo.
No sábado (21/3), véspera do Dia Mundial da Água, o programa Como Será?, apresentado pela jornalista Sandra Annenberg, trouxe entre os destaques a linha de pesquisa do professor Rubens José Guimarães e sua equipe de estudantes que participam e já participaram do Núcleo de Estudos em cafeicultura (Necaf). O programa foi reapresentado no domingo (22/3), na GloboNews e também da TV Futura.
A matéria chamou a atenção para a necessidade do consumo sustentável de água e apresentou resultados de pesquisas com o gel polímero, que retém a água no solo por um tempo maior – e que pode ser usado no plantio de café. O nome é complicado – polímero hidro retentor – mas a tecnologia é de fácil aplicabilidade e vem sendo confirmada sua eficácia em plantios de café tanto em lavouras de sequeiro como irrigadas. Trata-se de um gel, que adicionado às covas de plantio, na medida certa, serve como uma reserva de água em períodos de estiagem e também como condicionador de solo.
Já validados para a cultura do eucalipto, os resultados das pesquisas com o uso de polímeros na cafeicultura são muito promissores. Essa é a avaliação do professor de Cafeicultura da UFLA, professor Rubens José Guimarães, coordenador dessa linha de pesquisa na Universidade, que tem o apoio do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Desde que foram iniciados os estudos em 2009, já foram publicadas quatro dissertações de mestrado e uma tese de doutorado confirmando a eficácia da tecnologia.
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Pesquisa sobre Ecologia de Estradas e Sistema Urubu ganham destaque no Fantástico
O atropelamento é uma ameaça séria para a fauna brasileira. Milhões de animais são atropelados a cada ano nas estradas brasileiras, muitos deles de espécies ameaçadas de extinção. Os dados do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas da Universidade Federal de Lavras (CBEE – UFLA) foram destaque do programa Fantástico nesse domingo (22/3).
A matéria extensa contou com entrevista do professor Alex Bager, do Departamento de Biologia (DBI/UFLA), coordenador do CBEE –UFLA. Entre as informações repassadas, um dado assustador: por ano, 5 milhões de animais grandes, como uma anta, por exemplo, são mortos nas estradas brasileiras. E se forem considerados os bichos menores, como sapos, cobras e aves, este número fica ainda mais impressionante.
O professor Alex Bager estava às margens da BR-101, na faixa de 25 quilômetros de constante perigo para os bichos que habitam a reserva biológica de Sooretama e outras três áreas de preservação no Espírito Santo. Muitos bichos que vivem no local são de espécies ameaçadas de extinção.
O professor enfatizou as pesquisas em desenvolvimento na Universidade em parceria com diversas instituições e, sobretudo, os frutos que já começam a ser colhidos, como o sucesso do sistema Urubu, aplicativo para celular que já reuniu mais de 7,5 mil fotos de animais atropelados .
O problema focalizado no Fantástico foi a existência de 189 unidades de conservação cortadas por estradas em todo o País. No total, são 15 mil quilômetros de rodovias cruzando áreas de proteção ambiental.
“Muitas vezes, essas estradas são implantadas em locais aonde você tem o animal vive de um lado da rodovia e do outro é a área de alimentação, é a área de reprodução ou faz parte da área de vida dele naturalmente. E com isso, ele se obriga a cruzar a rodovia e acaba sendo atropelado. São aproximadamente 15 animais sendo atropelados no Brasil a cada segundo”, afirma Alex Bager.
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