De 14/4 a 16/4 será realizado na Universidade Federal de Lavras (UFLA) um evento que integra as atividades da Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária. Haverá debates diários, com a presença de profissionais da UFLA, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Levante Popular da Juventude e de outras instituições de ensino federais. Nos três dias, os debates terão início às 19h, no Departamento de Educação (DED).
A Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária é realizada simultaneamente em dezenas de universidades brasileiras, com eventos distribuídos entre 30/3 e 30/4. De acordo com o site do MST, o objetivo da inciativa é incentivar o compromisso das universidades com a questão da reforma agrária, aproximando a academia das questões vivenciadas no campo. As programações envolvem debates, exibições teatrais, filmes e visitas a assentamentos e feiras.
Na UFLA, os debates sobre o tema são organizados no DED, pelo coordenador do curso de especialização em Gênero e Diversidade na Escola (GDE), professor Celso Vallin. Ele atua no evento em parceria com membros do Levante Popular da Juventude e do MST. A participação nas atividades é aberta a todo o público e não há necessidade de inscrição. Haverá, ainda, exposição e venda de produtos da Reforma Agrária, exposição de fotos e pinturas.
Conquistas da primeira edição do evento
De acordo com os organizadores, em 2014 a Jornada permitiu avanços como o trabalho coletivo de diversos grupos de pesquisa e extensão da universidade que têm em comum o apoio ao MST e à Reforma Agrária; a integração e articulação entre a comunidade acadêmica e os movimentos sociais do campo; a constituição de um espaço de formação e de divulgação dos temas da questão agrária, do projeto de país, das matrizes de produção da vida, da estratégia de construção popular e da luta pelo socialismo. Além disso, segundo o professor Celso, as atividades foram uma demonstração de apoio das universidades à reforma agrária.
Programação
Dia 14/4 – terça-feira
19h – Abertura do evento
Bruno Diogo (MST) – O que e por que a JU_RA. Contexto nacional. Via Campesina.
Celso Vallin (UFLA) – A participação da nessa jornada.
Victor Mendes (Levante) – A participação do Levante da Juventude nessa construção.
Debate sobre Agroecologia, Meio Ambiente, Gente e Reforma Agrária Popular
Abertura e mediação: Jacqueline Alves Magalhães e Wagner Dinali
Bruno Diogo (MST) – A concepção do MST para Reforma Agrária Popular.
Éder Jurandir Carneiro (UFSJ) – Conflitos ambientais e agrários e populações atingidas. O ambiente como mercadoria.
Lêda Gonçalves (IFSULDEMINAS-Machado) – A agroecologia e a experiência com assentados e acampados da Reforma Agrária.
Dia 15/4 – quarta-feira
15h – Cine Debate – O veneno está na mesa 2
19h – Debate sobre Educação do Campo e Reforma Agrária Popular
Abertura e mediação: Celso Vallin e Clara Mitre
Sônia Maria Roseno (Lecampo UFMG) – Concepção do MST para Educação do Campo.
Rita Laura A. Cavalcante (UFSJ) – Desafios da formação permanente de professores/as e políticas públicas.
Marcos Bertachi (MST) – A reconstrução do ambiente escolar com a comunidade na educação do campo.
Dia 16/4 – quinta-feira
19h – Debate sobre Movimento Social, Universidade e Reforma Agrária Popular
Abertura e mediação: Victor Mendes e Rosana Vieira Ramos
Henrique do Prado Sansonas – Como a universidade pode contribuir com a vida nos assentamentos e acampamentos.
Aline de Castro Rezende – Como o movimento social pode influenciar a experiência de estudante?
Maroca (Maria de Lourdes Souza Oliveira) – Tensões e oportunidades da extensão universitária nos projetos com os movimentos sociais.