Desde 1º/4, a equipe do Projeto Cinema com Vida exibe filmes da Mostra Cinema Novo Brasileiro. Nove produções já estiveram em debate. Em 24/6, a Mostra terá seu encerramento, com o total de 12 obras exibidas. Na próxima quarta-feira (10/6) será a décima apresentação de série, com o filme Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade.
Confira a programação e participe das últimas sessões da Mostra Cinema Novo Brasileiro
Os encontros do Projeto Cinema com Vida ocorrem sempre às quartas-feiras, às 14h, no Museu de História Natural, câmpus histórico. A participação do público é gratuita. Quem está presente em, no mínimo, 75% da programação da Mostra recebe certificado. A reflexão sobre obras cinematográficas alternativas às comerciais busca principalmente contribuir na formação cultural de professores das escolas de ensino básico, assim como de futuros professores (estudantes das licenciaturas).
A Mostra “Cinema Novo Brasileiro” não tem foco em um diretor específico. Busca compreender o cinema como um trabalho de caráter mais coletivo, que se constitui menos como uma criação exclusiva do diretor e mais como expressão de um momento histórico e social. A equipe do projeto, que já possuía a vontade de trabalhar com os mestres do cinema brasileiro, teve motivação adicional para investir na mostra com a publicação da Lei 13.006/2014, que define a obrigatoriedade da exibição de filmes de produção nacional nas escolas por no mínimo duas horas ao mês. A Lei é um acréscimo às Diretrizes e Bases da Educação Nacional, fazendo com que o cinema brasileiro constitua componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica das escolas.
O Cinema com Vida tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Educação; do Mestrado Profissional em Educação; do Departamento de Educação (DED); do Departamento de Educação Física (DEF); do Grupo de Estudos e Pesquisas Teoria Crítica e Educação (GEPTCE); do Laboratório Interdisciplinar sobre Corpo, Cultura e Educação (Paidéia); do Museu de História Natural (MHN); da Proec/UFLA e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
Sinopse de Macunaína*
Macunaíma é um herói preguiçoso, sem caráter. Nasceu em meio à mata e só começou a falar aos seus seis anos de idade – prova de sua preguiça. Esse personagem, durante o filme, representa o brasileiro, com seus jeitos e trejeitos, suas expressões e seus diálogos cômicos, suas atitudes e confissões. Macunaíma, de negro, se transforma em branco e do sertão migra para a cidade com os irmãos, buscando um compêndio de todas as vivências e aventuras possíveis no país, vive várias aventuras na cidade de forma zombeteira, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Cada personagem na obra, e sua relação com o protagonista, se identifica a uma metáfora de alguma das estruturas sócias do Brasil. O filme, homônimo da obra textual de Mário de Andrade – Macunaíma – resgata a obra que, por excelência, representa a construção – ou até mesmo forjação – de uma identidade cultural brasileira.