O Ministério do Meio Ambiente (MMA) investirá na busca ativa com a finalidade de identificar o pequeno produtor rural, e garantir que os 150 milhões de hectares que restam para fazer o Cadastro Ambiental Rural (CAR) estejam no banco de dados até 5 de maio do próximo ano.
A informação é do secretário executivo do ministério, Francisco Gaetani, que participou na quinta-feira (6/8) de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, ocasião em que falou sobre os avanços do CAR.
A busca ativa é uma estratégia já utilizada pelo governo no Plano Brasil Sem Miséria com o objetivo de alcançar aqueles que não acessam os serviços públicos e vivem fora de qualquer rede de proteção social.
Nesta semana, o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão responsável pelo CAR, divulga um novo balanço. A estimativa é de ultrapassar os 60% da área cadastrável, estimada em 380 milhões de hectares.
Cadastro Ambiental Rural
O sistema CAR foi desenvolvido e tem sido mantido pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio do Laboratório de Estudos em Manejo Florestal (Lemaf). Considerado um dos maiores cadastros ambiental georreferenciado do mundo, sua criação envolveu mais de 150 pessoas, entre profissionais e estudantes da Universidade.
Esse cadastro é um registro eletrônico obrigatório para os imóveis rurais, a nível nacional, implementado pelo MMA desde o primeiro semestre de 2014. O sistema inclui uma base de dados que integra as informações ambientais com fotos de satélites disponíveis a toda população. A partir dela é possível o registro dos imóveis rurais; as remanescentes de vegetação nativa; Áreas de Preservação Permanente, Uso Restrito, Reserva Legal, além daquelas de interesse social, de utilidade pública, e consolidada.
Camila Caetano- jornalista, bolsista/UFLA