Chuva de Meteoros Perseidas poderá ser observada entre 12/8 e 14/8

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Meteoro da chuva de meteoros Perseida (2009). Foto extraída da Wikipedia.

Depois da Lua Azul, outro fenômeno astronômico é esperado para os próximos dias – a chuva de meteoros Perseidas, conhecida como Lágrimas de San Lorenzo. Novamente, os professores coordenadores do projeto “A Magia da Física e do Universo”, Karen Luz Burgoa Rosso e José Nogales, dão sua contribuição para disseminação do conhecimento científico, explicando o que o observador poderá contemplar no céu, principalmente no pico do fenômeno: entre 12/8 e 14/8.

Os interessados em contemplar o movimento de 60 meteoros por hora devem olhar na direção da constelação de Perseu, localizada entre o norte e leste. Essa observação deve ser feita a partir das duas horas da madrugada. A lua crescente também deverá estar visível, mas não impedirá a observação da chuva de meteoros. Não é necessário nenhum equipamento especial, como telescópios e binóculos, para identificar o fenômeno. É recomendável apenas que a pessoa esteja em um local escuro, longe da poluição luminosa das cidades. Um quintal que permita a observação do horizonte e esteja livre de luzes pode ser uma boa opção, mas recomenda-se ficar por cerca de 30 minutos na escuridão, para que haja dilatação das pupilas e, assim, a possibilidade de enxergar os meteoros de brilho menos intenso.

Esta chuva de meteoros ocorre anualmente, quando a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que tem um período de translação à volta do Sol de 130 anos. Essa órbita contém partículas pequenas como grãos de areia e materiais rochosos. Elas foram liberadas da cauda do cometa quando de suas passagens próximas ao Sol. Quando essas partículas entram na atmosfera da Terra, são aquecidas pelo atrito e se dá a combustão, fazendo com que elas brilhem por alguns segundos e deixem rastros de luz (assemelham-se a estrelas em movimento, por isso são chamadas estrelas cadentes).

Entre os objetos celestes que passam perto da Terra por várias vezes, o cometa Swif-Tuttle é o maior. Quando, em 69 a.C., os chineses observaram um comenta, provavelmente era o Swif-Tuttle. A previsão é de que apareça novamente em 2126. O que será observado em agosto de 2015, portanto, é apenas a “chuva” provocada por partículas que estão em sua órbita.

Para registrar o fenômeno

Uma forma de contar os meteoros durante o fenômeno é fotografá-los. É necessário utilizar lentes grande angulares, em exposições de longa duração, com uso de tripé. Depois, é só contar os traços aparecerão nas fotos.

Outra experiência possível durante a chuva de meteoros é com o rádio. Sintonizando-o em uma estação distante e fora de alcance, observa-se que o rádio passa a funcionar bem quando os meteoritos entram na atmosfera, já que ionizam camadas de ar que refletem o sinal.

Associação às lágrimas de São Lourenço

São Lourenço foi um mártir católico que viveu em Roma no segundo século depois de Cristo. Seguindo perseguições do imperador romano Valeriano, foi queimado vivo. Nas noites seguintes à execução, ocorreu a chuva de meteoros Perseidas e as pessoas associaram as imagens às lágrimas do mártir.