Internacionalização: professor de universidade alemã ministrou curso no DAG de 10/8 a 14/8

professores do DAG, intercambistas e professor Kreis em ambiente ao ar livre.
Da esq. p/ dir.: Aliyu Mahammed, prof. José Eduardo, prof. Wolfgang Kreis, professora Suzan e Smail Aazza.

Com atividades iniciadas em 2013, o Programa de Pós-Graduação em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares da Universidade Federal de Lavras investe na internacionalização de suas atividades. Nesta semana, de 10/8 a 14/8, ofereceu aos estudantes um curso sobre Biossíntese de Produtos Naturais, ministrado em inglês pelo professor e pesquisador da Friedrich-Alexander-Universität-Erlangen-Nurnberg (Alemanha) Wolfgang Kreis.

O curso foi realizado das 9h às 12h, com aulas expositivas proferidas pelo professor da instituição alemã, intercaladas com apresentação de seminários por parte dos alunos. Participaram das atividades 24 estudantes, todos ligados a um dos dois Programas de Pós-graduação do Departamento de Agricultura (DAG): Programa de Pós-Graduação em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares e Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Fitotecnia. A avaliação que o professor Kreis faz da experiência é positiva. “Os participantes estão engajados, comprometidos e muito interessados. Vejo que o curso está sendo uma boa experiência para eles e efetivamente constitui mais um passo direcionado à internacionalização”, diz.

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Turma do curso em Biossíntese de Produtos Naturais.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, professor José Eduardo Brasil Pereira Pinto, e a coordenadora adjunta professora Suzan Kelly Vilela Bertolucci, acompanharam todas as atividades durante a semana. Além do curso, o Prof. Dr. Kreis participou de reuniões para discussão dos projetos que as duas instituições desenvolvem em parceria. Os trabalhos conjuntos fazem parte de um Projeto de Cooperação Internacional entre Alemanha, Portugal, Turquia e Brasil, financiado pela European Comission Marie Curie Actions International Research Staff.

Intitulado ‘The genus Digitalis: Molecular taxonomy, preservation, active constituents and therapeutic applications’, o Projeto busca investigar aspectos químicos, agronômicos e de atividade biológica de cardenolídeos digitálicos. Entre as  instituições brasileiras envolvidas estão a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais (professores Fernão Castro Braga e Rodrigo Maia Pádua), a Universidade Federal de Santa Catarina (professora Claudia Maria Oliveira Simões) e a UFLA (professores José Eduardo e Suzan). As atividades estão em curso há quatro anos.

Pelo Projeto, está na UFLA há quase um ano o intercambista Smail Aazza, da Universidade do Algarve-Portugal/Universidade de Fes-Marrocos, e há cerca de um mês Aliyu Mahammed, da Universidade de Bolu-Turquia. A estudante de pós-graduação do Programa em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares Giselly Mota da Silva está na Universidade de Lisboa, sob orientação da professora Ana Cristina Figueiredo. O estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, Luiz Eduardo Santos Lazzarini, irá, em setembro, para Universidade de Bolu, na Turquia.

Na avaliação do Prof. José Eduardo Brasil, as atividades do curso ministrado nesta semana têm sido produtivas. “As discussões e conhecimentos adquiridos foram riquíssimos. O professor Kreis possui vasto conhecimento e experiência em estudos de biossíntese de produtos naturais. Com este curso os alunos terão uma visão ampliada sobre os mecanismos bioquímicos responsáveis pela diversidade química estrutural existente nas plantas, sobre os métodos de elucidação de rotas biossintética, bem como o papel biológico e ecológico dos metabólitos especiais”, comenta.

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Aula do curso, com o professor Kreis.

Professor Wolfgang Kreis

Atuando há mais de 20 anos na Friedrich-Alexander-Universität-Erlangen-Nurnberg, o professor Kreis é considerado pesquisador renomado internacionalmente devido a sua experiência nos estudos de culturas de células e tecidos de Digitalis spp, biossíntese, análises químicas e biotransformação de produtos naturais.

Esteve na UFLA pela primeira vez em 2008, quando proferiu um seminário pelo qual apresentou a pesquisa que desenvolvia. Retornando em 2015, percebeu diferenças na instituição. “Hoje vejo muitas construções ao longo do campus. Este prédio mesmo em que estamos parece que não existia. A instituição está em crescimento”. Sobre a participação das universidades brasileiras no Projeto Internacional custeado pela comissão europeia, considera que os resultados têm sido produtivos. “Já resultou em dez trabalhos científicos publicados em periódicos de alto impacto internacional”, diz.