Nessa segunda-feira (24/8), teve início a Campanha Nacional em Favor da Universidade Aberta do Brasil (UAB) Com uma petição pública, professores e estudantes buscam apoio para garantir a manutenção do orçamento e o funcionamento dos cursos de ensino superior a distância, que formam milhares de profissionais anualmente no País.
A Universidade Aberta do Brasil (UAB), que completa 10 anos em 2015, é um sistema gerido e fomentado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), formado por 95 instituições públicas de ensino superior que oferecem hoje cursos a distância para aproximadamente 200.000 estudantes, em 700 cidades do País.
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) participa da UAB desde 2006 e, atualmente, oferece cinco cursos de graduação a distância (Administração Pública, Filosofia, Letras-Inglês, Letras-Português e Pedagogia), com aproximadamente 1.800 estudantes. Também oferta dois cursos de especialização “Produção de Material Didático para Linux Educacional” e “Uso Educacional da Internet”, com 210 cursistas.
De acordo com a avaliação do Ministério da Educação (MEC), a UFLA está entre as três melhores instituições do Brasil, com nota máxima tanto no credenciamento institucional para Educação a Distância quando no Índice Geral de Cursos, indicadores de avaliação nacional das universidades e faculdades brasileiras.
Segundo o coordenador-geral do Centro de Educação a Distância (Cead/UFLA), professor Ronei Martins, são muitos os exemplos de sucesso e histórias de superação proporcionadas pelos cursos a distância da UAB. “Entretanto, todas as conquistas da UAB e da UFLA estão ameaçadas por cortes no orçamento de custeio e nas bolsas pagas a tutores, professores e técnicos que dão apoio aos cursos”, enfatizou.
O coordenador explica que desde 2013 a instituição tem convivido com dificuldade de repasse dos recursos financeiros para custeio e outras restrições orçamentárias. “Neste ano a situação se tornou quase insustentável. Em fevereiro tivemos que adiar o início das atividades letivas porque a CAPES não realizou repasses de custeio. Iniciamos o primeiro período letivo em maio, ainda sem recursos liberados, somente porque a UFLA manteve seu compromisso com a formação das turmas iniciadas e conseguiu alocar custeio de outras fontes. Foi um grande sacrifício, mas, conseguimos concluir o semestre. Agora, às vésperas do início do segundo período letivo, fomos informados sobre novo corte, dessa vez, no pagamento das bolsas. Estamos buscando alternativas para superar todas essas restrições”, reforçou.
De acordo com o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, o compromisso para a formação das turmas iniciadas será honrado, por acreditarmos no compromisso de inclusão social característico desta modalidade, no entanto, novas turmas previstas não serão iniciadas até que o financiamento da UAB seja reestabelecido. Além das turmas em andamento, a UFLA planejava a oferta de outras 1550 em cursos de graduação e pós-graduação para 2016.
Buscando apoio para reverter o quadro de inviabilidade em que se encontra a Universidade Aberta do Brasil, o Fórum que congrega todos os coordenadores da UAB iniciou nesta segunda-feira (24/8) uma campanha em favor da manutenção do orçamento federal para educação a distância. O movimento acontece em todo o país e tem o objetivo de informar as pessoas sobre a situação, conseguir assinaturas para uma petição pública e chamar a atenção do Governo Federal. A UFLA apoia este movimento.
Outras informações podem ser obtidas pelo endereço eletrônico manifestouab@gmail.com
Clique aqui e leia petição. Assista também ao vídeo da campanha aqui