O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Minas Gerais, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), promoveu os cursos de Classificação e Degustação de Café e também o de Barista para estudantes da universidade. A primeira turma foi formada por estudantes membros do Núcleo de Estudos em Qualidade, Industrialização e Consumo de Café (QICafé) e convidados da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Com o objetivo de profissionalizar os participantes e aprimorar os seus conhecimentos na área, os cursos foram ministrados pela barista certificada pela Associação Brasileira de Café e Barista (ACBB) e mestre em Gestão de Cadeias Produtivas, Helga Andrade. Como parte da parceria, a UFLA sede o espaço físico e a infraestrutura, enquanto o Senar organiza o curso.
Para a coordenadora do QICafé e responsável pelo Polo de Tecnologia e Qualidade do Café, professora Rosemary Gualberto Pereira, a realização desses cursos é importante para os discentes de graduação e pós-graduação. “As parcerias com instituições contribuem para oferecer essa oportunidade para a comunidade. Esta foi a primeira de várias iniciativas em para atender as demandas dos núcleos ligados ao café e, posteriormente, outros núcleos e discentes da UFLA”.
Com o Curso de Classificação e Degustação, cuja carga horária é de 40 horas, o cursista passa a ter “uma visão global da metodologia da Classificação Oficial Brasileira (COB), que segue a instrução normativa que regulamenta a comercialização do café verde no Brasil”, explica Helga, que trabalha há três anos com o Senar.
Na parte teórica, o curso aborda classificação física, como defeitos, peneira, umidade e aspecto. Já na etapa teórica é abordada a torra voltada pra mostra de café e prova de xícara, focando nos padrões de bebida da COB (mole, dura, riado e rio). “Ainda não trabalhamos com cafés especiais, mas a gente sempre apresenta cafés de diferentes qualidades, para mostrar que sempre há novas possibilidades”, aponta a barista.
O Curso de Barista possui uma carga horária de 16 horas, para uma turma de seis a oito alunos. “É um curso mais condensado e tem menos alunos porque ele é muito prático”, comenta Helga. Por sua vez, o curso tem o objetivo de apresentar a influência de diferentes moagens, torras e preparos, e como esses elementos impactam na bebida. Os participantes aprendem também o básico de degustação e passam a ter melhor compreensão do conteúdo trabalhado no Curso de Classificação.
Sobre novas oportunidades na Universidade, Helga demonstra otimismo: “existe interesse de ambos os lados em fortalecer a parceria Senar-UFLA para que a gente possa promover mais cursos e de melhor qualidade aqui dentro, principalmente sobre café”.