A equipe de robótica Troia, vinculada ao Departamento de Engenharia da UFLA, teve um desempenho destacado no III Summer Challenge, maior evento da América Latina em combates de robôs. As batalhas foram alucinantes e contagiaram o público nos Ginásios da Universidade Federal de Lavras (UFLA), nos três dias de evento, de 31/10 a 2/11.
A equipe que representa a UFLA subiu no pódio três vezes. A Troia conquistou o título do hockey sobre o time Olympus, da equipe ThundeRatz, por 5 a 2. Uma vitória da equipe da UFLA, batizado de Tesla Team, contra a equipe de robótica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Outras duas medalhas foram em categorias de combate: Pé de Pano (até 5,44kg) venceu o Orthus, do time Trincabotz, que representa o Cefet-MG, e ficou com o ouro. O robô Aquiles (até 27,2kg) perdeu a luta contra Touro Light, da equipe RioBotz, da Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio), garantindo o 3º lugar na categoria lightweight.
O evento teve o apoio da UFLA, com a organização da equipe Troia e RoboCore, organização responsável pelos principais eventos de robótica no Brasil. Ao todo, o Summer Challenge mobilizou mais de 400 competidores, que representam cerca de 40 equipes de todas as regiões brasileiras e uma equipe mexicana.
Troia em destaque
Para o professor Felipe Silva (DEG/UFLA), atual tutor da equipe Troia, o evento realizado na Universidade foi destacado por vários motivos, entre eles, a organização e o alto nível dos combates. O mais importante, segundo ele, é que a equipe da UFLA é relativamente nova, apenas três anos, e tem conseguido uma evolução surpreendente em todos os quesitos: trabalho em equipe, aplicação dos conhecimentos em eletrônica, mecânica e programação, além da organização de eventos como o Summer Challenge. “O desempenho, com as medalhas conquistadas, só vem confirmar ainda mais a excelência da equipe”, reforçou.
O capitão-geral da equipe Troia, Rodrigo Reviglio, a vivência nessa competição fortalece ainda mais a equipe. Sobre a contribuição para a formação profissional, é indiscutível o aprendizado em diferentes áreas do conhecimento, aliado a uma capacidade de aliar todas as informações em uma estratégica para vencer robôs adversários. Para ele, “o aprendizado é imensurável”.
Um prazer especial da competição foi vencer uma das equipes mais tradicionais em robótica do País, ThundeRatz, da Poli-USP e ouvir do capitão da equipe, Cauê Cimorelli Muriano que a equipe Troia é atualmente uma das mais competitivas. “A organização da Ufla foi maravilhosa e uma excelente oportunidade para testarmos os robôs. A Troia é uma equipe excepcional e muito competitiva. Uma equipe que cresceu muito nos últimos anos e uma das melhores na área de combates”, considerou.
Para o público, uma diversão vibrante e inusitada na Universidade. Os professores João de Deus Souza Carneiro e Gislaine Carneiro, a competição na UFLA foi muito interessante, sobretudo atrativa para o filho Gustavo, de sete anos, que ficou entusiasmado com os combates.
Participação da Troia
A equipe é formada por 27 membros, estudantes da UFLA que têm como objetivo construir robôs para competições. Mas o aprendizado vai muito além das salas de aula e do laboratório de robótica que estão estruturando na Universidade, aliando teoria e prática em uma atividade que integra todo o grupo.
Em apenas três anos de atuação, competiram no Summer Challenge com dez robôs: Aquiles, Pé de Pano, Pegasus, Kamikaze e o estreante Cavaco (1,3kg) em combates de robôs; o time de quatro máquinas (uma reserva) do Tesla Team, no hockey; e seguidor de linha, com o também estreante Trojaninho.
Entenda as categorias do torneio
Nos combates de robôs, o objetivo é que um deles imobilize ou destrua o adversário. Os robôs são controlados remotamente e possuem armas, mas há uma série de regras a serem seguidas, como subdivisão por peso e combate em local seguro. No hockey, dois times constituídos por três robôs cada competem tentando fazer gols. Os robôs seguidores de linha devem ser programados para seguirem uma linha traçada no chão; quem realiza o trajeto em menor tempo vence. Há ainda as categorias sumô e trekking. Na primeira, o robô deve empurrar o oponente para fora do ringue. No trekking, no entanto, o robô é autônomo e deve chegar a lugares pré-definidos seguindo uma ordem e programação pré-definidas.
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Texto: Cibele Aguiar e Mateus Lima
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Fotos: Leonardo Assad – bolsista ASCOM/DCH
Fotos: Cibele Aguiar
Fotos: Mateus Lima