No mês de novembro é celebrado o dia da Consciência Negra. Em Lavras, as comemorações serão iniciadas nesta terça-feira (17), com apresentações na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Haverá programação diversificada até 28 de novembro. Serão doze dias de manifestações culturais, debates, oficinas, além de apresentações de teatro, capoeira e grupos de danças.
A celebração ocorrerá tanto no câmpus da UFLA quanto nas escolas de Lavras. Todas as atividades são gratuitas, abertas à comunidade.
O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, data que coincide com o dia da morte do Zumbi dos Palmares (1655-1695). As ações promovidas para sua celebração buscam não só lembrar a resistência do negro à escravidão, e sua luta pelo fim do preconceito, mas também valorizar riqueza da cultura negra. “Os eventos reafirmam a beleza e a legitimidade dos traços culturais de origem africana, que muitas vezes estão presentes em nós todos”, afirma o professor do Departamento de Educação (DED) Celso Vallin, um dos organizadores do evento.
São organizadores e apoiadores do Mês da Consciência Negra em Lavras, nesta edição, o DED/UFLA, o Levante Popular da Juventude, o Grupo de Estudos em Gênero e Diversidade em Movimento (Gedim), o Conselho Municipal de Políticas de Igualdade Racial, a Escola de Samba Nova Lavras, e o Pensamento Legal – Gralha Azul.
Programação completa:
17/11
13h: Manifestação cultural no canteiro central: UFLA NEGRA – NEGRA?! – DCE
21h: Teatro DARLUZ no Anfiteatro do DCH
18/11
19h – Vídeo-debate: Negritude em foco na Escola Cooperativa Gralha Azul
19/11
19h30 – Oficina Identidade Local na Escola Cooperativa Gralha Azul
20/11
MARCHA AFRO – Povo negro: raiz da liberdade
17h: Oficina de Cartazes na Praça Augusto Silva
18h: Povo na Rua- Saída para a marcha da praça.
20h: Cultural Afro na Casa da Cultura
21/11
14h às 20h: Ocupa Negritude, na SELT, apresentação de:
Maracatu/ Capoeira/ Escola de Samba Nova Lavras/ Oficinas/ Hip Hop/ Grupo de Umbanda
22/11
20h: Batalha de Mcs na Praça Augusto Silva
25/11
15h30: SEM PENA (Cine-debate) no auditório do DED na UFLA
28/11
15h: 2º Encontro do Orgulho Crespo na Praça Augusto Silva
Sobre o Darluz
A cena teatral é conduzida por uma mulher chamada Darluz, que vende seus filhos a terceiros a fim de livrá-los da extensão da sua miséria. A protagonista tem um marido alcoolista e desempregado, chamado Altamiro, e ambos vivem em situação desumana próximo de um lixão.
Durante todo o ato cênico, a personagem dialoga com Altamiro sobre suas angústias, suas perdas, sua condição social e solidão. Apesar de não aparecer para o público, Altamiro mantem-se presente nas fala de Darluz. Tanto no início quanto no desfecho teatral, a protagonista apresenta cada filho vendido, simbolizados por brinquedos, e a real justificativa de ter livrado-os da extensão e condição de sua miséria.
Após a apresentação, será realizado um debate em torno das questões de gênero, raça e classe.