O Dia Mundial do Diabetes, que lembra a importância da prevenção a essa doença, é lembrado em 14 de novembro. Como essa data foi no sábado, a UFLA realizará o seu dia de combate à doença em 18 de novembro, com atividades em tendas na Cantina Central das 8 às 12 horas e das 13 às 20 horas.
A equipe da Coordenadoria de Saúde/Praec irá realizar exames de glicemia capilar (que mede o índice de glicose no sangue retirando uma gota de sangue da ponta do dedo). Para participar, é necessário estar em jejum por no mínimo duas horas. Além dos exames, limitados, serão distribuídos folhetos com orientações sobre o diabetes e dicas de alimentação saudável.
A coordenadora de Saúde, Hebe Andrade Costa, explica que os objetivos da campanha vão muito além de detectar indivíduos com diabetes: “A intenção é informar sobre os perigos dessa doença, que pode afetar desde crianças a idosos. Nem sempre o diabetes apresenta sintomas, mas suas complicações são cumulativas ao longo da vida”.
Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais, de acordo com o médico Alfredo Baruqui Júnior: “Existem medidas preventivas para muitos casos, que reduzem as chances de complicações”. O diabetes pode levar a problemas nos rins, sistema nervoso e doenças cardiovasculares.
A campanha é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec), por meio da Coordenadoria de Saúde.
Informe-se sobre o diabetes
O diabetes é uma doença crônica decorrente da ausência de produção do hormônio insulina ou emprego incorreto do corpo da insulina produzida. A insulina permite que o açúcar (glicose) penetre nas células para ser utilizado como energia; assim, se esse hormônio é escasso ou não age corretamente, há um consequente aumento da glicose no sangue, ocasionando a doença. Esse acúmulo é prejudicial a vasos sanguíneos, nervos e órgãos. Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa quase 7% da população. Existem diferentes tipos de diabetes:
- Tipo 1 – Caracterizado pelo ataque equivocado do sistema imunológico às células do pâncreas que produzem insulina. Assim, pouco ou nenhum hormônio desse tipo é liberado para o corpo. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
- Tipo 2 – Aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos. Dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em certos casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
- Outros tipos – Entre o Tipo 1 e o Tipo 2, foi identificado o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Ele ocorre em pessoas diagnosticadas com o Tipo 2 que desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células do pâncreas produtoras de insulina. Há, ainda, diabetes gestacional, uma condição temporária que acontece durante a gravidez. Ele afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.