Parceria entre UFLA e Epamig vai utilizar software de gerenciamento de custos para identificar a produtividade de diferentes cultivares
Uma parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Centro de Inteligência de Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), coordenado pelo professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, vai propiciar a avaliação dos impactos econômicos e de produtividade das cultivares de café desenvolvidas pela empresa em parceria com as universidades federais de Viçosa e Lavras. Pela proposta, a Epamig será responsável pela coleta e registro das informações sobre custos de produção e o CIM processará os dados por meio do software Siges, que realiza o armazenamento de dados dos produtores, a geração de indicadores individuais, comparações e a construção de análises e relatórios.
O programa vai possibilitar a emissão de relatórios de custos, receitas e indicadores de cada cultivar, o que permitirá a realização das avaliações com maior precisão. “Esse software de gestão de custos específico para a cafeicultura soluciona um grande desafio desse trabalho, que é reunir dados de custos de produção de café de um número significativo de propriedades”, explica o pesquisador da Epamig, Djalma Ferreira Pelegrini.
Na fase inicial do projeto, serão acompanhadas 40 propriedades cafeeiras na microrregião de São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas) e outras 40 da microrregião de Patrocínio (Alto Paranaíba), que plantam ou já plantaram cultivares desenvolvidas pela Epamig.
O desempenho das cultivares da Epamig será comparado ao das cultivares tradicionais para o apontamento das principais diferenças entre elas. Para tanto, serão emitidos relatórios anuais com informações agregadas – níveis tecnológicos regionais, custos médios dos fatores de produção, mapeamento de deficiências, entre outros. Esses relatórios fornecerão informações e benchmarking internos que servirão de base para as decisões estratégicas de interesse da Epamig.
Djalma destaca que os relatórios tendem a ser bastante precisos e gerar benefícios também para os produtores que receberão informes de custos e receitas de suas unidades de produção. “O CIM realizará as análises dos resultados (outputs) e comparações (benchmarking) entre produtores e cultivares. Munidos desses dados, os cafeicultores, orientados por um técnico competente, poderão tomar medidas que resultem em melhoria da competitividade das propriedades”.
A Epamig será responsável também pela disponibilização dos resultados para os cafeicultores. Antes da coleta dos dados, os membros do CIM ministraram um treinamento sobre gestão e custos de produção para a equipe de pesquisa da EPAMIG, no qual destacaram como deve ser feita a coleta dos dados referentes aos processos produtivos.
O projeto “Avaliação do impacto da utilização de cultivares arábica desenvolvidas pela Epamig, UFLA e UFV com o apoio do Consórcio Pesquisa Café” tem vigência até 2018. Já a parceria para a utilização do sistema de gestão e o trabalho de gerenciamento de custos e avaliação de impactos das cultivares deve ser permanente e estendida a novos projetos.
Fonte: InovaCafé\Epamig
Trevisan – Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café (Inovacafé)