Sequenciamento de raças de fungo da ferrugem do cafeeiro apresenta resultados promissores

Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café), professor do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Mário Lúcio Vilela Resende, professor da Universidade Federal de Viçosa, Laercio Zambolim, a pesquisadora da EMBRAPA, Eveline Teixeira Caixeta, e representantes do Delaware Biotechnology Institute
Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café), professor do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Mário Lúcio Vilela Resende, professor da UFV, Laercio Zambolim, a pesquisadora da Embrapa, Eveline Teixeira Caixeta, e representantes do Delaware Biotechnology Institute

Entre os dias 9 e 11 de março, o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Café (INCT Café), professor do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Mário Lúcio Vilela de Resende, participou de reuniões técnicas na cidade de Newark, em Delaware (EUA), para dar andamento ao projeto que vem sendo desenvolvido entre a UFLA, Universidade Federal de Viçosa (UFV), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e University of Delaware. O resultado dessa parceria resultará na publicação do genoma completo de raças de fungo da ferrugem do cafeeiro, a principal doença que afeta este cultivo no Brasil.

As raças do fungo Hemileia vastatrix que afetam o cafeeiro estão evoluindo no mundo todo; atualmente são conhecidas em torno de cinquenta raças, porém pesquisadores acreditam na existência de mais raças. Algumas delas estão quebrando a resistência de materiais genéticos em campo, devido à pressão de seleção exercida sobre as mesmas.

Por meio da interação com o Delaware Biotechnology Institute, o estudo busca chegar a detecção de raças por meio de marcadores moleculares, como explica o professor Mário Lúcio. “Esse procedimento já vem sendo utilizado para o fungo da ferrugem do trigo e esperamos aplicar para a ferrugem do café, o que será muito menos trabalhoso em relação a série de plantas diferenciadoras que precisamos manter para diferenciar as raças do fungo”, justifica.

“Queremos conhecer melhor o patógeno para podermos melhor combatê-lo. Uma vez que teremos conhecimento genômico sobre as raças do patógeno, vamos poder inferir sobre a resistência de cultivares, sobre a durabilidade da resistência das cultivares, e também sobre a durabilidade dos produtos químicos que estamos utilizando no campo”, explica o coordenador do INCT Café.

Symposium sobre FERRUGEM na Florida

O professor Mario Lucio também participou nos dias 8 e 9 de março do “Simpósio Internacional sobre Ferrugens”, na cidade de Pensacola, Flórida (EUA). Três trabalhos científicos foram apresentados durante o evento, desenvolvidos em conjunto com a UFV, Embrapa e Universidade de Delaware.

Dois estudantes bolsistas do INCT Café, por meio do programa Ciências sem Fronteiras, participaram do projeto de sequenciamento e análise do genoma funcional de raças do fungo da ferrugem no ‘Delaware Biotechnology Institute’, sendo eles a doutora em Biotecnologia Vegetal pela UFLA, Brenda Neves Porto, e o pós-doutor em Fitopatologia pela UFV, Thiago Andrade Maia.

INCT CAFÉ

Sediado na Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o INCT Café tem a missão de gerar tecnologias apropriadas, competitivas e sustentáveis, por meio da integração de competências institucionais, capacitação de recursos humanos, estímulo à capacidade de inovação e geração de negócios de alto valor agregado na cadeia produtiva do café. Atualmente é composto pela cooperação entre seis instituições que são: UFLA, UFV, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Embrapa Café, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

Vanessa Trevisan – Assessoria de Comunicação da Agência de Inovação do Café (Inovacafé)