Presidente do programa Idiomas sem Fronteiras faz palestra durante o treinamento e reforça importância de uma política linguística para o País
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediou nesta semana (20, 21 e 22/6) a primeira edição do Staff Training EBW+, capacitação em Gestão de Relações Internacionais, promovido no âmbito do projeto Euro-Brazilian Windows (EBW+), do Programa Erasmus Mundus. O programa, financiado pela Comissão Europeia, oferece bolsas a estudantes, pesquisadores e técnicos administrativos do Brasil que desejam realizar um período de mobilidade, ou formação integral, em universidades da Europa. A UFLA participa como instituição parceira do projeto.
Entre as metas do Programa, está a promoção de mobilidade para a Europa (nos níveis de graduação, pós-graduação, docentes e técnicos administrativos), além da promoção de eventos de capacitação em gestão de relações internacionais.
O evento foi uma organização conjunta da UFLA, Universidade do Porto e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Representação
O evento teve a participação de 50 profissionais, representando 35 instituições, de 11 estados e diferentes regiões do País, além de representantes da Universidade do Porto. Durante o treinamento foram abordadas diversas temáticas relacionadas às boas práticas no cenário das Relações Internacionais, por meio de intenso compartilhamento de experiências entre representantes brasileiros e europeus.
O evento contou com a presença da técnica de cooperação internacional da Diretoria de Relações Internacionais da Universidade do Porto, Lisa Alves Dequech, representando a diretora de Relações Internacionais, Bárbara Costa, instituição coordenadora do EBW+. Ela estava acompanhada da diretora de Serviços de Apoio Jurídico da Universidade do Porto, professora Nazaré Teixeira e do vice-presidente do Instituto Politécnico do Porto, professor Carlos Ramos. Os três representantes proferiram palestras sobre as experiências no Programa.
Também deve ser registrada a participação especial do professor Nicolas Bruno Maillard, diretor de Relações Internacionais da UFRGS – instituição que coordena o programa no Brasil e da assessora da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) e presidente do Programa Idiomas sem Fronteiras (ISF), professora Denise Abreu e Lima, que também esteve presente na mesa de honra de abertura.
Representando a UFLA, o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio e o diretor de Relações Internacionais, professor Antonio Chalfun Júnior, acompanhado de toda a equipe.
Programação
Entre os temas abordados, as servidoras da DRI/UFLA Noelly Alves Lopes e Juliana Moreira Magalhães apresentaram as experiências de revalidação de atividades efetuadas em mobilidade acadêmica internacional e as práticas para acolhimento de alunos estrangeiros, incluindo o programa Brother UFLA. O professor Rubens Lacerda de Sá, do programa institucional de línguas na UFLA, também apresentou os desafios para que sejam ampliadas as disciplinas ofertadas em inglês e as perspectivas para fortalecer o processo de internacionalização das universidades brasileiras.
Por meio de videoconferência, a professora Rita Louback, da PUC Minas, apresentou o caso singular de atividades de relações internacionais em rede, no âmbito da União Educacional Minas Gerais – Uniminas. O diretor de Relações Internacionais da Universidade de Viçosa (UFV), professor Vladimir di Iorio, apresentou a experiência de participar da Iniciativa 100.000 Strong in the Americas, programa do governo norte-americano para favorecer o intercâmbio entre jovens dos Estados Unidos e da América Latina.
Os representantes da Universidade do Porto e Instituto Politécnico do Porto apresentaram particularidades do programa Erasmus Mundos, os desafios para se encontrar parceiros europeus e as experiências para a gestão de alunos internacionais.
Idiomas sem fronteiras
Um dos desafios compartilhados por todas as instituições participantes, a necessária fluência em outros idiomas foi o tema abordado na apresentação da presidente do IsF, professora Denise Lima. Em sua fala, ressaltou a importância de uma política linguística para amparar as ações de internacionalização e o fortalecimento das universidades brasileiras. Criado para apoiar o Programa Ciências sem Fronteiras (CsF), o Inglês sem Fronteiras – hoje denominado Idiomas sem fronteiras, com a inclusão de mais sete idiomas, celebra um conjunto de ações já realizadas e aponta novos desafios para continuar a transformar a visão do Brasil no contexto acadêmico globalizado.
Denise Lima apresentou um resgate das ações que sustentam o Programa, incluindo a realizações de cerca de 360 mil testes de proficiência – dos quais seis mil foram aplicados na UFLA; a ampliação do curso online My English Online (MEO), com registro em torno de 600 mil pessoas ativas de 184 instituições públicas; além dos cursos presenciais, que na UFLA são ministrados pelo Núcleo de Línguas (Nucli/UFLA), coordenado pela professora Norma Joseph (DCH/UFLA).
Quando se fala em ações de internacionalização, a professora Denise Lima reforça o papel de protagonismo do Brasil, com as ações recentes do CSF e ISF. “É necessário que haja um investimento contínuo, para que as ações resultem em uma efetiva mudança de cultura”, destacou.
Aproveitando a visita à UFLA, a presidente do IsF também participou de reunião com a Direção Executiva da UFLA, com a presença do reitor, professor José Roberto Scolforo; vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von
Pinho, além de pró-reitores, assessores e a coordenadora de Idiomas da UFLA, professora Norma Joseph. Durante a reunião, Scolforo reforçou a importância do Programa de Internacionalização para a UFLA, destacando alguns pontos prioritários para a próxima gestão, como a atração de estudantes estrangeiros, ampliação de cursos e vagas na pós-graduação e outras ações para consolidar a Universidade como referência em ciência para a agricultura tropical.