Estudante da UFLA conta sua experiência como voluntário na organização dos Jogos Paralímpicos

gabriel

O estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Gabriel Benedito Lima participou da organização dos Jogos Paralímpicos Rio-2016. Ele conta que tudo começou em 2014, quando ingressou no curso de Educação Física, período que também iniciaram as inscrições para o trabalho voluntário.

Após a inscrição vieram os cursos online e outros presenciais, que aconteciam em Belo Horizonte. “Nesse tempo havia grupos de voluntários no facebook e whatsApp, onde tive contato com outros voluntários e possibilidade de melhorar no inglês e italiano recém-começado. Várias trocas de aprendizado, histórias, pois eram pessoas de diversos lugares do mundo. Todos no grupo esperavam ansiosamente pelas cartas de Confirmação e Convite, a qual tinha local e função que exerceria nos jogos”, comenta.

Chegando o período das Olimpíadas, Gabriel não conseguiu ir, por ter coincidido com o final do semestre na UFLA, mas a esperança ficou para as Paralimpíadas, que aconteceu no período de férias. “Deu tudo certo, e chegou o dia de viajar para o Rio de Janeiro, viver o espírito olímpico de perto. Já no RJ o clima era diferente, eu estava muito empolgado com toda a situação, um choque de cultura de todas as partes do mundo e as mudanças na mobilidade da cidade. Achei tudo incrível”, relata.

No primeiro dia de trabalho no Centro Equestre de Deodoro, Gabriel foi alocado no posto de informações. Nos demais dias, devido ao inglês, ficou na Back of House, na parte da entrada de credenciados, onde teve a companhia da Força Nacional, com militares de várias partes do Brasil, além de ter contato direto com comissões técnicas, médicos, fisioterapeutas, atletas, dentre outros. “Todos foram muito educados, uma atmosfera realmente incrível. Se a pessoa não estava com pressa ela parava para conversar por mais tempo. Fui mediador de conversas entre a Força Nacional e alguns estrangeiros”, conta.

Para Gabriel, participar dos Jogos Paralímpicos foi uma experiência única, de muito aprendizado. “Uma mistura de várias etnias dividindo um mesmo espaço, sensação de festa mundial mesmo. O sentimento pós Paralimpíadas é de saudade, com uma mistura de felicidade por poder ter participado e a vontade de querer passar por isso tudo de novo. Quem sabe na Tokyo2020?!”, complementa.

Camila Caetano- jornalista/ bolsista UFLA.