A professora Nathália Maria Resende, do Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Lavras (DEF/UFLA), recebeu o prêmio de melhor tese do Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nathália iniciou o doutorado em 2012, realizando a defesa em 2015 e, ingressou na UFLA em 14 de junho de 2016.
A solenidade foi realizada no auditório da Reitoria da UFMG na última quinta-feira (20/10), sendo contemplados 44 trabalhos de doutorado defendidos em 2015 nos cursos de pós-graduação da Universidade.
A tese da professora da UFLA, intitulada “Efeitos do exercício físico na infecção experimental por Toxocara canis“, foi orientada pelo professor Ricardo Toshio Fujiwara e coordenada pelo professor Gustavo Tadeu Volpato.
A pesquisa foi idealizada pelo seu anseio em investigar e comprovar que o exercício físico também possui valioso papel modulador da resposta imunológica nas parasitoses. “Para isto, foi necessário padronizar o modelo de infecção experimental por Toxocara canis e aplicar o desenho experimental de exercício físico. Com esta pesquisa, conseguiu-se mostrar que a infecção por T. canis produz uma resposta pró-inflamatória sistêmica e alterações histopatológicas (lesão tecidual) causadas pela migração errática do parasito”, explica.
Além disso, de acordo com a professora, foi demostrado também que o exercício físico potencializa o sistema imunológico para um padrão de resposta anti-inflamatória, melhorando a capacidade do organismo de tolerar de forma mais adequada os danos causados pelos eventos inflamatórios da infecção por T. canis. “Assim, foi possível a compreensão dos eventos imunopatológicos que também podem ocorrer durante a toxocarose humana, contribuindo para futuras estratégias de diagnóstico e controle. Por conseguinte, novas perspectivas de investigação com outras linhagens de camundongos e outras doenças inflamatórias se fazem imprescindíveis”, complementa a professora.
A professora utilizou como protocolo de exercício a natação com intensidade moderada em modelo animal (camundongos) e, segundo ela, esses resultados podem gerar e contribuir com outras pesquisas e não só nas parasitoses, mas também em doenças inflamatórias como diabetes, aterosclerose e obesidade.
“Mais do que um símbolo de vitória, ganhar o ‘Prêmio UFMG de Teses’ se traduz em três nobres ações: valorização, reconhecimento e estímulo para as pesquisas de aplicabilidade na prática clínica e da importância da prática regular de exercício físico. Com certeza, ampliam a visibilidade da minha pesquisa e aprimoram meu trilhar acadêmico e crescimento profissional”, comenta Nathália.
Camila Caetano – jornalista/ bolsista UFLA.