O curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Lavras (UFLA) é um dos onze cursos de engenharia de Minas Gerais que receberam o Selo de Qualidade outorgado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais– o Selo de Qualidade Crea Minas. O instrumento reconhece a excelência de cursos no Estado que se destacam na preparação de profissionais, atendendo às demandas do mercado. Os processos de concessão do Selo de Qualidade pelo Crea Minas tiveram início neste ano de 2016.
Para pleitear o Selo, o curso precisa atender a alguns pré-requisitos: deve ser reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC); a nota alcançada no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) deve ser 3 ou superior; é necessário que o curso esteja cadastrado no Crea-MG e cumpra as normas estabelecidas pelo Conselho, além de ter pelo menos uma turma com o curso já concluído.
A partir desses critérios, é selecionado um curso de cada região de atuação do Crea Minas, com base na maior nota obtida no Enade. Havendo empate nessa etapa, tem prioridade o curso com mais tempo de registro no Crea Minas. A fase seguinte da seleção envolve visita de avaliadores ao curso, para verificação de 15 itens relativos à organização didático-pedagógica, às instalações físicas e ao corpo docente, discente e técnico administrativo envolvido com as atividades. O Selo é uma iniciativa do Colégio de Instituições de Ensino (CIE do Crea Minas) e tem o objetivo de incentivar melhorias nos projetos pedagógicos e na estrutura dos cursos.
A solenidade para concessão do Selo em 2016 foi realizada em Belo Horizonte, em 21/10, durante a 4ª Feira de Ciências e Inovações Tecnológicas (Feicintec). Representaram o curso de Engenharia Florestal da UFLA no evento o pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins; o chefe do Departamento de Ciências Florestais (DCF), professor Luís Antônio Coimbra Borges; e o coordenador do curso, professor Lucas Amaral de Melo.
Para o professor Lucas, a conquista é fruto de mais de 30 anos de existência do curso. “Nesses trinta anos, foram muitos os agentes que contribuíram para que chegássemos a esse nível. Os colaboradores incluem instituições e organizações públicas e privadas, membros da comunidade acadêmica interna e externa ao Departamento, além de toda a sociedade, considerando que somos servidores públicos. O Selo é mais um reconhecimento e mostra que estamos no caminho certo, ao mesmo tempo em que traz a responsabilidade de trabalharmos para manter e melhorar a qualidade”.
Professor Ronei também enfatiza a relevância do certificado. “É um reconhecimento ao trabalho dos professores, técnicos administrativos e estudantes, que direta ou indiretamente se dedicaram e se dedicam, diariamente, ao aprimoramento da formação oferecida pelo curso. Assim como o curso de Engenharia Florestal, outras engenharia da UFLA certamente serão certificados pelo Crea Minas nos anos vindouros, pois oferecem ótima formação profissional e são bem avaliados pelo MEC.
Sobre o curso de Engenharia Florestal na UFLA
Criado em 1980, o curso já formou 681 profissionais e, pelo último Enade (2014), tem a nota máxima na avaliação (5). A missão é a formação de profissionais dedicados à produção florestal e ao manejo ambiental, visando à preservação, conservação e utilização sustentável dos ecossistemas florestais. O engenheiro florestal tem um perfil profissional que o habilita a exercer diferentes cargos em empresas florestais, instituições de planejamento, pesquisa, ensino e extensão, sejam públicas, sejam privadas, bem como gerenciar seu próprio empreendimento. Esse profissional pode atuar nas áreas de Ecologia; Conservação e Manejo dos Recursos Naturais; Silvicultura; Manejo Florestal e Tecnologia da Madeira e de Produtos Florestais não Madeireiros.
A formação nessas áreas é baseada em aulas com conteúdos teóricos e em aulas práticas em unidades experimentais e de produção em campo (coleta de sementes florestais, produção de mudas nos viveiros florestais, implantação e condução de florestas, identificação de espécies arbóreas, mensuração e manejo de florestas, extração de resinas e óleos, controle de pragas e incêndios florestais, entre outros), em laboratórios (química, física, marcadores moleculares, mecânica da madeira, produção de celulose, papel, painéis, análise de solos, geoprocessamento, entre outros) e também em visitas às Empresas Florestais e Unidades de Conservação.