Publicação mensal apresenta as principais tendências da cafeicultura no país e no mundo
Relatório produzido pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA), apresenta na sua décima edição do ano, análise sobre o comportamento das cotações do Coffea canephora nos principais países produtores. A análise foi feita para o projeto Campo Futuro do CIM e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
De acordo com o relatório “existe uma correlação entre as cotações do C. canephora nas quatro origens analisadas. Até novembro de 2015, a cotação no Brasil permaneceu abaixo dos valores praticados por Uganda e próximo ao negociado no Vietnã e Indonésia. A partir de dezembro do mesmo ano, houve um descolamento em relação às cotações dos demais países”.
Na análise sobre cafeterias, o coordenador do Bureau, Eduardo Cesar, ressaltou a franca expansão do setor, “a cada ano, esse mercado conquista novos consumidores, tanto nos mercados tradicionais quanto nos emergentes. Além disso, grandes redes e pequenas lojas independentes crescem juntas, atendendo diferentes nichos”, como é o caso da nova rede de cafeterias criadas pela JAB Holdings.
“A primeira loja foi inaugurada em 2015 e cerca de 35 serão abertas até o final deste ano. A empresa planeja abrir mais de 50 unidades da Coffee & Bagels nos EUA. As lojas são bem iluminadas, possuem mesas comunitárias e um balcão onde os clientes podem sentar e assistir o preparo das bebidas; além de uma grande seção de varejo com cafés embalados para a venda, canecas e demais produtos da marca”, destaca o relatório.
O relatório também cita a expansão da terceira onda do café, “a terceira onda do café não é uma tendência isolada. Vários outros produtos passam por um processo de aumento da qualidade, como a cerveja e o chocolate. Há alguns anos, no Brasil, era muito difícil encontrar cervejas artesanais ou chocolates gourmet. Hoje, até as cidades com menos de 100 mil habitantes já contam com algumas opções desses produtos, e, também, de cafés especiais”.
Eduardo destaca que aos poucos, graças ao trabalho de empreendedores dedicados aos cafés especiais, o mercado brasileiro vai mudando para melhor, com a oferta crescente de cafés de alta qualidade e a educação do consumidor final.
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Texto: Vanessa Trevisan- jornalista/InovaCafé.