Estudantes de doutorado da Universidade Federal de Lavras (UFLA) visitaram a Cafeteria Escola CafEsal, no Centro de Convivência, nesta quarta-feira (25/1), para discutir torra e extração de cafés especiais.
Oferecida dentro do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, a disciplina de Cafés Especiais é ministrada pelo professor do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA) Flávio Meira Borém, integrante do Comitê de Normas Técnicas da Specialty Coffee Association of America – SCAA, coordenador do Núcleo de Estudos em Pós-colheita do Café (Pós-Café) e editor chefe da Revista Coffee Science.
Considerando que esse é um tema extremamente multifacetado e amplo, a disciplina tem o objetivo de oferecer aos doutorandos maior capacidade de discutir um fenômeno tão complexo e desconhecido: a qualidade dos cafés especiais. A disciplina foi dividida em dois blocos, onde o primeiro é mais prático, voltado para análise sensorial de cafés especiais e, o segundo é teórico, em que é estudado os fatores que afetam a qualidade do café especial.
“Para preparar o grupo, composto por agrônomos, engenheiros agrícolas e de alimentos, iniciamos a disciplina com a primeira parte de nivelamento em termos de análise sensorial, para depois avançarmos. Onde tentamos aprofundar o conteúdo, pois o foco dos estudantes é desenvolver teses relacionadas com café, para aumentar a capacidade de estudarem e discutirem as influências de fatores agronômicos, climáticos, genéticos, de processos, de torra e de preparo da bebida na qualidade do café especial”, explica Borém.
A apresentação na Cafeteria foi realizada pela gestora em Inovação do Café da Agência de Inovação do Café (InovaCafé) Helga Andrade, barista responsável pela CafEsal e, pela engenheira de alimentos Mariane Rabelo, estudante de doutorado em Engenharia Agrícola na UFLA. Elas abordaram a torra do café, a influência dos métodos de preparo, os fatores que interferem na extração e também como devem ser trabalhados esses fatores para explorar a qualidade de um café.
“Ao lidar com cafés especiais, atingimos um rigor maior no preparo, a fim de garantir a qualidade na xícara. Tudo isso para honrar o trabalho desenvolvido no campo e até a torração do grão, permitindo que o consumidor perceba os seus melhores atributos na bebida”, ressaltou Helga.
A agrônoma Giselle Figueiredo de Abreu, estudante de doutorado em Engenharia Agrícola da UFLA, falou sobre a importância da disciplina, “as aulas são sempre preparadas e conduzidas pelos estudantes com a supervisão do professor Borém, esse método de ensino, que é um pouco diferente do método tradicional, é mais expositivo, fazendo com que o aluno tenha mais domínio do conteúdo apresentado. Estudamos a fundo o conteúdo, sempre com o professor pontuando, conversando e aprofundando mais. O nível da teoria apresentada pelos alunos e o nível de discussão da disciplina é sempre muito elevado”.
Texto e Fotos: Vanessa Trevisan- jornalista InovaCafé.