De 16 a 25 de abril, ocorre a primeira chuva de meteoros do ano favorável para observação: a dos Meteoros Lirídeos, ou Chuvas Lirídeas, assim chamadas porque são observadas próximo à constelação Lira. Estima-se que o ápice dessa chuva será na madrugada entre 21 e 22 de abril (da 1h às 5h), com observação de até 20 meteoros por hora. “Se você quiser observá-los, é recomendado olhar para a direção Norte a partir da meia-noite, na região próxima à estrela Vega”, aconselha o professor José Alberto Nogales, do Departamento de Física da UFLA (DFI) e coordenador do projeto “A Magia da Física e do Universo”.
Localizar Vega não é difícil: próxima do Sistema Solar, é a quinta mais brilhante do céu e a mais brilhante da constelação. Fica na borda da Via Láctea, próxima da constelação de Cisne. “Os meteoros Lirídeos irradiam de um ponto próximo de Vega todos os anos, e a fonte é o cometa C/1861 G1 Thatcher. O rastro de poeira que o cometa deixa para trás constitui essa chuva de meteoros”, comenta o professor.
Para a observação da chuva de meteoros, não é necessário o uso de instrumentos como telescópios ou binóculos; bastará estar em um ambiente escuro, livre da poluição luminosa dos grandes centros. Outro conselho do professor José Nogales é permanecer cerca de meia hora no local antes do início da chuva de meteoros, para que o olho se adapte e possa detectar meteoros menos brilhantes.
Para o registro ou contagem, é recomendável fotografar o céu com câmeras equipadas com lentes grandes angulares, utilizando um tripé e exposições de longa duração. Assim, é possível registrar traços. Outro procedimento interessante é sintonizar alguma rádio FM fora do alcance: ao entrar na atmosfera, um meteorito ioniza uma camada de ar que reflete o sinal e é capaz de fazer o rádio captar a estação. Outros meteoritos passam tão baixo que chegam a produzir ruídos audíveis.