É cada vez maior o número de usuários do Sistema Urubu, maior rede social de conservação da biodiversidade brasileira. Desenvolvido em 2014 pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia em Estradas (CBEE), sediado na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o projeto conta com a contribuição de viajantes para informar sobre o atropelamento de animais selvagens pelas estradas de todo o país.
A coleta de dados é feita por meio do aplicativo Urubu Mobile, que acaba de atingir a marca de 50 mil downloads na PlayStore. Outro ponto de destaque do app é a avaliação de satisfação dos usuários, que chega a 4,7 na plataforma, em um máximo de 5.
O diferencial do Sistema Urubu para outros similares existentes no mundo é a validação do material por consultores ad hoc. Todas as fotos enviadas pelos usuários via app são pré-analisadas e submetidas a validadores antes de serem incluídas no banco de dados do CBEE. Essas informações são utilizadas para a proposição de políticas públicas que protejam a biodiversidade e as pessoas.
De acordo com o coordenador do CBEE, professor Alex Bager, o Sistema Urubu baseia-se no conceito de Ciência Cidadã (Citizen Science), onde “qualquer pessoa da comunidade pode contribuir para a preservação da biodiversidade com o registro de animais atropelados em todo o mundo.”
Para ser um colaborador, basta ter um smartphone com câmera e GPS, se cadastrar no Urubu Web (sistema de gestão de dados) e baixar o aplicativo. O Sistema Urubu conta ainda com um hotsite, onde é possível saber mais sobre a proposta e acompanhar, em tempo real, as estatísticas de atropelamento de animais no Brasil.