Utilizada com interesse exclusivamente acadêmico, de apoio e aprendizado prático, a usina solar experimental da Universidade Federal de Lavras (UFLA) está em pleno funcionamento desde 2016. Com 250 placas fotovoltaicas para geração de energia, ela é uma grande oportunidade para a capacitação técnica de estudantes, treinamento de eletricistas e esclarecimentos à comunidade de Lavras sobre alternativas energéticas.
A usina da UFLA está localizada no estacionamento do Complexo das Engenharias (em construção na Avenida Sul), e faz parte de um convênio celebrado entre a Universidade e a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig. A UFLA está entre as quatro instituições do Estado selecionadas para o convênio de cooperação técnica. Além do equipamento para a montagem, a Cemig também forneceu treinamento e suporte técnico para a operação e manutenção.
O assunto foi destaque de uma reportagem do G1 Sul de Minas, publicada nesta terça-feira (29/8):
Além de gerar energia para o consumo da própria instituição, o principal objetivo da usina experimental é a de disseminar tecnologias inovadoras na comunidade acadêmica, em Lavras e região, conscientizando as pessoas sobre a necessidade de expansão da oferta de energia, por meio de fontes limpas, renováveis e sustentáveis. Esse propósito vai ao encontro do Plano Ambiental da UFLA, complementando as inúmeras ações já consolidadas da Universidade, que visam pelo desenvolvimento sustentável do País.
O professor, do Departamento de Ciências Exatas (DEX/UFLA), Joaquim Paulo da Silva, foi um dos idealizadores da cooperação com a Cemig. O professor reforça que a usina experimental vai permitir a expansão das pesquisas, voltadas, especialmente, ao desenvolvimento de placas fotovoltaicas a partir de materiais alternativos, filmes biopolímeros e novos equipamentos para a geração distribuída. “A usina também servirá para o ensino e a capacitação de novos multiplicadores de toda a comunidade”, complementou.
Funcionamento do sistema fotovoltaico
Nos sistemas fotovoltaicos a radiação solar é convertida em energia elétrica por intermédio dos chamados semicondutores, que são configurados em elementos denominados células fotovoltaicas. A incidência de raios em elementos semicondutores cria uma corrente elétrica com a movimentação de elétrons.
Os painéis solares são conectados uns aos outros e então conectados aos inversores, responsáveis pelo ajuste da corrente contínua para corrente alternada e alteração no valor da tensão. Do inversor segue para o transformador e posteriormente para a rede elétrica da UFLA, sendo então distribuída.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.