O estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Eduardo Lordelo Volpato foi premiado entre as melhores apresentações realizadas no Congresso Internacional Anual da Associação Americana de Engenharia Agrícola e Biológica (ASABE), na cidade Spokane, estado de Washington, USA.
A pesquisa de Eduardo tem como finalidade a análise da presença de compostos orgânicos emergentes (hormônios e outros compostos) em corpos d’água da região de Lavras. A partir desse material, são testadas alternativas- como carvão ativado de resíduos agrícolas (palha de arroz, casca de café e bagaço de cana)- para remoção dos compostos, já que os tratamentos avançados possuem custos elevados, inviáveis para a realidade brasileira que já carece do básico no saneamento. Eduardo afirma que os resultados alcançados além de mostrarem que há a presença dos hormônios em copos d’água de Lavras, também indicaram resultados satisfatórios na remoção dos hormônios nos ensaios realizados com carvão ativado.
“Estou muito feliz por receber o prêmio, pois trabalho muito nesse projeto, quase todos os dias no laboratório e fazendo coletas de amostra, mesmo em finais de semana e férias. O prêmio foi, também, um grande motivacional para continuar na carreira acadêmica que quero muito seguir. Amo ser pesquisador, e foi muito importante mostrar a relevância do projeto que eu, meus colegas de laboratório e meu orientador estamos desenvolvendo”, comenta Eduardo.
Sua apresentação de pôster foi premiada como uma das três melhores na categoria de Recursos Naturais e Meio Ambiente. Concorreram com ele até mesmo estudantes de mestrado e doutorado. Eduardo é orientado do professor do setor de Engenharia Ambiental da UFLA Ronaldo Fia, e do técnico da Diretoria de Meio Ambiente (DMA) Isael Aparecido. O estudante faz iniciação cientifica no laboratório de Engenharia Ambiental e Sanitária na área de Qualidade de Água e Remoção de Poluentes da Água.
“Também me alegra saber que eu representei a Universidade, e levei o nome da UFLA para um evento de grande importância internacional. Afinal tudo o que eu sou veio desta universidade, pois meus pais se conheceram na UFLA e ambos trabalham aqui (meu pai como professor e minha mãe como pesquisadora da Epamig). Isto é, eu nasci e fui criado na UFLA, e, portanto, o fato de ganhar um prêmio com a pesquisa que fiz nesta Instituição é muito satisfatório”, conta o estudante.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.