Setembro Amarelo: UFLA realiza campanha de prevenção ao suicídio

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) lançou nesta segunda-feira (25/9) a campanha “Suicídio: é preciso falar!”, como parte do movimento mundial de conscientização sobre o suicídio do Setembro Amarelo. O objetivo da iniciativa, promovida pelas coordenadorias de Saúde e de Programas Sociais da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) e pelo projeto Minuto da Saúde, é alertar a comunidade acadêmica e a sociedade a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo, reforçando o diálogo como uma das principais formas de prevenção. 

De acordo com a Coordenadora de Saúde da Praec, Kátia Poles, a campanha pretende desmistificar questões sobre o suicídio e incentivar as discussões sobre o tema. “Acreditamos que falar sobre o assunto é o melhor caminho. Ao abrirmos espaço para que as pessoas reflitam sobre o suicídio, esperamos contribuir para que a saúde mental seja efetivamente considerada prioridade”, reforçou.

Cartazes com os dizeres da campanha e com frases motivacionais estão sendo espalhados em pontos estratégicos do câmpus e no Mamute, veículo de transporte interno da Universidade. Nas redes sociais, as informações sobre suicídio e formas de prevenção estão sendo compartilhadas com as hashtags #SetembroAmarelo e #PrecisamosFalar, nas páginas oficiais da UFLA, da Praec e do Minuto da Saúde. O conteúdo da campanha “Suicídio: é preciso falar!” também está disponível pelo hotsite www.praec.ufla.br/setembroamarelo.

 

Problema mundial

O suicídio é a principal causa de morte violenta no mundo, com 11,4 óbitos para cada 100 mil habitantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio. O Brasil é um dos 29 países que não conseguiram reduzir as mortes autoprovocadas no período de 2000 a 2012, de acordo com a OMS, chegando ao equivalente a 32 mortes diárias em 2012, mesmo patamar dos falecimentos decorrentes do HIV.

Os índices também têm crescido entre os jovens. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, o suicídio corresponde a 3% do total de óbitos entre jovens e adultos jovens do sexo masculino.  Na faixa etária dos 15 aos 29 anos, o ato representa 8,5% das causas de morte em todo o mundo, perdendo apenas para os acidentes de trânsito.

Saúde mental em pauta

O suicídio não é, necessariamente, a manifestação de uma doença. Contudo, os transtornos mentais são importantes fatores associados ao suicídio. A depressão, o transtorno bipolar e o uso de substâncias psicoativas podem resultar em uma atitude suicida, e podem acometer qualquer pessoa, independente de sexo, idade, personalidade ou condição social.

Na UFLA, a saúde mental tem sido pauta em diferentes espaços de discussão. Em março deste ano, a Universidade realizou a campanha “Com sua mente em paz, você pode mais. Cuide da sua saúde mental”, que contou com uma roda de conversa no Centro de Convivência entre psiquiatras e psicólogos sobre ansiedade, depressão, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome de Burnout e suicídio.

A Praec conta, ainda, com um médico psiquiatra e três psicólogos para atendimento gratuito da comunidade acadêmica. Segundo Kátia, “esse é um diferencial que a Universidade busca ter para proporcionar apoio constante às pessoas que precisam de ajuda.”

Para mais informações sobre o serviço, deve-se entrar em contato pelos telefones 3829-1132 ou 3829-1110.

Assista ao quadro do Minuto da Saúde sobre o tema, na TVU, com o psiquiatra da UFLA, Gilbran Scarpone Salen:


Algumas instituições de apoio e prevenção ao suicídio:

Centro de Valorização da Vida

Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio

Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos

Apoio a Perdas Irreparáveis

Pravida – Projeto de Apoio à Vida