O 26º Congresso da Pós-Graduação da Universidade Federal de Lavras (UFLA) contou neste ano com uma intensa programação, com a participação de palestrantes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de outras instituições, além da ampla contribuição dos docentes da UFLA.
Distintas temáticas foram abordadas: marco legal da ciência e tecnologia de inovação; ações de internacionalização para o avanço do conhecimento da Pós-Graduação no Brasil; programas de fomento da Capes de apoio à Pós-Graduação e Pesquisa no País; estratégias para publicação em periódicos de elevado impacto; estruturação de projetos de pesquisa visando a captação de recursos em agências de fomento; revistas predatórias; análise sobre as publicações científicas dos Programas de Pós-graduação da UFLA; análises estatísticas multivariadas; técnicas de preparo e redação de artigos científicos; evolução e perspectivas dos Programas de Mestrados Profissionais; sistema de avaliação e produtos tecnológicos no Mestrado Profissional; como preparar uma ementa, plano de aula e a explanação para a graduação; organização de eventos técnicos de extensão; inovação tecnológica na Universidade.
A assessora da Diretoria de Relações Internacionais Capes, Cyntia Sandes Oliveira, em sua palestra sobre as ações de internacionalização para o avanço de conhecimento de Pós Graduação no Brasil, destacou que a operação internacional é um aspecto que faz parte da missão da Capes, sendo um desafio constante. “A produtividade do pesquisador brasileiro ainda é muito menor com relação ao resto do mundo. 63% dos pesquisadores do Brasil nunca deixaram o país para fazer pesquisa e isso reflete em suas publicações, que têm impacto 24% abaixo da média mundial e são 40% menos citadas. Os mesmos pesquisadores brasileiros quando fazem algum tipo de mobilidade internacional costumam ter impacto nas suas publicações duas vezes a mais”, destacou Cyntia.
A assessora comentou que em termos numéricos a composição da produção na UFLA ainda tem uma prevalência na área de agricultura e de ciências biológicas, com 41% da produção cientifica. “Com destaque crescente para bioquímica, genética e biologia molecular. Quase 27% das publicações que tem saído da UFLA são relacionadas à área de café”, relatou.
O coordenador geral de Acompanhamento de Programas e Supervisão de Resultados (CGSR) da Capes, professor Alexandre Marafon Favero, também esteve presente no evento, palestrando sobre os Programas de Fomento da Capes de Apoio à Pós-Graduação e Pesquisa no País.
Em sua fala, o professor destacou o crescimento de concessão de bolsas de pesquisa na UFLA nos últimos anos. No mestrado em 2010 eram 268 bolsas, em 2016 o número chegou a 392. Já com relação ao doutorado eram 196, passando para 521. Além disso, na Pós-Graduação o número saltou de 35 para 90. “O investimento de 2010 para 2016 passou de 7,5 para 22,9 milhões”, destacou.
Durante o Congresso, a coordenadora adjunta de Mestrados Profissionais da área de ensino da Capes, professora Hilda Helena Sovierzoski, também palestrou sobre a evolução e perspectivas dos Programas de Mestrados Profissionais. Também estiveram presentes o professor Gesil Sampaio Amarante da Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus- BA; o professor Ronaldo Lopes Oliveira, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador-BA; o professor Frederico José Lustosa da Costa, da Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói-RJ, entre outros.
O pró-reitor de Pós-Graduação avaliou positivamente o Congresso, com grandes palestrantes de impacto e um novo formato. “As apresentações dos discentes desta vez foram orais, com a submissão de mais de 500 resumos. E ainda destaco as honrarias que tivemos neste ano, com o prêmio para as melhores teses”, ressaltou.
Com a colaboração de Rhuane Jackeline Pereira Silva- bolsista Proat/UFLA.