Brincadeira de infância de muita gente, o carrinho de rolimã ainda faz a alegria da criançada Brasil afora ao descer ruas e ladeiras se equilibrando em um pedaço de madeira ou metal com rolamentos de aço. O brinquedo, aparentemente simples, tem sido usado como forma de aprendizagem na disciplina obrigatória de “Elementos de Máquina”, do oitavo período do curso de Engenharia Agrícola, conforme explica o professor da Universidade Federal de Lavras Gabriel Araújo e Silva Ferraz (DEG/UFLA): “ A ideia é que os alunos utilizem elementos aprendidos na disciplina, como: eixos, rolamentos, parafusos, soldas e que façam o desenvolvimento de um carro – neste caso, o carrinho de rolimã. Através do dimensionamento dos elementos de máquina para estes carrinhos, os estudantes poderão fazer cálculos para qualquer coisa, inclusive de grande porte.”
No projeto, os estudantes desenvolvem a parte teórica com cálculos sobre os elementos que compõem o carrinho, bem como a velocidade, resistência e durabilidade, levando em consideração os parâmetros que serão desenvolvidos na corrida. O protótipo, então, é construído em critério livre, segundo a criatividade de cada um, sendo feita apenas uma exigência: que o rolamento (rodas) seja sem cobertura.
A última fase do trabalho é colocar o carrinho de rolimã em prática numa disputa que acontece em um dos morros da universidade, um momento de interação muito aguardado pelos estudantes. “O trabalho em equipe nos proporciona a chance de evoluirmos o lado profissional e pessoal de comunicação organização e responsabilidade”, afirma o estudante Wilson Missina Faria. Para ele, o método de ensino está aprovadíssimo: “Ser apresentado às situações reais e práticas das disciplinas do curso que fazem você pensar, projetar e construir é vital para qualquer aluno dentro da universidade, ainda mais com um pouco de cultura e de memórias da infância.”
Confira vídeo:
Karina Mascarenhas- jornalista, bolsista Dcom/Fapemig
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.