Um projeto criado há pouco mais de um ano na Universidade Federal de Lavras (UFLA) propõe incentivar e despertar o interesse de mulheres por profissões e pesquisas na área de ciências exatas, computação e engenharias. Segundo o levantamento realizado pelo projeto, as mulheres são menos de 40% nos cursos de Engenharias, Física, Matemática, Química, Computação e Sistemas de Informação da Instituição.
A pesquisa ainda aponta diversos fatores que têm contribuído para essa desigualdade de gênero na área de Ciências Exatas; “As causas são variadas, como problemas de socialização desde o início da vida, por exemplo: as meninas não são estimuladas a brincar com carrinhos, blocos de montar ou a seguir carreira na área de exatas; isso porque falam que elas não dariam conta, que é difícil, etc. Preconceitos das mais diversas ordens, falta de reconhecimento do trabalho de outras mulheres são algumas dessas possíveis causas”, comenta a professora Amanda Castro Oliveira, do Departamento de Ciências Exatas, coordenadora do projeto.
A professora ressalta que não há nenhuma evidência científica que relacione capacidade intelectual com gênero. “Nenhuma mulher deve ser impedida de escolher uma área profissional por gênero; essa escolha deve vir por gosto e aptidão. Se alguém faz aquilo que gosta, faz bem feito e isso contribui para um mundo melhor”.
O projeto será apresentado à comunidade acadêmica durante a palestra “Mulheres e as Ciências Exatas: um diálogo possível”, às 19h, desta quarta-feira (14), na sala 2, do Pavilhão 5. Na segunda fase do projeto, será realizada a divulgação dos trabalhos realizados por mulheres cientistas em escolas do ensino básico, através de oficinas, rodas de conversa, entrevistas debates, e cine-debates.
Reportagem: Karina Mascarenhas, jornalista – bolsista Fapemig/Dcom
Edição do vídeo: Mayara Toyama, bolsista Fapemig/Dcom;
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.