Teve início na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a terceira edição do Curso de Aperfeiçoamento “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão” para países africanos. A aula inaugural foi realizada na tarde desta segunda-feira (11/6), no Salão dos Conselhos da Reitoria, onde os 33 participantes – profissionais vindos do Malawi, Moçambique, Quênia, Tanzânia e Zimbádue – receberam as boas vindas e puderam saber mais sobre a Universidade.
A capacitação é uma iniciativa da UFLA e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA). Durante 90 dias, os participantes vão conhecer todas as etapas de produção do algodão, por meio de aulas teóricas e práticas, além de técnicas gerais na área de produção agrícola. O objetivo é impulsionar a geração de empregos e o aumento de renda, com consequente melhoria na qualidade de vida dos agricultores africanos.
O coordenador do curso, professor Antônio Carlos Fraga, reforçou que a oportunidade vai além da capacitação e da transferência de tecnologia. “Esperamos, ao longo desses três meses, construirmos uma sólida amizade, para que no futuro possamos somar outros projetos a este. Agradecemos pela coragem que tiveram de deixar seus países e caminharem conosco neste projeto.”
O reitor da UFLA, José Roberto Scolforo, relembrou a tradição da Instituição no desenvolvimento de tecnologias agrícolas desde sua fundação. “Na década de 70, foi na UFLA que nasceu o projeto que iria transformar o cerrado em uma terra produtiva, a partir de conhecimentos e técnicas para fertilizar o solo. O Brasil faz a melhor agricultura tropical do planeta, e nós queremos compartilhar isso com vocês, com toda a tecnologia de ponta gerada nesta Universidade.”
Scolforo ressaltou, ainda, o objetivo da UFLA de fortalecer ainda mais o mundo agrário. “Queremos gerar muitas tecnologias para a produção de commodities e também para sua pós-produção, agregando mais valor aos produtos no mercado”, explicou.
Representante da ABC/MRE, o coordenador de Cooperação Técnica com a África, Ásia e Oceania, Nelci Caixeta, reforçou o conhecimento gerado na capacitação. “Este curso é muito completo. Esperamos que todas as informações compartilhadas possam ser absorvidas por vocês para que possam colocá-las em prática. Que seja um momento para aprimorarem o conhecimento na área do algodão e para estabelecer novos contatos.”
Também participaram da aula inaugural o pró-reitor de Extensão da UFLA, professor João José Marques, o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Jr., o professor do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA), Pedro Castro Neto, e a analista de projetos da ABC/MRE, Ana Carla Melo, além de servidores da UFLA e estudantes integrantes do Núcleo de Estudos em Algodão.
O curso de “Capacitação e Transferência de Tecnologia na Cultura do Algodão” já foi oferecido em outras duas edições. A primeira, em 2014, para 30 profissionais de países africanos falantes de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe), e a segunda, em 2017, para 35 profissionais de países africanos de língua francesa (Costa do Marfim, Senegal, Burundi, Camarões, Benim, Burquina Faso, Mali, Chade e Togo).
Veja as fotos da aula inaugural