Alimentos continuam pressionando a inflação

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,81%, no mês de outubro, a segunda maior taxa do ano. Em setembro, o índice havia sido de 0,57%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela UFLA, em 2007, está acumulada em 4,65%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, a taxa de inflação de outubro ficou localizada principalmente na categoria alimentos, a exemplo dos meses anteriores, que teve alta, em média, de 3,58%. Os preços dos produtos in natura subiram 2,01%, bem como os dos semi-elaborados, que ficaram mais caros 5,67%; os alimentos industrializados aumentaram 2,41%. A inflação do mês de outubro teve forte influência das carnes; a bovina subiu 8,3%; a suína, alta de 8,03% e a carne de frango, aumento de 4,71%. O preço pago pelo feijão também teve impacto na inflação do mês, ficando mais caro 3,87%.

O segmento de leite e laticínios continua puxando a taxa de inflação, a exemplo dos meses anteriores, mas já em menor intensidade. Para o consumidor, o leite tipo C aumentou 5,18%; o longa vida, 4,62%; o leite em pó, 3,74%; o queijo teve um aumento de 4,67% e o iogurte, acréscimo de 8,9%.
Além dos alimentos, a taxa de inflação de outubro foi influenciada pelos setores de bebidas, com alta de 2,41%; material de limpeza, 0,85%; higiene pessoal, 0,31% e bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática, cuja variação média de preços foi 0,91%.

A pesquisa da UFLA identificou queda na média dos preços dos itens que compõem as categorias vestuário (-1,55%) e despesas de transporte (-0,14%). Os demais grupos pesquisados praticamente não sofreram alteração, na média, de preços, entre eles os gastos com serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia e despesas com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve variação de 0,07% em outubro, passando a custar R$283,39. Em setembro, esse valor foi de R$283,18. O custo desta cesta de alimentos foi influenciado pelas quedas de preços do açúcar e dos ovos.

No acumulado do ano, o custo da cesta básica de alimentos já está em 6,17%, superior à inflação acumulada em 2007, que ficou em 4,65%.

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