Durante dois dias de evento, mais de duzentas pessoas se atualizaram sobre a Cafeicultura no país e no mundo
Promovido pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e pela Agência de Inovação do Café (InovaCafé), o XI Ciclo de Palestras em Cafeicultura foi realizado no Salão de Convenções e reuniu duzentas pessoas nas noites de quarta e quinta-feira (2 e 3/3).
O evento contou com a participação de especialistas para discutir os principais avanços obtidos e as perspectivas para o mercado da cafeicultura. A primeira apresentação foi sobre o tema: “Denominações de Origem do Cerrado de Minas” feita pela Coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento na Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer), Karine Dias Nogueira. “ A escolha desse tema se deu pelo belíssimo trabalho que vem sendo desenvolvido pelos profissionais da região do Café do Cerrado, da região alto Paranaíba e Triângulo Mineiro, tem nos dados a cerca de trinta anos aproximadamente, e a Universidade acompanhou isso em meados da década de oitenta, principalmente no início dos anos noventa, a partir daí o Brasil teve uma arrancada muito grande com questões ligadas a qualidade do café produzido e outras regiões do Brasil, a exemplo da própria região do sul de minas, inspirados no trabalho feito na região do cerrado, pensou na qualidade do produto. Hoje o trabalho desenvolvido no cerrado é exemplo para todo o Brasil”, pontou o professor titular da UFLA e um dos idealizadores do Necaf, Antônio Nazareno Guimarães Mendes.
Apresentando a segunda palestra da primeira noite do evento, sobre o “Cenário da Cafeicultura na América Latina”, o pesquisador da Empresa de Pesquisa e Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Gladyston Rodrigues Carvalho, acredita que o assunto que trouxe para o ciclo, é uma oportunidade para os estudantes, que como ele no passado não tiveram a oportunidade de conhecer outros países produtores de café, através da palestras terão a possibilidade de comparar como é a nossa cafeicultura e como ela funciona lá fora. Com foco em tecnologias o palestrante apresentou o que existe de novo em termos de cafeicultura no mundo e fez uma integração entre o que tem de bom no Brasil e em outros países, “essas informações terão um valor muito grande no futuro, para carreira profissional desses alunos” explicou Gladyston.
Iniciando as palestras na segunda noite do evento, o consultor e engenheiro agrônomo da Empresa Rehagro, Luiz Paulo Vilela, falou sobre o Cronograma Agrícola do Cafeeiro: “trouxe as principais atividades realizadas durante o ano agrícola do cafeeiro e o embasamento técnico cientifico de porquê fazer essas tarefas nas datas propostas e também as dificuldades que o produtor vive na prática”, o palestrante também chamou atenção para as principais atividades que o produtor deixa de realizar e sobre as oportunidades que os profissionais podem ter, unindo o conhecimento teórico e prático.
Encerrando o XI Ciclo de Palestras, abordando as Principais Perspectivas no Mercado Brasileiro de Cafés, o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fernando Rati, apresentou o cenário atual da cafeicultura brasileira no sentido produtivo, econômico/industrial e as principais tendências para o setor em 2016 e para os próximos anos. Também foi explanado sobre o que a cafeicultura tem de melhor, os principais desafios que o setor enfrenta e algumas sugestões de como os profissionais podem atacar os desafios transformando em oportunidades.
O estudante de Agronomia da UFLA, participante do evento, Miguel Dias, avaliou o ciclo: “Como a UFLA é centro de referência em café, e o Necaf tem dedicação e empenho junto a Universidade nessa área, ao participar desse evento, estou conhecendo as novas tecnologias e informações que serão úteis para a minha formação e de todos os participantes. Ao adquirir conhecimento estamos agregando informações para a pesquisa e para nossa própria atuação no campo, estaremos preparados para trabalhar nesse cenário, tendo em vista que o grande forte do estado de Minas Gerais, é a cafeicultura”.