Alimentos seguram inflação de 2009

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), acumulou uma taxa de 2,36%, no ano de 2009. Em 2008, a inflação ficou acumulada em 7,81%.

Em 2009, a taxa de inflação foi influenciada basicamente pelo comportamento dos preços dos alimentos, com queda acumulada, no ano, de 2,73%. Já em 2008, foram os alimentos que puxaram a inflação, que acumulou alta de 17,84%.

Com isso, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas passou de R$371,78 em janeiro para R$346,90 em dezembro, ou seja, teve queda de 6,69%, em 2009.

 Os demais grupos pesquisados pelo DAE/UFLA acumularam, em média, as seguintes variações de preços no ano de 2009: bebidas (7,73%); material de limpeza (14,07%); higiene pessoal (1,61%); vestuário (6,71%); serviços gerais – água, luz, telefone e gás de cozinha (3,38%); moradia (4,19%); transporte (4,9%); educação e saúde (2,74%); lazer (2,85%) e bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática), alta de 1,09%.

Explica o prof. Ricardo Reis, coordenador do IPC da UFLA, que o grupo alimentos é o que mais pesa no orçamento das famílias (27%), seguido dos gastos com vestuário (15%) e educação e saúde (13%), razão pela qual a queda dos preços dos alimentos em 2009 acabou influenciando a taxa de inflação do ano.

Entre as aplicações no ano, a caderneta de poupança acumulou crédito de 7,06%, batendo de longe a taxa de inflação de 2009 calculada pela UFLA.

Inflação de Dezembro fica em 0,12%

O DAE/UFLA também divulgou a inflação de dezembro, cuja taxa foi de 0,12%. No mês de novembro este índice foi negativo, ficando em -0,03%.

Entre os itens que mais subiram de preços em dezembro estão àqueles associados ao grupo bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e informática), com alta de 3,34%. Também foram registradas altas de preços nos setores de higiene pessoal (0,13%) e despesas de transporte, cujo aumento foi de 0,06%.

Entre os segmentos que compõem a categoria alimentos, a maior alta ficou com os produtos semi-elaborados, 0,61%, principalmente os preços do arroz (3,44%) e da carne suína (2,36%). Entre os alimentos in natura, as maiores altas foram registradas nos preços do inhame (6,59%), da beterraba (5,78%), da cebola (4,31%) e da  goiaba (4,48%). Entre os industrializados, os maiores aumentos foram identificados nos preços da maionese (2,55%), da salsicha (2,55%) e do vinagre (8,07%). Na média, a alta do grupo alimentos foi de 0,12%.

Outros grupos pesquisadospela UFLA em dezembro e que tiveram queda média de preços no mês foram: educação e saúde (-0,01%), bebidas (-1,43%), material de limpeza (-0,56%) e despesas de vestuário, com queda de 0,03%. Em média, não houve alterações de preços nos itens que compõem as categorias serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), moradia e gastos com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$346,89 em dezembro, ou seja, houve variação, para mais, de 0,96% em relação ao mês anterior, quando este custo foi de R$343,58.

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