Inflação registrada em janeiro é a maior dos últimos anos

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,82% no mês de janeiro deste ano. Em dezembro de 2010, esse índice havia sido de 0,45%. O IPC de janeiro 2011 foi o maior dos últimosanos, ficando apenas abaixo do índice de outubro de 2008, que atingiu 0,87%.

De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, o índice da UFLA foi puxado principalmente pelas despesas com educação (3,06%), bebidas (9,24%), vestuário (0,69%) e alimentos in natura, com alta de 2,98%.

Entre os alimentos, que tiveram aumento de 0,38% no mês, as maiores altas aconteceram nos produtos in natura (2,98%), destacando os aumentos das seguintes hortícolas: tomate (10,93%), abobrinha (20,46%), pimentão (13,25%), chuchu (50,39%), couve-flor (26,06%), cenoura (12,1%), beterraba (21,54%) e pepino (14,66%).

E, segundo o referido professor,foi o setor de alimentos semielaborados que, em parte, segurou a inflação de janeiro. De uma maneira geral, quase todos os itens que compõem esse grupo tiveram quedas de preço no mês: arroz (-2,56%), feijão (-6,76%) e carne suína (-1,35%). O preço da carne bovina se manteve estável no mês e a de frango teve uma alta de 1,97%.

Entre os alimentos industrializados, os maiores aumentos no mês se concentraram no fubá (7,43%), no açúcar (4,23%), no vinagre (4,33%), nos pães (7,55%) e no palmito (14,61%). O geral, a variação de preços dos industrializados se manteve estável em janeiro, resultanteda queda nos preços de outros itens, a exemplo do adoçante, do macarrão, dos lácteos, da margarina, da maionese e dos chocolates.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas aumentou 1,02% em janeiro, passando a custar R$366,00. Em dezembro seu valor era de R$362,30.

Os demais grupos pesquisados pela Ufla tiveram as seguintes variações médias de preços em janeiro: matéria de limpeza (-0,32%), higiene pessoal (0,25%), serviços geral – água, luz, telefone e gás de cozinha (0,48%), influenciado pelas altas das contas de água (3,61%), despesas com transporte (0,7%), bens de consumo duráveis – eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática (-0,2). Os demais grupos se mantiveram estáveis no mês (despesas com moradia e com lazer).

 

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