A Universidade Federal de Lavras (Ufla) participou da Fase de Diagnóstico da Operação Nacional 2005 do Projeto Rondon.
As ações do Projeto Rondon foram desenvolvidas no Estado do Amazonas (11 municípios e 2 localidades) e teve como objetivo a realização de diagnóstico para identificar e analisar problemas e necessidades das comunidades selecionadas, com vistas a reunir subsídios e orientar o planejamento de operações mais amplas a serem executadas a partir de 2005.
A equipe da Ufla foi composta pelo prof. Gilmar Tavares (coordenador) e os estudantes Adriano Sales Coelho, Alan de Brito, Juliana Fonseca e Vinícius Scarpa Sousa.
Segundo o coordenador da equipe da Ufla “a Universidade pode contribuir e desempenhar importante papel para a promoção social daquelas populações tão sofridas, porém esperançosas.
Basicamente, na região pesquisada, se planta culturas de subsistência sem apoio financeiro e técnico; a caça está cada vez mais extinta; a coleta de frutos está cada vez mais difícil. Não se consegue preço decente para as minguadas sobras. Migra-se para as cidades maiores e incham-se as periferias. Passe-se a viver de assistencialismo castrador. Aparecem os problemas sociais: doenças endêmicas e epidêmicas, violência, promiscuidade e alcoolismo.
Observou-se positivamente em todas as comunidades, que as crianças vão para as escolas. Os jovens estudam até a 4ª série e depois saem para estudar em Belém dos Solimões.Há professores e agentes de saúde legalmente constituídos em todas as comunidades”, relata Gilmar Tavares.
Como proposta para a continuidade do Projeto a Ufla deverá realizar em parceria com a UFPR e USP/Médica Ribeirão Preto, cursos de formação, informação e reciclagem, com professores indígenas e não indígenas, agentes de saúde, lideres comunitários e outros para tratar de temas sobre saúde, educação, cidadania, associações e cooperativismo, energia alternativa, agricultura, segurança alimentar, preservação ambiental considerando flora e fauna natural, recuperação de áreas degradadas.
Também, a adoção do “barco entreposto comercial que percorrerá as linhas fluviais, comprando produções locais por um preço mínimo e disponibilizando-as nos mercados municipais maiores.
A Universidade pode assessorar os governos federal, estadual e municipal, nesta empreitada revolucionária.Vale ressaltar que este barco poderá disponibilizar atendimento médico e ambulatorial a toda população visitada, além de poder disponibilizar também um cartório de registro civil.
Propor parceria entre governos x diocese x universidade para a criação de “campus avançado” aproveitando-se da estrutura existente na diocese. A presença sistemática da universidade garantiria a continuidade dos projetos, conclui Gilmar Tavares.