Desacelerações nos preços dos alimentos influenciam inflação

 

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), ficou em 0,3% no mês de fevereiro. Em janeiro, essa taxa inflacionária foi de 0,82%, sendo uma das mais altas dos últimos anos.

Essa desaceleração nos preços em fevereiro ficou localizada nos alimentos semielaborados, que tiveram uma queda média de 0,02%, puxadas pelas cotações do feijão, que ficou mais barato para o consumidor 16,02%, carne suína, queda de 0,65% e pescados, cuja baixa foi de 6,87%. Em fevereiro, os alimentos industrializados também tiveram uma variação média de preços inferior a de janeiro, cuja alta foi de 0,39%. No entanto, os produtos in natura mantiveram a tendência de alta no varejo, com aumento de 2,48%. No geral, o aumento dos alimentos em fevereiro foi de 0,45%.

Entre os produtos que tiveram as maiores altas para o consumidor em fevereiro, destacam-se o tomate (37,69%), mandioca (12,46%), maracujá (22,08%) cenoura (22,%), trigo (3,01%), maizena (3,05%) e sardinha, com aumento de 3,61%.

De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador do Índice, os alimentos são o setor que mais pesam no orçamento familiar (26,83%). De cada R$100,00 gastos, R$27,00 são com produtos alimentícios. E o feijão é um componente importante na mesa do consumidor. Essa queda de 16,02% no varejo teve importante influência na taxa de inflação de fevereiro.

Mas o grande vilão da inflação medida pela UFLA em fevereiro foi o setor de bebidas, cuja alta média atingiu 7,06%. Os produtos de material de limpeza também ficaram mais caros 1,64%, vestuário, 0,64% e educação e saúde, alta de 1,52%.

Entre as categorias que compõem o IPC da UFLA, os itens de higiene pessoal ficaram mais baratos 0,64% e os componentes dos bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática) tiveram uma queda de preços de 0,74%.

Os demais setores pesquisados em fevereiro praticamente não tiveram alterações de preços: serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e despesas com moradia, com transporte e com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma alta em fevereiro de 1,95%, passando a valer R$373,18 contra o custo de R$366,01 em janeiro. Nos últimos doze meses, a cesta básica de alimentos acumula alta de 6,75%.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *