O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou a taxa de inflação registrada no mês de março: 1,75%. Calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a taxa mais que dobrou em relação ao mês de fevereiro, quando a inflação foi de 0,73% No trimestre, o IPC da UFLA está acumulado em 4,04%.
O grupo “alimentação” continua pressionando a alta: a elevação média dos produtos foi de 4,89%, sendo que os produtos in natura tiveram aumento médio de 18,92%; os industrializados, de 4,85%; e os semielaborados, de 1,47%. Vale destacar as elevações da carne de frango (8,97%) e do arroz (8,75%).
“Os gastos com alimentação são as despesas que mais pesam no orçamento familiar e no índice de inflação”, afirma o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa. De cada R$100,00, uma família gasta R$26,83 com alimentos. Também é importante lembrar que a seca vem afetando o campo e gerando impacto no preço de alguns hortifrúti. Os produtos in natura já aumentaram 61,32% nos três primeiros meses do ano.
A inflação de março também foi influenciada pelos reajustes das bebidas (4,78%), despesas com vestuário (2,13%), material de limpeza (1,78%), segmento de transporte (0,80%) e educação/saúde (0,21%). Esse último grupo registrou alta dos remédios (11,22%) e de material escolar (0,7%). Os gastos com higiene pessoal também tiveram uma ligeira alta (0,24%).
Na contramão dos aumentos verificados em março, está a queda de 1,97%, em média, dos preços dos itens que compõem o grupo bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática).
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas subiu 2,73% em relação a fevereiro. O valor em março foi de R$458,82, contra R$446,59 no mês anterior.