Nessa quarta-feira (25/6), a presidenta Dilma Rousseff fez o lançamento da segunda etapa do programa Ciência sem Fronteiras (CSF), que terá mais cem mil bolsas a partir de 2015. O anúncio foi feito em reunião no Palácio do Planalto, com a presença dos ministros de Estado da Educação, Henrique Paim; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina e da Casa Civil, Aloísio Mercadante.Entre os convidados, o reitor da Universidade Federal de Lavras, professor José Roberto Scolforo.
Entre as novidades apresentadas nesta nova etapa estão a priorização de alocação dos bolsistas premiados nas olimpíadas de matemática, física e química das escolas públicas; a priorização de bolsa de pós-graduação para os ex-bolsistas de graduação que obtiverem o aceite de instituição de excelência para pesquisa nas áreas do Programa; e o lançamento de programas específicos que envolvam ex-bolsistas do CSF.
De acordo com o ministro da Educação, Henrique Paim, presente à cerimônia, o Ciência sem Fronteiras também incentiva a vinda de pesquisadores e cientistas estrangeiros para o Brasil. Paim destacou que essa interação permite refletir sobre a necessidade de reforçar a parte prática da formação na graduação e na pós-graduação. “Precisamos rever a formação superior integrada com as empresas, por meio de estágios”, disse.
Scolforo também ressalta a importância do Programa para a Universidade. “Apenas a perspectiva de participar do Ciência sem Fronteiras já torna nossos estudantes mais atuantes e interessados em investir na proficiência de outros idiomas e também apresentar elevado rendimento acadêmico. Quando retornam da experiência, esses estudantes são multiplicadores de uma nova dinâmica de interação com o ensino e a pesquisa. Muitos dos estudantes da UFLA que participaram do Programa tiveram destaque internacional e foram convidados para programas de pós-graduação em Universidades de referência”, destacou.
Números do programa
As 83,2 mil bolsas concedidas pelo Ciência sem Fronteiras foram para estudantes de 1,1 mil municípios. Desse total, 76,1 bolsas do governo federal, e 7,1 mil vindos da iniciativa privada, fato que rendeu agradecimentos da presidenta Dilma as empresas parceiras no programa – 44,2% desses bolsistas são mulheres, 31,4% são negros e 85,9% são jovens.
Dos 43 países de destino dos estudantes, os Estados Unidos lideram o ranking de número de bolsas (26,3 mil), seguidos pelo Reino Unido (9,5 mil), Canadá (7 mil), França (6,4 mil) e Alemanha (5,9 mil). Conforme ressaltou a presidenta no lançamento da segunda fase, o Ciência sem Fronteiras tem 18 áreas prioritárias, dentre as quais se destacam: engenharias e demais áreas tecnológicas (36,4 mil bolsas); biologia, ciências biomédicas e da saúde (14,5 mil); e da indústria criativa (6,6 mil).
Veja a apresentação do ministro Henrique Paim