Alimentos pressionam inflação em março

A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), ficou em 0,42% no mês de março, contra uma taxa de 0,08% em fevereiro. No trimestre, o IPC da Ufla está acumulado em 1,82%.

Em março, a fonte de pressão foi o grupo alimentos, que teve uma elevação de 1,57%. Alguns hortifrutigranjeiros, como vagem, alho, couve-flor, repolho, beterraba, cebola, melancia, manga e ovos, tiveram seu abastecimento comprometido em março e seus preços aumentaram acima da média do grupo alimentos. Os produtos in natura ficaram mais caros 4,15%, os semi-elaborados, alta de 0,89% e os industrializados foram reajustados, em média, em 1,39% no mês. Os gastos com alimentação são as despesas que mais pesam no orçamento familiar e no índice de inflação, afirma o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa. De cada R$100,00, uma família gasta R$26,83 com alimentos. Comenta, ainda, que as chuvas do início do ano, associadas às ondas de calor verificadas a partir de fevereiro, afetaram a qualidade e perecibilidade dos produtos in natura e, conseqüentemente, sua oferta no mercado regional.

A inflação de março também foi influenciada pelos reajustes dos bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (2,81%), higiene pessoal (1,81%) e material de limpeza (0,64%). Outros setores pesquisados tiveram reajustes abaixo da taxa média da inflação: despesas de transporte, 0,04% e educação e saúde, 0,01%.

Na contramão dos aumentos verificados em março, estão as quedas, em média, dos preços dos itens que compõem o grupo vestuário (-1,27%), influenciadas pelas tradicionais liquidações de final de estação. Quanto aos demais grupos pesquisados, bebidas, serviços gerais, moradia e gastos com lazer, não se verificaram aumentos na média dos preços levantados no mês.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou em R$287,73 em março, tendo sido de R$285,92 no mês passado, com uma alta no mês de 0,63%.

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