O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) e o Índice de Preços Pagos (IPP), referentes à venda dos produtos agrícolas no Sul de Minas Gerais em outubro. O decréscimo da renda média rural na região foi de 1,73% no último mês, no entanto, o acumulado do ano é positivo, com taxa de 37,48%. O IPP manteve-se estável no período.
A renda média vinha apresentando elevações consecutivas nos dois meses anteriores. De acordo com o professor do DAE Renato Fontes, coordenador da pesquisa, as perspectivas de melhoria climática explicam os resultados de queda apurados em outubro. A presença de chuvas no cinturão produtivo favorece o plantio e o desenvolvimento dos produtos agropecuários. Os grupos das commodities café e verduras apresentaram quedas significativas, o que puxou o índice para o campo negativo. Destacou-se a queda de preço do agrião e da alface, com baixas que superaram 13%.
O grupo das carnes apresentou novamente alta nos preços, com elevação média de 8,04%. Na carne suína, a elevação foi de 20% e a bovina teve incremento de preço de 9,31%. Para o professor Renato Fontes, o aumento de preço em todos os tipos de carne é reflexo da alta da carne bovina, ocasionado pelo período da entressafra do boi e pelo aumento das exportações nacionais, que causaram elevação de preço no mercado interno. Os consumidores, em uma ação de defesa contra este aumento, modificam o seu consumo, passando a demandar outros tipos de carne, levando a acréscimos de preços em todos os produtos. A situação de desalinhamento entre oferta e demanda provoca consequentes variações de preço ao mercado.
Os resultados relativos a insumos demonstram estabilidade.