Pessoas ou grupos que possuam ideias inovadoras – ou tenham desenvolvido novas tecnologias – podem se transformar em empreendedores em negócios de alto impacto, contribuindo para a transformação da sociedade. Com o programa Lemonade, que terá sua próxima edição em Lavras, os interessados passam por uma imersão de nove semanas, em um processo de aceleração de startups por meio de palestras e mentoria. Trezentas e sete startups de todo o Brasil já passaram por essa formação.
Para participar desta edição, que será realizada na InovaCafé (UFLA), é necessário fazer o cadastro pelo site do Lemonadeaté o dia 17/6. Os inscritos precisam apenas ter o interesse em querer contribuir com o ecossistema empreendedor. O lançamento na UFLA foi realizado no Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) no dia 11/5 (confira como foi). Houve lançamento também fora da Universidade, em 29/5, com o meetup que teve como tema “Tenho uma ideia”. A apresentação do programa nessa data foi feita pela agente de pré-aceleração Yule Maris. O foco do Lemonade Lavras, segundo Yule, é incentivar especialmente o desenvolvimento de startups que trabalhem soluções para o agronegócio, ligadas a energias renováveis, ferramentas sustentáveis que contribuam para a diminuição da emissão de poluentes e infraestrutura inovadora para transporte e escoamento, entre outras soluções; entretanto, participantes que queiram se dedicar a outras temáticas também são bem recebidos.
Estudantes da UFLA já se preparam para participar. Tamis Diniz Sampaio Dias, de 26 anos, é estudante de Administração e está entre eles: “Já tive a oportunidade de participar do Programa, mas infelizmente nossa ideia não foi adiante. Espero, agora, contribuir e fomentar novas ideias, principalmente na Universidade”. Nathália Rabelo dos Santos, de 25 anos, é estudante de Medicina Veterinária e já participou do Startup Weekend. Com a experiência adquirida, ela pretende desenvolver novas habilidades no Lemonade: “Me vejo como uma comunicadora; espero que o programa transforme a vida das pessoas como já transformou a minha”.
Também haverá edições do Lemonade Ultra nas cidades de Uberaba, Juiz de Fora e Viçosa. Em cada município serão selecionadas 20 startups, que tenham de três a cinco integrantes. Durante as nove semanas de imersão, elas terão a oportunidade de desenvolver uma ideia de negócio e serem selecionadas para participar do Demoday – que é a apresentação para investidores – que será feita na Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia – Finit, em Belo Horizonte. Os vencedores poderão receber o investimento de 40 mil reais para ampliar o negócio.
A 11ª edição do Lemonade, que ocorre em Lavras, é uma realização do Sebrae, projeto NovoAgro 4.0, Governo de Minas Gerais, Sistema Mineiro de Inovação (Simi), Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Universidade Federla de Minas Gerais (UFMG), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), Techmall, Unitecne, Centev, Critt e Inova Café.
Assista à entrevista do TVU Notícias e saiba mais sobre o evento:
O Núcleo de Inovação, Empreendedorismo e Setor Público (Niesp), do Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), promoverá o II Simpósio de Inovação, Empreendedorismo e Gestão Pública (II Siegep) em 11/6, a partir de 13h30, no Anfiteatro do Bloco III do DAE.
Com a temática “Ambiente de Inovação no Setor Público”, o II Siegep tem como objetivo difundir o conhecimento nas áreas de inovação, empreendedorismo e gestão pública. O evento será aberto para toda a comunidade, proporcionando um momento de trocas de experiências entre os envolvidos.
As atividades serão iniciadas no período da tarde com a apresentação de artigos completos, na modalidade oral, além de trabalhos em forma de pôsteres. Já no período da noite, haverá a palestra “Diplomacia da Inovação”, a ser ministrada pelo diplomata de carreira Juliano Alves Pinto, graduado em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Puc/MG).
Ao final, haverá a “Mesa Redonda: O Público e o Privado nos Ecossistemas de Inovação”, em que os participantes poderão expor suas opiniões em relação ao tema bem como realizar perguntas aos membros da mesa.
Os interessados em participar devem se inscrever pelo site, a partir do qual haverá a emissão de certificado de participação, além de coffee break. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail niespufla@gmail.com, no site do núcleo, página ou evento no Facebook.
O Simpósio tem o apoio do Programa de Pós Graduação em Administração (PPGA), Programa de Pós Graduação em Administração Pública (PPGAP) e DAE.
Entre as consequências do rompimento da Barragem de Fundão em Mariana (MG), em 2015, está a degradação de áreas de florestas nativas às margens do Rio Gualaxo do Norte e do Rio Doce. Dos 37 milhões de metros cúbicos de lama que desceram pelos rios, uma parte se acumulou nas margens do curso d’água, em um volume que pode chegar a dois metros de profundidade e se estende por cerca de 100 quilômetros de extensão. Um desafio que surgiu a partir desse cenário é o de encontrar formas eficientes de garantira restauração de tais áreas, já que agora as árvores terão que germinar e se desenvolver em um novo material – a lama – que não possui as mesmas características do solo.
Para ajudar a resolver esse problema, uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA) está avaliando se espécies nativas daquela região da Bacia do Rio Doce são capazes de germinar, crescer e sobreviver adequadamente sobre o material constituído pela lama. Os estudos começaram em janeiro de 2017 e até o momento os pesquisadores já colheram, na região, sementes de 37 espécies de árvores nativas e prepararam mudas a partir delas.
Nesta primeira etapa do projeto, as sementes e mudas estão sendo cultivadas em viveiro da UFLA, sob condições controladas, para observação da capacidade de germinação das sementes e posterior crescimento das mudas. Para isso, a equipe utiliza nos testes a lama colhida na região e também o solo característico do local. No viveiro, as sementes das espécies foram plantadas na lama, no solo e em uma mistura de solo com lama. Os pesquisadores vão comparar os resultados de germinação em cada um desses materiais. Farão o mesmo com as mudas, para avaliar o crescimento e a sobrevivência.
A coordenadora da pesquisa, professora Soraya Alvarenga Botelho, do Departamento de Ciências Florestais (DCF), explica que até momento os experimentos indicam, embora ainda muito iniciais, que algumas espécies conseguem germinar mais facilmente; outras têm dificuldades para romper a crosta que se forma na superfície da lama. “Ainda há muito trabalho pela frente, porque depois que já tivermos os resultados dos experimentos feitos no viveiro da UFLA, precisaremos repeti-los em campo, no local afetado pelo rompimento da barragem. É um estudo de anos, mas ao final poderemos indicar as melhores metodologias para se garantir a recuperação adequada das matas daquele local degradado. Poderemos ou constatar que as espécies não sobreviverão e que será necessária alguma forma de intervenção naquele material, ou identificar que há espécies capazes de prosperar e indicar a melhor forma de fazer esse manejo”, explica a pesquisadora.
O estudo, dentro da UFLA, passa ainda por várias outras etapas: foi necessário confirmar a qualidade das sementes por meio de testes de germinação; a lama recolhida na região de Bento Rodrigues foi analisada para se identificar sua composição; mensalmente uma pequena amostra das mudas em análise precisa ser desmanchada para medição, pesagem e verificação do sistema radicular para acompanhamento das condições de crescimento; e em uma etapa posterior será necessário analisar a composição das plantas para verificar que se há alterações químicas em decorrência do tipo de material que lhes servem como substrato.
A pesquisa é uma das cinco em andamento na UFLA aprovadas em edital da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) – Chamada 04/2016 – que têm como objetivo colaborar no processo de recuperação, no Estado, das áreas afetadas pelo rompimento da barragem.
Fases da pesquisa
Solo x lama: entenda por que as diferenças trazem desafios para a recuperação da mata nativa
A olho nu é possível perceber a diferença entre o solo da região da Bacia do Rio Doce e a lama que se espalhou com o rompimento da barragem. A cor e a textura são bem diferentes. A professora Soraya explica que, no solo da região, está presente o minério de ferro, e quando ele é extraído, o que sobra do processo – o rejeito – é formado por componentes do solo, mas trata-se de um material que já não tem todas as características de um solo. Falta matéria orgânica e outros componentes. Esse material tem uma consistência diferente e seu comportamento diante da chuva ou da estiagem também é diferente. “No período seco, a superfície fica mais endurecida, como um tampão, e o interior permanece pastoso”, comenta.
Quando amostras do rejeito chegaram à UFLA, passaram por análises químicas. “Não identificamos metais pesados, como era o grande receio. Há um desequilíbrio de componentes em relação ao que se encontra normalmente no solo; o PH é mais alto e o teor de ferro também é mais elevado. Por ser um material diferente, que não podemos chamar de solo, são importantes os estudos que mostrem o melhor caminho para a recuperação da mata da nativa dos locais onde ele se acumulou”, explica.
De acordo com Soraya, a barragem do Fundão possuía 54 milhões de metros cúbicos desse rejeito, e o rompimento ocasionou deslizamento de 37 milhões, parte dos quais chegou ao mar, outra parte ficou retida em barragem existente no percurso (da usina hidrelétrica Risoleta Neves – Candonga) e uma parte acabou se acumulando às margens do rio. É sobre esse último caso que a pesquisa atua. Como ação emergencial, a fundação responsável pela recuperação já fez o plantio de espécies herbáceas, para evitar que o rejeito volte a se deslocar em período de chuvas, mas o desafio será o crescimento das árvores nativas que têm exigências e ciclo de vida diferente.
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
De 28/5 a 30/5 ocorreu na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a I Conferência sobre Estudos Africanos e Latinos. Considerando a alta presença de estudantes estrangeiros na UFLA vindos principalmente de países da África e da América Latina, o evento buscou fortalecer o intercâmbio e o debate de saberes e estudos próprios das diferentes culturas que atualmente interagem no ambiente acadêmico da Universidade.
Marcaram presença cerca de noventa participantes, entre estudantes de graduação e pós-graduação da UFLA e membros de outras instituições de ensino superior do País. Na cerimônia de abertura, o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior, enfatizou que a promoção das discussões sobre os estudos africanos e latinos vai ao encontro da própria identidade brasileira, constituída também a partir desses povos.
A professora do Departamento de Estudos da Linguagem (DEL) Tânia Romero, responsável pela organização da Conferência, explica que a programação buscou promover um olhar sobre a própria identidade brasileira, já que ela está em relação direta com os estudos latinos e africanos. “É uma iniciativa que mostra aos estrangeiros dessas regiões do mundo o quanto eles são importantes para nós; e o quanto, na verdade, são parte de nós. Com os temas discutidos, saímos do etnocentrismo europeu que costuma predominar na academia e fazemos ecoar as vozes do Sul, valorizando-as. Essa valorização é hoje uma tendência.”
De acordo com Tânia, o evento foi bem avaliado pelos participantes. “Muitos já perguntam quando será a próxima edição. Como é a primeira vez em que o tema foi tratado, existe ainda uma grande demanda: os assuntos não se esgotarão facilmente. Há muito ainda o que se discutir nessa perspectiva”.
O evento teve a organização conjunta da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e dos Departamentos de Estudos da Linguagem (DEL) e de Educação (DED).
Na programação
A I Conferência sobre Estudos Africanos e Latinos teve em sua programação apresentações culturais, mesas redondas abordando estudos africanos e estudos latinos, além de sessões de apresentação de trabalhos científicos. Acesse o site do evento e saiba mais.
Veja mais algumas imagens registradas pelos organizadores:
O programa Giro do Boi, Canal Rural, entrevistou nesta segunda-feira (4/6) o professor do Departamento de Zootecnia (DZO) Márcio Machado Ladeira. Ele falou de pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Lavras (UFLA) sobre o uso de dietas com grão de milho inteiro em confinamentos de bovinos de corte. Em um dos estudos, ficou demonstrado que o bagaço de cana pode melhorar o desempenho daqueles animais que recebem a dieta de grão inteiro nos confinamentos.
De acordo com o professor Márcio, a alternativa é indicada para os casos em que os produtores conseguem o milho a um preço acessível. A dieta de grão inteiro elimina a necessidade de processamento e mantém uma boa eficiência alimentar dos animais. Nesse caso, acrescentar o bagaço de cana como fonte de fibra permite aumentar também o ganho de peso. O bagaço de cana pode substituir 6% da quantidade de grão inteiro utilizada nas dietas. A pesquisa desenvolvida na UFLA envolve também acompanhamento de outros parâmetros, como avaliação da digestibilidade do amido e atividade da amilase pancreática pelos animais de diferentes raças (zebuínas, taurinas e cruzamentos), bem como nutrigenômica, qualidade da carne, entre outros.
A Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (PRP/UFLA) informa que foram prorrogadas as inscrições e renovações de bolsas de iniciação científica nas modalidades Pibic/CNPq e Pibiti/CNPq. O novo prazo para inscrições vai até 7/6, às 16h.
As bolsas na modalidade Pibic/CNPq concedem aos estudantes de graduação a oportunidade de atuar em projetos de iniciação científica; já as bolsas no sistema Pibiti/CNPq consistem na atuação em projetos de iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação. Ambas são desenvolvidas sob orientação de pesquisadores da UFLA.
Entre as exigências, o estudante precisa ter currículo Lattes atualizado; participar do curso de inglês “My English Online” ou possuir comprovante do Toefl ITP realizado após maio de 2016, com nota superior a 336, ou comprovante de proficiência em inglês; estar regularmente matriculado em curso de graduação da Universidade que tenha relação com o projeto de pesquisa apresentado na proposta; cadastrar seus dados no SIGAA e possuir coeficiente de rendimento acadêmico (CRA) igual ou superior a 60 (exceto estudantes matriculados no primeiro período).
Depois de selecionado, o estudante deve dedicar 20 horas semanais às atividades da bolsa, de maneira a cumprir o plano de trabalho estabelecido pelo orientador, mencionar a condição de bolsista do Pibic/CNPq ou Pibiti/CNPq nas publicações e apresentações das quais participar, apresentar os resultados da pesquisa no Congresso de Iniciação Científica (Ciufla) e enviar o relatório final no término das atividades.
Para renovação, o orientador precisa apresentar o relatório parcial das atividades realizadas conforme proposto no edital da bolsa em vigor.
Confira a publicação das prorrogações de prazo no site da PRP.
A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) publicou o Edital n° 31/2018 para retificar o Edital n° 24/2018, que trata do auxílio financeiro a estudantes de pós-graduação para participação em eventos técnico-científicos no País. Devido às dificuldades geradas a partir da paralisação nacional dos caminhoneiros, o prazo final para inscrições e entrega de documentação foi estendido até 8/6. Em consequência, as demais datas previstas no edital anterior também foram alteradas.
Podem se candidatar estudantes de pós-graduação regularmente matriculados nos programas stricto sensu da Universidade Federal de Lavras (UFLA). O valor do benefício financeiro concedido por dia de evento varia de acordo com o local de realização das atividades (âmbito regional, no estado de Minas Gerais ou em outros estados brasileiros). Os documentos necessários para a candidatura dos interessados, bem como detalhes sobre os critérios de seleção e outras informações encontram-se no Edital.
De 24/5 a 26/5 foi realizada na Universidade Federal de Lavras (UFLA) a quarta edição do Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas (IV SBDN). No total, mais de 350 pessoas participaram das atividades, que envolveram oficinas, minicursos, mesas-redondas, palestras e conferências. Além do público acadêmico, profissionais que atuam em redes de saúde de Lavras e região tiveram a oportunidade, por meio da programação, de ampliar seus conhecimentos sobre doenças como leishmanioses, hanseníase, arboviroses (que incluem, por exemplo, dengue, zika, febre chikungunya e febre amarela), doença de chagas, helmintoses (ascaridíase, teníase e esquistossomose são exemplos), sífilis e HIV.
O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Renato Vieira Alves, esteve na cerimônia de abertura e realçou a importância do intercâmbio entre academia e sociedade para controle e prevenção dessas doenças. “Designamos doenças negligenciadas, mas é o público afetado por tais doenças que, na verdade, é negligenciado; isso porque são as populações socialmente mais vulneráveis que estão mais expostas aos riscos. Por isso, não basta investir em cura e tratamento. É necessária uma atuação mais sistêmica e completa. Nesse ponto, a parceria com as universidades é uma saída fundamental”. Esta edição do SBDN teve justamente um tema focado nessa perspectiva: Reconstruindo a ponte entre a academia e a sociedade.
Para a vice-reitoria da UFLA, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho, a extensão e a importância que o Simpósio alcançou são indicativos do avanço da UFLA em uma nova área do conhecimento e da qualidade com a qual esse avanço vem se dando. O chefe do Departamento de Saúde (DSA/UFLA), Thales Augusto Barçante, lembra também a importante missão do evento, ao colaborar com a formação dos estudantes e colocá-los em interação com os profissionais que estão nas redes de saúde.
De acordo com a presidente da comissão executiva Simpósio, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, 51 palestrantes e moderadores, de diferentes regiões do País, juntaram-se à UFLA e aos participantes na tarefa de debater um tema relevante para a saúde pública. “Apesar de todos os problemas relacionados ao transporte, em meio à paralisação nacional, o evento superou positivamente todas as nossas expectativas: membros da equipe organizadora, participantes e palestrantes ultrapassaram os obstáculos e a programação científica foi cumprida integralmente, com pequenas adaptações nos horários. Ao final, o saldo foi extremamente positivo. Os palestrantes convidados elogiaram muito quesitos como receptividade, acolhimento, programação científica, organização e espaço físico da Universidade. Foram especialmente importantes para nós os comentários dos participantes acerca das ações de extensão que temos desenvolvido na área, pelas quais criamos um intercâmbio de conhecimentos muito grande com os profissionais dos programas de saúde da família, da unidade de pronto atendimento da cidade e dos hospitais. O projeto Minuto da Saúde e a comunicação com a sociedade demonstraram que, na UFLA, estamos conseguindo realmente fazer essa ponte tão necessária entre Universidade e sociedade”, resume Joziana.
Por eleição, ficou definido que o prêmio ofertado aos melhores trabalhos do Simpósio será denominado “Prêmio Carlos Chagas”. Nesta edição, três trabalhos de apresentação oral e três da modalidade de apresentação em pôster foram agraciados. O evento registrou 140 trabalhos inscritos.
Um pouco da programação
Entre as 27 atividades do IV SBDN estava a mesa que tratou do tema “Populações negligenciadas – abordagens inovadoras”, tendo como palestrantes professores da UFLA. Conheça pouco do conteúdo discutido nesse momento do evento:
População rural
A professora do Departamento de Ciências da Saúde (DSA) Miriam Graciano explicou que as doenças negligenciadas acabam replicando, em populações atingidas, ciclos de pobreza e desenvolvimento infantil deficitário. “A maioria das doenças negligenciadas são transmissíveis por parasitas ou infecções, colocando em risco a saúde, sobretudo, da população rural que não tem acesso à água tratada, esgoto sanitário e coleta de resíduos”, salientou.
Para ilustrar a gravidade do problema, a médica informou que exames feitos em mais de 1.200 moradores da zona rural de Alfenas, no sul de Minas Gerais, apontaram que 60% deles sofriam de intoxicação crônica e insuficiência hepática . “Os estudos evidenciaram alto índice de mutagenicidade de células cancerosas, o que nos faz pensar que o principal motivo é o uso incorreto de agrotóxicos”, disse.
Indígenas
A professora do Departamento de Ciências Humanas (DCH) Débora Cristina de Carvalho trouxe a tona o impacto da barreira cultural entre a medicina tradicional e a crença dos indígenas. “O maior problema é a reprodução de protocolos médicos universais dos quais os agentes de saúde têm extrema dificuldade de traduzir para o indígena”, frisou.
A socióloga colocou em pauta a necessidade de restabelecer a ponte entre a academia e a sociedade. “Para a população indígena ter acesso à saúde, professores e estudantes da área precisam ampliar a responsabilidade social e adotar o lugar do senso comum, dos saberes tradicionais”, argumentou.
Patentes
Segundo o professor do Departamento de Direito e coordenador-geral do Núcleo de Inovação Tecnológica (Nintec), Fellipe Guerra, a indústria farmacêutica despreza a busca por remédios para tratar as doenças negligenciadas devido ao alto custo das pesquisas e desenvolvimento dos fármacos para atender as áreas pobres do planeta. “A patente é o estímulo fundamental para o interesse da empresa. Mas, infelizmente, a legislação brasileira acatou os interesses da política de patentes dos Estados Unidos. Para nós, é extremamente difícil inovar e, quando conseguimos, a logística de produção e distribuição. Como resultado, exportamos conhecimentos em forma de artigo científico e importamos medicamentos”, explicou.
Para Renato Vieira Alves, do Ministério da Saúde, é fundamental ampliar o acesso das populações de regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aos remédios eficientes que já estão no mercado para tratamento das doenças negligenciadas.
Assista à matéria da TVU sobre a abertura do IV SBDN
Clique e assista também a íntegra da cerimônia de abertura e da palestra de encerramento (O trabalho dos Médicos sem Fronteiras em vigilância epidemiológica de Doenças Negligenciadas)
Doenças Negligenciadas
As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) afetam, todos os anos, milhões de pessoas no mundo, principalmente de baixa renda. Causadas por vírus, bactérias, vetores e protozoários, esses males, muitas vezes, são consequências da falta de moradia e de saneamento básico.
No canal da UFLA no YouTube é possível saber um pouco mais sobre algumas das doenças negligenciadas, sobre doenças que agravam as doenças negligenciadas e vacinas (clique na miniatura e acesse os vídeos do Núcleo de Divulgação Científica):
Textos: Ana Eliza Alvim, Pollyanna Dias
Fotos: Laís Diniz, Melissa Vilas Boas e Pollyanna Dias
Matéria TVU: Laís Diniz e Melissa Vilas Boas
Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – Fapemig.
A Pró-Reitoria de Planejamento e Gestão (Proplag) comunica sobre o funcionamento da lanchonete e do restaurante do Centro de Convivência durante o período de suspensão das atividades acadêmicas ocasionada pelas consequências da paralisação nacional dos caminhoneiros.
Será praticado o horário previsto para períodos de férias: segunda a sexta-feira, das 6h30 às 18h (exceto feriados).
O restaurante Saúde e Cia não funcionará na sexta (1º/6) e no sábado (2/6).
No sábado (2/6), a lanchonete conhecida como Cantina do Saulo também não funcionará.
Com a finalidade de melhorar a qualidade do serviço de e-mail da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação (DGTI) realizará uma migração dos e-mails dos estudantes (webmail discentes) para uma versão mais recente do Zimbra.
O procedimento terá início na terça-feira (29/5). Os e-mails antigos serão transferidos para o novo servidor. A migração não será instantânea – poderão ser necessários até dias para a finalização do processo.
Nesse período, a DGTI disponibilizará a página www.emailantigo.ufla.br para o acesso dos e-mails e contatos arquivados antes da atualização do Zimbra. A previsão é de que até o dia 1º de junho todas as caixas de e-mail já estejam normalizadas.
Qualquer dúvida ou problema deve ser relatado à Coordenadoria de Suporte da DGTI, por meio dos ramais 1474, 1125 ou 1526.