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Jogos Escolares de Minas Gerais ocorrem em Lavras, com parte da programação realizada na UFLA

jemg1Lavras sedia, no período de 11/7 a 16/7, a etapa estadual do Programa Minas Esportiva / Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg/2016). Mais de 4,5 mil alunos-atletas estão no município participando de competições nas modalidades atletismo, badminton, ciclismo, judô, natação, tênis de mesa e xadrez. Nas competições paralímpicas, as modalidades são atletismo, bocha, goalball, natação e tênis de mesa. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) é um dos espaços em que ocorrem as competições na cidade.

Os participantes da edição que ocorre em Lavras estão ligados a 962 escolas públicas e privadas, de 292 municípios. Entre os estudantes-atletas há aqueles com idade entre 12 e 14 anos (módulo I), e aqueles na faixa etária que vai dos 15 aos 17 anos (módulo II),nos naipes masculino e feminino. Os resultados alcançados pelos estudantes no Minas Esportiva/Jemg 2016 são utilizados para a indicação de representantes do Estado para os Jogos Escolares da Juventude e para as Paralimpíadas Escolares.

O Minas Esportiva/Jemg é um Programa do Governo de Minas Gerais, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Esportes e pela Secretaria de Estado de Educação. A execução é de responsabilidade da Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais (Feemg).

Outras informações podem ser obtidas no site do Programa ou no Comitê Central da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Turismo (Selte) – (35)3694-4174.

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IFSULDEMINAS promove na UFLA curso de Formação Inicial e Continuada em Urgência e Emergência

fic-urgencias2A Universidade Federal de Lavras (UFLA) tem apoiado o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) na oferta de cursos técnicos e profissionalizantes em Lavras. Nessa segunda-feira (11/7), tiveram início, no câmpus da UFLA, as aulas do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) em Urgência e Emergência. Vinte profissionais da área de enfermagem compõem a turma. As aulas serão ministradas de segunda a quinta-feira, no período noturno, no Pavilhão de Aulas 2.

A proposta do curso FIC de Urgência e Emergência é capacitar profissionais de saúde para agir em situações críticas, avaliar essas situações e executar os procedimentos necessários em caso de urgência e emergência, de acordo com princípios éticos e legais da profissão, em consonância com as normas e regulamentações de atuação do Samu. De acordo com o supervisor administrativo do IFSULDEMINAS, Paulo Cesar Ferraz, a iniciativa do curso deu-se a partir de uma demanda apresentada pelo Governo do Estado de Minas Gerais ao IFSULDEMINAS. “Foram disponibilizadas 200 vagas, distribuídas em dez municípios da região. Como a UFLA já vinha trabalhando em parceria com o Instituto em outros cursos, a Universidade, mais uma vez, nos apoiou, cedendo o espaço físico para as aulas”, diz.

Sob coordenação do câmpus Avançado de Três Corações do IFSULDEMINAS estão as atividades do curso nas cidades de Itajubá, São Lourenço, Três Corações e Varginha, além de Lavras.  O curso é fruto de uma cooperação técnica com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (CISSUL)/SAMU – Varginha. Outros campi do IFSULDEMINAS estão responsáveis pelo mesmo curso em mais cinco cidades.

Na terça-feira, Paulo Cesar Ferraz esteve em Lavras para dar as boas-vindas à turma e passar orientações gerais. Para ele, a oferta do curso atende a uma das missões do Instituto. “A oferta de educação pública de qualidade e gratuita é o que buscamos e, no caso específico da capacitação em urgências e emergência na área da saúde, atenderemos também a uma demanda específica do mercado de trabalho, com a expectativa de consequências futuras positivas para a saúde pública”.

A enfermeira Ana Elisa Rodrigues está entre os profissionais que frequentam o curso. Até final de setembro, ela se deslocará, de segunda a quinta-feira, do município de Carrancas até a UFLA para assistir às aulas. “Não tenho experiência em urgência e emergência. Como tenho vontade de atuar na área, minha expectativa é adquirir os conhecimentos necessários e estar apta para esse serviço”, disse.

fic-urgenciasDurante o curso, serão ministradas quatro disciplinas. Duas professoras estarão responsáveis por ministrar o conteúdo. Para a enfermeira e professora Larissa Ellen Silva, o primeiro contato com a turma revelou uma presença heterogênea, e com integrantes muito interessados pela área. “Temos tanto profissionais com formação de nível técnico quanto de nível superior; temos aqueles com alguma experiência e outros que buscam o primeiro contato; no entanto, em todos eles, é bem marcante o interesse pelo curso”.

A seleção de professores para atuar nas turmas e de estudantes foi feita por meio de editais publicados pelo IFSULDEMINAS.

Cursos técnicos em andamento na UFLA

Para oferecer à comunidade da cidade e região ainda mais opções para qualificação profissional, a UFLA vem apoiando, desde o segundo semestre de 2015 o IFSULDEMINAS na oferta de cursos de formação técnica e profissionalizante Lavras. Em outubro de 2015 tiveram início na Universidade turmas dos cursos Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em Mecânica, que deverão ter sua formação concluída em novembro de 2017. Ambos estão incluídos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Já foram ofertados também outros cursos de Formação Continuada (FICs), com turmas iniciadas em outubro de 2015 e com trabalhos concluídos em fevereiro de 2016. Nessa última modalidade, estiveram o curso de Atendimento em Farmácia de Manipulação e de Operador de Caixa.

A escolha dos cursos leva em consideração os recursos humanos e as áreas de referência nas duas instituições, compatibilizadas com as demandas locais e regionais. A ideia é contribuir para uma formação qualificada de jovens e adultos, para geração de emprego, renda e mais qualidade de vida.

Estão previstos, ainda, novos projetos, que vão ampliar e diversificar essas ações. As relações com o IFSULDEMINAS, referentes ao apoio na oferta desses cursos, são de responsabilidade, na UFLA, da Coordenadoria de Cursos e Eventos da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec).

Tese desenvolvida na UFLA recebe reconhecimento no Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade

logo-vale-capesFoi divulgado na terça-feira (5/7) o resultado do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade. Uma tese de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi agraciada com Menção Honrosa, na área temática III (Redução de Gases do efeito estufa – GEE). O trabalho é de autoria de Sara Silveira Vieira, que teve a orientação da professora do Departamento de Engenharia (DEG/UFLA) Zuy Maria Magriotis e coorientação da professora do Instituto Superior Técnico  da Universidade de Lisboa Maria Filipa Ribeiro.

A tese “Óxido de lantânio sulfatado suportado sobre zeólitas modificadas: efeito das condições de preparação dos catalisadores e suas aplicações em reações de esterificação” foi defendida em 2014 e destaca-se pelo potencial de contribuição para a geração de um processo mais “limpo” e sustentável de produção do biodiesel. A pesquisa resultou no desenvolvimento de um catalisador sólido, que, se utilizado na produção do biodiesel em substituição a catalisadores líquidos usados atualmente, garante redução das etapas do processo e dos resíduos produzidos, levando a uma diminuição dos custos de produção e a um processo mais eficiente do ponto de vista ambiental.

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Os equipamentos (calcinadores) utilizados na preparação dos catalisadores (objeto de estudo de Sara Silveira Vieira).

Para a coordenadora do Programa de Pós-Graudação em Agroquímica, professora Adelir Aparecida Saczk, o resultado motiva comemorações, especialmente pela contribuição da pesquisa na temática Ciência e Sustentabilidade. “Acredito que esta Menção Honrosa é um orgulho para a UFLA, onde mais uma tese teve seu reconhecimento no cenário nacional, pela excelência da pesquisa”. O pró-reitor de Pós-Graduação também se manifestou, enfatizando a importância da conquista. “Essa notícia nos orgulha e engrandece nossa instituição. Esse reconhecimento, assim como outras conquistas do Programa de Pós-Graduação em Agroquímica (em 2013, recebeu o Prêmio Capes de Tese na Categoria Ciências Agrárias I), são o reflexo da qualidade dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos – é uma consolidação do conceito 6 pela Capes, que dá ao Programa um nível de excelência, inclusive na internacionalização ”.

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Sara Silveira Vieira é autora da tese que recebe Menção Honrosa no Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade. Atualmente, ela faz pós-doutorado na UFMG.

Sara, autora do trabalho agraciado com a Menção Honrosa, realizou doutorado sanduíche em Portugal, no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. De acordo com Zuy, essa experiência foi determinante para a qualidade dos resultados obtidos com a pesquisa. “A instituição portuguesa colaborou fortemente com a realização dos experimentos. Essa é mais uma evidência do quanto a internacionalização é valorosa para o desenvolvimento da ciência”, diz Zuy.

O momento, para Sara, é de celebração. “Fiquei muito feliz ao saber do resultado. A sensação é de gratificação por haver o reconhecimento de um longo período de trabalho; e de satisfação, por saber que o estudo poderá dar sua contribuição à sociedade, motivando outras pesquisas na área. Em um país como o nosso, tão rico em recursos naturais, o desenvolvimento de combustíveis alternativos, que privilegiem também os interesses ambientais, deve ser sempre uma prioridade”, avaliou.

Sobre o Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade

O Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade tem o objetivo de reconhecer trabalhos que geram ideias, soluções e processos inovadores para questões como redução do consumo de água e energia, redução de gases do efeito estufa, aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos e tecnologia socioambiental com ênfase no combate à pobreza. A iniciativa foi criada a partir de uma parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a empresa Vale, firmada durante a conferência Rio +20. Em 2016, concorreram teses e dissertações defendidas no Brasil em 2014.

A outorga dos prêmios e menções honrosas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). No grupo “Doutorado”, autores de quatro instituições receberam Menção Honrosa, sendo destacado um trabalho em cada uma das quatro áreas temáticas do Prêmio.

A cerimônia de premiação terá data divulgada em breve.

Pela segunda vez, o programa de Pós-Graduação em Agroquímica está representado entre os melhores trabalhos do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade

Em 2013, na primeira edição do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, a doutora Maria Cristina Silva, também formada pelo Programa de Pós-Graduação em Agroquímica da UFLA, e sua orientadora, professora Angelita Duarte Correa (Departamento de Química – DQI), receberam premiação, com a tese “Degradação de Corantes e Remediação de Efluentes Têxteis por Extrato Bruto de Peroxidase de Nabo”. O trabalho foi destacado na categoria “processos eficientes para redução do consumo de água e de energia”.

Acesse a tese de Sara no Repositório UFLA

Consulte o resultado do Prêmio Capes-Vale de Ciência e Sustentabilidade

Estudante da UFLA lança em 15/7 o livro Caleidoscópio Lunar

Poster 4Um estudante do 4º período de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Lavras (UFLA) prepara-se para lançar seu primeiro livro. Poemas, crônicas, desenhos e haikais se unem no título Caleidoscópio Lunar, de autoria de Leandro Lares e publicado pela Editora Multifoco. O evento de lançamento será realizado na Casa das Pedras, câmpus histórico da UFLA, em 15/7, às 18h. A sessão é aberta ao público.

Leandro Lares nasceu em agosto de 1995 e seus versos são influenciados por nomes como Mario Quintana, Paulo Leminski, Antônio Cícero, Gregório Duvivier e seu antigo professor de filosofia – Luiz Fernando de Oliveira. A maior inspiração, contudo, vem de seu relacionamento afetivo com “a menina do vestido azul”.

Desde 2014, Leandro se dedica à produção do livro. O momento agora é de satisfação. “É maravilhoso trazer ao mundo algo que habita no seu coração há tanto tempo. Em poucas palavras, o livro, para mim, representa a supremacia universal do amor em relação a todas as coisas efêmeras do mundo. O resultado ficou muito bonito, melhor do que eu esperava. Mas é claro que eu não teria conseguido publicá-lo se não fosse o apoio e a colaboração de cada pessoa que participou do processo criativo”, avalia.

O envolvimento com a literatura faz com que a produção de poesias seja contínua na vida do estudante; por isso, ele acredita que outras obras virão pela frente, inclusive com estreia também na prosa. Leandro inovou na arte ao lançar, em 2014, em parceria com o estudante de Ciência da Computação Lucas Pedroso, uma página no Facebook chamada Poesias de Bala Chita – seus versos escritos em papel de bala Chita e fotografados por Lucas são as atrações da publicação. As imagens, em sua maioria, são produzidas em espaços do câmpus.

Sinopse de Caleidoscópio Lunar

O livro, tal qual o universo, é dinâmico. As aliterações ocorrem de forma espontânea e rítmica. Os versos são recheados de rimas

Leandro Lares, autor de Caleidoscópio Lunar, é estudante do 4º período de Engenharia Florestal na UFLA.
Leandro Lares, autor de Caleidoscópio Lunar, é estudante do 4º período de Engenharia Florestal na UFLA.

dançantes que entoam lirismo. Rima que, vez ou outra, se faz isenta e solta, revelando características de prosa poética. O haikai é o elemento que amarra as pontas da obra, e a temática é uma verdadeira viagem pelas estrelas: indo do lúdico ao existencial, do romântico ao nerd. Trata-se da gênese de uma dimensão paralela, habitada por super-heróis filosóficos, planetas misteriosos e tardes de café, a dois, ao som de bossa nova. Olhando por este caleidoscópio é possível avistar a graciosidade que habita o cosmo ao redor da lua. É obter a certeza de que o amor faz ver mais longe, faz ver mais beleza

Acompanhe a página do evento no Facebook

Caravana Mezcla de Palhaços se apresentou na UFLA domingo (3/6)

image026Domingo foi dia de espetáculo na praça do Câmpus Histórico da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Como parte das comemorações pelos 38 anos do Grupo Teatro Construção houve, no local, a apresentação da peça “Bobeiras e Tonteiras”, com atores da Caravana Mezcla de Palhaços de Juiz de Fora. Adultos e crianças se divertiram com a interação bem-humorada entre os personagens e deles com o público.

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A interação com o público é constante durante o espetáculo “Bobeiras e Tonteiras”

De acordo com o diretor do Grupo Teatro Construção, Ricardo Calixto, essa foi a primeira vez em que um grupo de outra cidade foi convidado para integrar as comemorações de aniversário. “Lavras vem despontando novamente para a cultura e a presença do grupo de Juiz de Fora trouxe brilho a esse cenário”, comentou. O diretor da Caravana Mezcla de Palhaços, Marcos Marinho, reforçou a importância da perseverança de grupos que enfrentam as dificuldades e ofertam arte à população. “Estamos em Lavras pela primeira vez, e nos dá satisfação interagir com as pessoas e nos envolvermos em ambiente em que predomina o afeto”.

A apresentação de domingo (3/7) marcou o encerramento de uma programação de comemoração que começou em 25/6. Em 2/7, a UFLA também foi palco cultural para a celebração do aniversário do grupo. A peça “O Desfile”, de Alessandra Sas, foi encenada no Salão de Convenções da Universidade. Houve, ainda, a apresentação de “Romeu Saltador” (Willian Shakespeare e Molière) em 26/6, também no Câmpus Histórico”.

Para o pró-reitor de Extensão e Cultura da UFLA, professor João José Granate Sá e Melo Marques, que esteve presente na apresentação da Caravana de Palhaços, na companhia da família, realizações como essa são sempre bem-vindas. “É uma alternativa cultural muito interessante, que deve ser abraçada pela comunidade”.

Neento compartilhou informações sobre Entomologia com a comunidade

image006Treze integrantes do Núcleo de Estudos em Entomologia da Universidade Federal de Lavras (Neento/UFLA), em parceria com o Departamento de Entomologia (DEN), promoveram no domingo (3/6) o evento “Entomologia na Praça”. Adultos e crianças foram atraídos pelas demonstrações e informações disponibilizadas pela equipe.

Entre as possibilidades de observação estavam as coleções de insetos, do museu do DEN,  expostas com a finalidade de que o público pudesse contemplar a diversidade que marca essa classe animal. Outra curiosidade foi a exposição de insetos vivos, como os cupins e as formigas. Uma estrutura montada com recipientes plásticos simulava a atuação das formigas na natureza, permitindo que se observasse, por exemplo, a divisão de tarefas entre elas.

Também estavam à disposição para observação: os crisopídeos (insetos aliados do controle biológico de pragas), a barata de Madagascar (atualmente já existe criação desse inseto para produção de rações para animais e, em alguns países, ela já é utilizada para alimentação humana); o bicho-pau e o bicho-folha (com suas estratégias de camuflagem e sua estrutura característica).

image014Utilizando microscópio e equipamentos eletrônicos, foi possível mostrar, em tempo real e de forma ampliada, larvas de joaninhas e de crisopídeos ingerindo pulgões, tronando visível a atuação de predadores que benefiam as plantações, por fazerem um controle biológico natural. As ações chamaram a atenção de quem passou pela Praça Augusto Silva.

De acordo com a professora  Rosângeral Cristina Marucci, coordenadora do Neento, a atividade tem  o objetivo de compartilhar com a comunidade o trabalho realizando no DEN e despertar a atenção das pessoas para a importância que possuem os insetos nos ecossistemas. Uma primeira edição do evento havia sido realizada em 2014. A perspectiva é de que a iniciativa se torne semestral.

Posses de novos professores foram realizadas em 24/6 e 1º/7

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Posse de 24/6.

Nos últimos dez dias, ocorram na Universidade Federal de Lavras (UFLA) posses de sete novos professores. Em 24/6, foram empossados profissionais que atendem aos departamentos de Física (DFI), Ciências da Saúde (DCS), Química (DQI) e Engenharia (DEG). Já o professor que tomou posse em 1º/7 está lotado no Departamento de Biologia (DBI).

As cerimônias de posse realizadas na UFLA têm a presença de familiares e amigos dos novos servidores, assim como de representantes de departamentos e outros órgãos da Universidade aos quais estarão ligados. A formalização dos procedimentos é feita por uma equipe formada por representantes da reitoria, da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (PRGDP) e da Comissão de Ética, acompanhados por representantes da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), da Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (Cista/UFLA), do SindUFLA e da Seção Sindical dos Docentes da UFLA (Adufla).

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Posse de 1º/7.

Para os recém-chegados, assim como para a UFLA, o momento é de celebração. Henrique Leandro Silveira, por exemplo, é um ex-aluno de graduação da UFLA e ingressou agora na instituição como professor. “O período acadêmico que passei aqui foi produtivo. É muito boa essa sensação de voltar. As expectativas são boas”, diz. A posse foi um momento de retorno também para a fisioterapeuta Camila Souza de Oliveira Guimarães. Ela já foi assistente em administração da UFLA e agora assumiu como professora, no DSA. “Mesmo tendo ficado fora por um tempo, o orgulho de ser UFLA permaneceu comigo. É bom estar de volta”, comentou.

Empossados em 24/6:

Alexandre Alberto Chaves Cotta – DFI

Camila Souza de Oliveira Guimarães – DSA

Fabiana da Silva Felix – DQI

Gildo Girotto Júnior – DQI

Henrique Leandro Silveira – DEG

Natália de Souza Correia – DEG

Empossado em 1º/7

Rafael Dudeque Zenni – DBI

 

 

 

 

 

 

UFLA 2016-2020: gestores da instituição se reúnem para alinhamento de diretrizes

reuniao-gestaoUm encontro que reuniu assessores, pró-reitores, diretores e chefes de departamentos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi realizado na manhã de quinta-feira (30/6), no Salão dos Conselhos, prédio da Reitoria. O grupo foi recebido pelo reitor da instituição, professor José Roberto Soares Scolforo, e pela vice-reitora, professora Édila Vilela de Resende Von Pinho. A iniciativa faz parte do conjunto de ações iniciais da gestão 2016-2020, que buscam alinhamento de diretrizes entre os membros da Direção Executiva, para que se construam os melhores resultados para a Universidade e seus públicos.

Tratou-se de um primeiro encontro, que, segundo Scolforo, terá continuidade em outras edições, visando a uma gestão compartilhada, participativa, em que todos atuarão em conjunto para a edificação de boas soluções para a Universidade. Nessa primeira reunião com a equipe, o reitor citou pontos da última gestão que merecem aperfeiçoamento e falou de novos projetos, que serão discutidos com todos ao longo de outros encontros. Entre eles está a continuidade do fortalecimento da graduação, a ampliação da pós-graduação e investimentos em infraestrutura e pessoas.

Para o professor Scolforo, apesar da crise política e econômica pela qual passa o País, a UFLA tem condições de permanecer em sua caminhada de desenvolvimento. “Já estamos empenhados em lutas diárias que garantirão os recursos necessários para o cumprimento de todos os compromissos. Em função dessa conjuntura, prazos podem ficar prejudicados, mas os objetivos serão alcançados. Não faltarão esforços”.

Outro ponto abordado foi o curso a ser ofertado a todos os presentes, destinado à capacitação de gestores, com o objetivo de garantir que o grupo domine informações necessárias ao bom andamento do serviço público na Universidade.

Integrantes do DCC e DGTI fizeram apresentação da proposta de um aplicativo durante a reunião.
Integrantes do DCC e DGTI fizeram apresentação da proposta de um aplicativo durante a reunião.

Durante as atividades, a equipe pôde também ter uma mostra do potencial de inovação que deve estimular a gestão, com produtos e serviços inovadores: o trabalho de conclusão de curso de uma estudante de graduação do Departamento de Ciência da Computação (DCC) – Sara Araújo – teve como resultado a criação da proposta de um aplicativo para smartphones que poderá propiciar um salto na qualidade das relações entre os públicos da comunidade acadêmica. O projeto, orientado pelo professor do DCC Neumar Costa Malheiros, está em desenvolvimento com o apoio da Diretoria de Gestão e Tecnologia da Informação (DGTI) e foi apresentado na reunião com a presença da estudante.

Na sequência, pró-reitores iniciaram a apresentação pontos principais que guiarão as ações das pró-reitorias durante a gestão. Como itens expostos pelo pró-reitor de Graduação, professor Ronei Ximenes Martins, estavam as ações: reorganizar, simplificar e tornar mais eficientes  e efetivos o marco regulatório, a gestão acadêmica e o apoio à oferta dos cursos de graduação; aprimorar o currículo de formação de todos os cursos de graduação com inovações e aperfeiçoamentos nos projetos pedagógicos e na oferta dos cursos; fomentar aprimoramentos processuais no ensino-aprendizagem com a melhoria na oferta das disciplinas, na relação entre o porte teórico e as práticas/vivências, na atuação docente, nos processos avaliativos de cursos, do ensino e da  aprendizagem; promover ações (que incluem diagnóstico, acompanhamento e intervenção) para reduzir a evasão e a retenção nos cursos de graduação; contribuir para a ampliação da oferta de cursos de graduação na UFLA.

Já o pró-reitor de Pós-Graduação, professor Rafael Pio, apresentou os pontos: ampliação do número de Programas de Pós-graduação da UFLA – crescimento de 50% (criação de 16 novos programas); aumento do número de discentes em cursos nos Programas de Pós-graduação da UFLA – crescimento de 50% (aumento de 1.000 discentes em curso); criação do Programa Internacional “Tropical Agriculture”, envolvendo Instituições estrangeiras para viabilização da dupla titulação; evolução das ações de internacionalização dos Programas de Pós-graduação da UFLA, principalmente no que tange a ampliação de discentes estrangeiros e implementação do Sistema de Gestão dos Programas de Pós-Graduação da UFLA – ferramenta de acompanhamento dos índices dos Programas de Pós-graduação.

Essas exposições terão continuidade em um próximo encontro, agendado para a próxima quinta-feira (7/7).

Pesquisa na UFLA: estudos científicos contam com peixe-zebra como modelo animal

image024O peixe-zebra (também chamado zebrafish ou peixe paulistinha) tem sido uma espécie aliada da ciência nas pesquisas da área biomédica, nos estudos comportamentais, genéticos, toxicológicos. Depois dos roedores, eles são atualmente os modelos animais mais utilizados para pesquisas experimentais, devido à semelhança genética com seres humanos, apresentando-se como modelo alternativo.

A Universidade Federal de Lavras (UFLA), desde 2010, mantém uma ala de peixes em seu Biotério Central, com a criação de peixes-zebra para pesquisa. No momento, estão em desenvolvimento pesquisas que podem gerar novos conhecimentos sobre alterações hormonais,  alcoolismo,  agrotoxicologia e ecotoxicologia.

O peixe, cujo nome científico é Danio rerio, é de origem asiática e foi o primeiro a ter todo o seu genoma totalmente sequenciado – foram 26 mil genes codificados. Desse sequenciamento, verificou-se que eles possuem 70% de seus genes semelhantes aos dos humanos. No caso dos roedores, a semelhança é de 85%. No entanto, o zebrafish é hoje um modelo adequado para pesquisas da área biomédia e desenvolvimento de novas terapias porque possui 85% dos genes que estão associados a causas de doenças no homem.

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Representantes de instituições ligadas à Rede Mineira de Bioterismo conheceram as instalações da ala de peixes do Biotério da UFLA.

Como integrante da Rede Mineira de Bioterismo, a UFLA tem contribuído para pesquisas desenvolvidas no Estado, fornecendo a outras instituições as condições para que desenvolvam estudos utilizando esse modelo animal. Em 24/6, representantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Ezequiel Dias (Funed), todas ligadas à Rede, participaram de um encontro na UFLA, durante o qual conheceram as instalações da ala de peixes do Biotério e assistiram à apresentação de algumas pesquisas desenvolvidas com o zebrafish no local.

Um dos estudos apresentados no encontro está sendo feito no Biotério da UFLA pela doutoranda em Genética da UFMG Isadora Marques Paiva, orientada pela professora Ana Lúcia Brunialti Godard (UFMG). Ela investiga a função de um gene específico (LRRK2) e de microRNAs na manifestação do alcoolismo, realizando experimentos com o zebrafish. Os primeiros resultados do estudo já permitem observar a alteração do comportamento dos peixes quando expostos ao álcool. “Estima-se que em 2010, por exemplo, o uso de álcool foi responsável por mais de 2,5 milhões de morte em todo o mundo”, citou Isadora, ao explicar a relevância social dos estudos.

Já a fisioterapeuta Luciana Crepaldi Lunkes, doutoranda em Ciências Veterinárias da UFLA, sob orientação do professor do DMV Luis David Solis Murgas, observou em suas pesquisas a influência hormonal na contenção dos efeitos caraterísticos do estresse agudo. Os peixes-zebra foram utilizados nos experimentos, durante os quais ela acompanhou níveis de glicose, cortisol e lactato dos animais após passarem por situações de estresse.

Todas as pesquisas realizadas com os peixes do Biotério da UFLA seguem as orientações do Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea), da  Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua) e dos comitês de ética das instituições envolvidas, além de normas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Ciência em Animais de Laboratório (SBCAL), a Lei 11.794 de 2008 (Lei Arouca) e o Guide for Careand Use of Laboratory Animals (Eighth Edition).

As vantagens apontadas pelos pesquisadores para utilização de peixes-zebra nos estudos são muitas: a criação tem custo bem mais baixo que a de outros modelos animais, o ciclo de vida é rápido (em 72 horas os ovos eclodem e em três meses as larvas evoluem para o estágio adulto), eles ocupam pequenos espaços, têm alta fertilidade e alta capacidade de absorção de substâncias pela água, o que evita procedimentos mais invasivos. As investigações científicas com o zebrafish, em alguns casos, substitui o uso de experimentos com roedores e, em outros, é um complemento que agiliza os resultados.

O organizador, na UFLA, das atividades do encontro da Rede Mineira de Bioterismo foi professor do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) Luis David Solis Murgas.

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As chamadas racks permitem manter os peixes em condições adequadas de temperatura, pH e qualidade da água.

Sobre a ala de peixes no Biotério Central da UFLA

O visitante que chega ao Biotério da UFLA tem muitos protocolos a seguir e o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) é obrigatório, para afastar possibilidades de contaminação do local.  Nas instalações da ala de peixes, os zebrafish são mantidos em estruturas chamadas racks, que possuem um conjunto de aquários de três litros, nos quais são colocados, em média, dez animais. A tecnologia acoplada às estruturas garantem todas as condições ambientais necessárias à qualidade da vida dos peixes, com controle automático de temperatura da água, de pH e do nível de amônia.

A alimentação desses peixes deve ser feita tanto com ração quanto com alimento vivo. O biólogo Fidélis Antonio da Silva Júnior, técnico do Biotério, explica que, em alguns estágios de seu desenvolvimento, os peixes não estão com seu sistema digestivo completo. Nesse caso, os alimentos vivos garantem os estímulos necessários. Por essa razão, são adquiridos, com recursos de projetos, ovos de um microcrustáceo (as artêmias) que passam por processos específicos até que atinjam as fases adequadas ao consumo dos peixes. Esses processos exigem a mimetização das condições da água do mar, além de outras técnicas que envolvem incidência de luz e fornecimento de oxigênio.

Além da garantia de alimentação adequada, há também aquários e técnicas específicas para propiciar a reprodução e a geração de embriões de zebrafish.  Peixes machos e fêmeas passam algum tempo no mesmo aquário apenas se observando, separados por uma barreira física. Quando o processo de acasalamento é liberado pelos pesquisadores, cada casal dá origem a cerca de cem ovos.  Grande parte dos estudos é feita com os embriões.

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Durante o encontro da Rede Mineira de Bioterismo, pesquisadores apresentaram estudos que têm como modelo animal o zebrafish.

Além do zebrafish, no Biotério Central da UFLA há outras espécies, como peixes ornamentais, peixes nativos e exóticos. É mantida ainda uma estrutura de congelamento de sêmen de peixes, também com desenvolvimento de pesquisas com esse material.

Para a coordenadora da Rede Mineira de Bioterismo, professora Vera Maria Peters, que participou da vista ocorrida em 24/6, é possível observar com clareza o quanto a Rede Mineira cresceu com a inserção da UFLA na parte de peixes. “A instituição obteve benefícios, porque melhorou sua infraesturuta e condições de trabalho, e a Rede Mineira também se beneficiou, já que a UFLA hoje oferece produtos ao Estado, por meio de uma base muito promissora para a pesquisa científica”, comentou.

O Biotério Central está vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e tem como finalidade a criação, manutenção e reprodução de animais para uso em experimentação científica. Está localizado no Departamento de Medicina Veterinária (DMV) e é dividido em duas alas, sendo uma destinada à criação e experimentação com peixes, coordenada pelo professor Luis David Solis Murgas, e outra destinada à criação e experimentação com roedores (ratos e camundongos), coordenada pelo professor do Departamento de Saúde (DSA) Rodrigo Moura.