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Professor da UFLA profere palestra plenária em evento internacional

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Apresentação do professor Danial Leite durante o evento IEEE EAIS’16.

O professor do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (DEG/UFLA) Daniel Leite foi orador principal (keynote speaker) da IEEE Conference on Evolving and Adaptive Intelligent Systems, IEEE EAIS’16, realizada pela primeira vez no Brasil, em Natal, no Rio Grande do Norte. O EAIS’16 é um evento internacional tradicional de uma área especializada no contexto de Sistemas Inteligentes, organizado pela IEEE Systems, Man, and Cybernetics Society desde 2006. Ele tem por objetivo discutir avanços recentes e questões em aberto da área.

A palestra do professor Daniel teve duração de 70 minutos e abordou tópicos teóricos sobre inteligência artificial evolutiva, assim como aplicações em reconhecimento de padrões, previsão de séries temporais granulares e modelagem e controle neuro-fuzzy de sistemas variantes no tempo. “Sistemas computacionais capazes de lidar com informação imprecisa, incerta, incompleta ou parcialmente verdadeira têm se tornado uma necessidade à medida que sistemas do mundo real se tornam mais complexos. De maneira similar, a interação entre humanos e sistemas computacionais tem demandado formas eficientes de processamento de dados em tempo real e algoritmos para criação e adaptação online de modelos que representem a essência da informação”, diz o professor.

“A pesquisa contribui na direção de uma mudança de paradigma, passando a um estágio em que sistemas computacionais inteligentes são centrados em humanos e inspirados na forma com que realizam tarefas e interagem socialmente”. Novas pesquisas em sistemas computacionais e máquinas inteligentes que se adaptam ao longo do tempo estão sendo desenvolvidas na UFLA e na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas) com colaboração do professor Daniel. As aplicações se estendem à engenharia, ciência da computação, biomedicina e meteorologia.

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Professores Daniel Leite e Bruno Costa.

Daniel é professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Automação (PPGESISA) da UFLA e, juntamente com os professores Bruno Barbosa e Danton Ferreira, é um dos criadores do Laboratório de Inteligência Computacional e Aprendizado de Máquina, CIML Lab – UFLA. Daniel também colabora com o Laboratório de Mobilidade Terrestre, LMT. Atualmente o laboratório CIML envolve sete docentes efetivos e pelo menos 30 alunos de graduação, mestrado e doutorado.

Um pouco mais sobre o EAIS’16

O evento foi anteriormente realizado em diferentes cidades como Lake District, Witten-Bommerholz, Nashville, Leicester, Paris, Madrid, Linz e Douai. Foram também palestrantes plenários no evento deste ano em Natal os professores Igor Škrjanc (da University of Ljubljana), Edwin Lughofer (da Johannes Kepler University Linz), e Andre Lemos (da Universidade Federal de Minas Gerais). As sessões plenárias foram presididas pelo professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte Bruno Costa.

Internacionalização: UFLA avança na formalização de parcerias com universidades da Suíça

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Representantes da UFLA e da Universidade de Ciências Aplicadas de Berna, na cidade de Biel.

Dando continuidade às ações de internacionalização da Universidade Federal de Lavras (UFLA), iniciadas em 2014, uma comitiva da UFLA visitou a Universidade de Ciências Aplicadas de Berna (Bern University of Applied Sciences), na cidade de Biel, Suíça, para discussão de possibilidades de colaboração entre a UFLA e a instituição suiça. Participaram do encontro o reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo; o diretor de Relações Internacionais, professor Antônio Chalfun Júnior; o pró-reitor de Pesquisa, professor José Maria de Lima; e o pró-reitor de Extensão e Cultura, professor José Roberto Pereira. As atividades ocorreram durante viagem da equipe à Europa, no período de 9 a 13 de maio.

Na oportunidade, o reitor pôde conhecer em detalhes o sistema educacional de graduação adotado pela Universidade, bem como seu programa de pós-graduação. Desse contato resultou a definição de que, em breve, deverá ser assinado um instrumento legal de cooperação entre as duas universidades, possibilitando que atividades de pesquisa de estudantes de mestrado de ambas as instituições sejam fortalecidas pela parceria.

O foco inicial da cooperação deverá ser na área de Ciências Florestais, com possibilidade de ampliação da abrangência para outras áreas correlatas. O departamento da

Representantes da UFLA e da Universidade de Berna.
Representantes da UFLA e da Universidade de Berna.

Universidade de Ciências Aplicadas de Berna pelo qual se estabeleceu o contato com a UFLA foi o de Arquitetura, Madeira e Engenharia Civil. Ficou estabelecido que projetos de colaboração serão desenvolvidos por equipes de ambas as universidades, principalmente nas áreas de manejo e produção sustentável de espécies arbóreas produzidas no estado de Minas Gerais. “É uma possibilidade real de concretização de interesses comuns às duas instituições, utilizando-se o ‘know-how’ que possuem na linha da sustentabilidade. Os estudantes poderão desenvolver pesquisas sobre temas relevantes referentes à produção sustentável, com foco no reconhecimento internacional”, avalia o professor Chalfun.

Para o reitor da UFLA, esse tipo de acordo fortalece o desenvolvimento das pesquisas conjuntas, de atividades de extensão e de ensino. “Crescem as possibilidades de as universidades envolvidas elevarem sua experiência, com reflexo positivo sobre os projetos pedagógicos, com geração de novos conhecimentos, novas tecnologias e outras inovações. É um compartilhando de competências que traz ganhos para todos os envolvidos. É tudo o que desejamos no processo de internacionalização”, diz.

Na Universidade de Berna

suiça-1Já com a Universidade de Berna, em Berna, foi assinado um protocolo de intenções que visa estabelecer colaborações em diferentes níveis, com trocas de material acadêmico, visitas às instituições, intercâmbio de estudantes, professores e técnicos administrativos, desenvolvimento de projetos de comum interesse, organização de eventos conjuntos e, sobretudo, o comprometimento das duas instituições “selo azul” em propagar o crescimento sustentável em torno da utilização da água como bem comum e principalmente nos ideais de uso da água de forma apropriada.

Em 13 de maio, durante conferência internacional realizada na Universidade de Berna, a UFLA recebeu o certificado Blue University, instrumento que reconhece a instituição brasileira como defensora dos recursos hídricos compartilhados, a partir da experiência que possui com a produção, tratamento, uso e reaproveitamento da água. Além da UFLA, apenas a Universidade de Berna possui o selo de “Universidade Azul”.

LUTO: UFLA lamenta falecimento de estudante de Engenharia Ambiental e Sanitária

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A Universidade Federal de Lavras (UFLA) comunica e lamenta o falecimento do estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária Emanuel Menezes Gomes, de 26 anos, de se seu sobrinho Heitor Gomes Vilela Alves. Ambos foram vítimas de um acidente em Minduri (MG), onde faziam trilha na Chapada de Perdizes no sábado (28/5). De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Lourenço (MG), eles caíram de uma altura de 40 metros. O acidente ocorreu após uma tentativa de Emanuel de segurar Heitor, que teria caído de uma minimoto.

O sepultamento foi no domingo (29/5), no município de Minduri. A Universidade decretou luto de três dias no câmpus (simbólico).

Inscrições do SiSU para período 2016/2 começaram na segunda (30/5) – estude na UFLA

sisu-2016-1Quem espera a oportunidade de cursar a graduação em instituições públicas de ensino superior deve ficar atento aos prazos do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). As inscrições para a seleção – que definirá o ingresso para o segundo período letivo de 2016 – começaram na segunda-feira (30/5) e vão até quinta-feira (2/6). Ter participado da edição de 2015 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um dos critérios para que o interessado possa se candidatar às vagas disponibilizadas.

Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), estarão disponíveis 1.255 vagas (100% da oferta para o 2º período letivo de 2016), sendo 629 delas reservadas para grupos de estudantes cotistas, em atendimento à Lei 12.711/2012. A oferta das vagas da UFLA pelo SiSU está regulamentada pelo Edital 221 – DIPS/UFLA, de 25 de maio de 2016. Os candidatos também devem consultar o Termo de Adesão da UFLA ao SiSU, documento que concentra informações sobre cursos oferecidos na Instituição, vagas, pesos e notas mínimas no Enem para cada curso e turno, entre outros dados. Uma questão relevante que pode ser observada no Termo, por exemplo, é que, na UFLA, a nota mínima obtida na redação deve ser de 200 pontos.

São 25 opções de cursos presenciais na UFLA. Todas as informações estão disponíveis no site da Diretoria de Processos Seletivos da UFLA (Dips). É importante observar que a opção “Área Básica de Ingresso (ABI-Engenharia)” inclui quatro cursos: as engenharias Civil, de Materiais, Mecânica e Química.  O estudante que ingressa pela ABI-Engenharia, depois de cursar o primeiro período, com disciplinas do Núcleo de Conteúdos Curriculares Comuns das Engenharias (NCCE), poderá fazer a opção por seu curso predileto, com base nos resultados de seu desempenho acadêmico.

 Outras informações sobre o SiSU

O endereço para inscrições é http://sisu.mec.gov.br/. O candidato pode se inscrever em até duas opções de curso, sendo possível alterar essas escolhas durante o período de inscrições (30/5 a 2/6). Uma vez por dia, durante esse período, o Sistema calcula e divulga a nota de corte para cada curso, permitindo que o estudante avalie suas opções.

A previsão é de que o resultado (chamada regular) esteja disponível no dia 6/6. Os candidatos selecionados farão a matrícula entre 10/6 e 14/6. Os não selecionados terão a opção de manifestar interesse, no período de 6/6 a 17/6, em participar da lista de espera.

Cotas

No primeiro semestre de 2016, a UFLA alcançou a meta definida pela Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), garantindo 50% das vagas dos cursos de graduação presenciais para públicos específicos, definidos nos seguintes grupos:

L1 – Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas;

L2 – Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas;

L3 – Candidatos que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas;

L4 – Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

 

Espécie cavernícola brasileira descoberta por pesquisadores da UFLA está na lista “Top 10 New Species 2016”

O animal em sua troca do exoesqueleto, dentro de abrigo construído.
O animal em sua troca do exoesqueleto, dentro de abrigo construído.

Entre as 18 mil novas espécies de seres vivos descobertas nos últimos 12 meses, dez ganharam destaque internacional por serem consideradas as mais interessantes. Na lista das “Top 10 New Species” está a troglóbia brasileira Iuiuniscus iuiuensis (Crustacea: Isopoda: Styloniscidae) – um “tatuzinho” de cavernas descrito com a participação direta do Centro de Estudos em Biologia Subterrânea da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A avaliação das espécies descobertas é feita por um comitê de especialistas ligados ao Instituto Internacional de Exploração de Espécies, da Universidade de Nova York (International Institute for Species Exploration). Desde 2008, o instituto publica a lista das “Top 10 New Species”, sempre em 23/5, data de aniversário Carolus Linnaeus, considerado o pai da taxonomia moderna. Até hoje, 90 espécies já entraram para o ranking de destaques devido a atributos morfológicos, comportamentais, ecológicos e outras características de sua descrição. Dessas, apenas quatro eram espécies brasileiras, sendo que duas delas estão na publicação de 2016.

Esta é a primeira edição das “Top 10 New Species” com a presença de uma espécie cavernícola. O professor da UFLA e ecólogo Rodrigo Ferreira, que descobriu o tatuzinho de cavernas e estudou o comportamento incomum do crustáceo, ressalta a importância da cooperação nos trabalhos de pesquisa, para que se potencialize a qualidade do resultado final. “A descrição dessa espécie teve a colaboração de diferentes atores. Além da equipe do Centro de Estudos em Biologia Subterrânea da UFLA, atuaram a professora Leila Aparecida Souza (Universidade Estadual do Ceará – Uece) e o professor André Senna, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Os dois últimos pesquisadores fizeram de descrição morfológica da espécie.

O destaque para as dez novas espécies mais interessantes tem o objetivo de sensibilizar a população mundial para a importância da biodiversidade e das coleções biológicas na conservação de animais, plantas e microrganismos.

A importância da descoberta, descrição e classificação de espéciesiuiu1

O ramo da biologia que se encarrega de descobrir, descrever e classificar as espécies é a Taxonomia, surgida no século XVIII. Desde então, mais de um milhão e meio de espécies já foram descritas. No entanto, milhões de outras espécies ainda permanecem desconhecidas e inacessíveis à ciência e à sociedade. Descobrir, catalogar e mapear as espécies que existem no mundo (bem como suas características) é considerado pelos pesquisadores como essencial para a compreensão da história da vida.

A informação taxonômica confiável é tida como fundamental para o gerenciamento de ecossistemas sustentáveis, com o intuito de alcançar metas de conservação. Cada nova espécie garante à ciência a geração de novos conhecimentos, que podem ter impactos em diferentes áreas. Por isso, é inquietante para a comunidade científica o risco de muitas espécies serem extintas antes mesmo de serem identificadas e descritas. “Nesse caso, tudo o que poderíamos ter aprendido com essas espécies será perdido”, avalia Rodrigo.

Um pouco mais sobre o “tatuzinho de cavernas” e sua descoberta

A troglóbia brasileira Iuiuniscus iuiuensis, além de ser uma nova espécie, determinou também a identificação de um novo gênero e uma nova subfamília. Isso porque os tatuzinhos de caverna possuem um comportamento nunca antes visto em seu grupo: a construção de abrigos feitos de lama. Tais abrigos, em formato hemisférico ou irregular, são construídos para que os organismos troquem seus exoesqueletos. No momento dessa troca, eles se tornam vulneráveis aos predadores, e por isso se abrigam nestas estruturas por eles construídas. Além disso, a nova espécie é única entre os seus parentes que habitam cavernas brasileiras. Eles possuem espinhos nas laterais do corpo, que podem ter evoluído em resposta à pressão de predação por peixes, que coabitam a caverna onde vivem.

A descoberta dos tatuzinhos se deu em 2007, em uma caverna localizada em Iuiu, sudoeste da Bahia (o nome do crustáceo da ordem isopoda foi atribuído como homenagem à cidade). Entretanto, o hábito de construir abrigos só foi identificado durante um retorno à caverna em 2010. Os pesquisadores da UFLA rastejavam pelo sedimento quando, acidentalmente, destruíram parcialmente um desses abrigos (que são exatamente da mesma cor do sedimento da caverna). “Foi então que percebemos o curioso e inédito comportamento de construção destes organismos. Passamos, a partir daí, a investigar esta descoberta”, relata o professor.

Rodrigo conta que os trabalhos de descrição de espécies têm trazido, cada vez mais, informações a respeito da vida, dos hábitos, dos comportamentos e status de conservação das espécies-alvo das descrições. “Por mais que alguns pesquisadores preguem a ideia que descrições taxonômicas são puramente morfológicas, e que outras informações (ecológicas, por exemplo) não caibam em trabalhos de taxonomia, qualquer informação a respeito de um organismo é extremamente preciosa”, avalia.

A descoberta do tatuzinho de cavernas foi relatada em artigo publicado na revista PLOS One, em 2015.

Para outras informações sobre as “Top 10 New Species”, acesse http://www.esf.edu/top10/2016/04.htm

Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas reuniu mais de 400 participantes na UFLA

abertura-negligenciadasMobilizando um público aproximado de 430 participantes na Universidade Federal de Lavras (UFLA), o III Simpósio Brasileiro de Doenças Negligenciadas despertou as atenções de profissionais, pesquisadores e estudantes para doenças que representam graves problemas de saúde pública. Foram promovidos 7 minicursos, 13 palestras e 40 apresentações de trabalhos científicos (oral e pôster). O grupo “Meninas Cantoras de Lavras” marcou a programação cultural, apresentando-se na quinta-feira (19/5), durante a abertura oficial do evento.

De acordo com a presidente do Simpósio, e chefe do Departamento de Ciências da Saúde (DSA), professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, o evento superou as expectativas. “Temos recebido muitos e-mails que ressaltam a qualidade científica e de organização do Simpósio. O Ministério da Saúde, que vem apoiando a realização das atividades, já manifestou interesse em fortalecer a parceria para o próximo ano. A tendência é de crescimento das ações, para que a Universidade possa contribuir ainda mais com o debate sobre o tema”, diz.

Em 2016, a organização do Simpósio garantiu inscrições gratuitas a 173 profissionais da área de saúde de Lavras e região, e para estudantes da UFLA em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Entre os profissionais da região que marcaram presença estavam aqueles de Campo Belo, Campos Gerais, Ijaci e Bom Sucesso. Os prelecionistas que discutiram os temas da programação vieram de diferentes estados, como Amazonas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais.

A UFLA promoveu o evento por meio de organização feita pelas equipes do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar), do Núcleo de Estudos em Parasitologia (NEP) e do PET Biopar.

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As “Meninas Cantoras de Lavras” se apresentaram durante a abertura oficial do Simpósio, no dia 19/5.

Abertura oficial

Na quinta-feira (19/5), a abertura oficial das atividades foi conduzida pelo reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, acompanhado da professora Joziana; do representante do DSA, professor Rafael Neodini Remedio e do presidente do Núcleo de Estudos em Parasitologia (NEP), o estudante Tarcísio de Freitas Milagres. Também integraram a mesa de honra da solenidade a representante da Coordenação Geral de Hanseníase e Doenças em Eliminação, ligada à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde  – Larissa Schutz; e a secretária adjunta de Saúde de Lavras, Ana Márcia Moura Vale de Oliveira.

Ao referir-se à importância do tema do evento, o reitor lembrou e reafirmou a proposta do curso de Medicina da UFLA de formar profissionais de excelência, capacitados no campo teórico e prático, e comprometidos com questões de cidadania e solidariedade. Para ele, a promoção de um evento que tem como tema as doenças negligenciadas, unindo profissionais e acadêmicos em torno do conhecimento científico, é uma das ações pelas quais a Universidade deve dar sua contribuição à sociedade. A posição é compartilhada pela professora Joziana, que citou o fato de essas doenças serem endêmicas às populações de baixa renda e continuarem como uma das principais causas de morte e incapacitação no mundo.

Ao desejar boas-vindas ao público, Tarcísio leu um poema que trata dos sentidos da palavra amor, deixando latente a mensagem de que a organização do evento é fruto da dedicação de toda uma equipe, que se move não por interesses particulares, mas pelo gosto de trabalhar com o tema. Parabenizando a instituição pela iniciativa, Larissa Shutz expressou a preocupação do Ministério da Saúde em dar visibilidade às doenças negligenciadas, já que o fato de parte delas estar em eliminação exige que se redobre os esforços e a vigilância para que não haja novo aumento da morbidade. “Muitas vezes, por serem consideradas em eliminação, há um recuo nos cuidados e na prevenção, levando a novas incidências. Por isso, não temos dúvidas quanto à relevância deste evento”.

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Palestra proferida no sábado (21/5), sobre Zika Vírus.

Palestras
As 13 palestras, realizadas ao longo de dois dias, abordaram temas específicos relacionados a doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários, definidas como doenças negligenciadas; entre as doenças tratadas durante o evento estão a leishmaniose, a dengue, a toxoplasmose e as filarioses.

Na abertura, a conferência foi proferida pelo professor da Universidade Federal do Ceará Alberto Novaes Ramos Júnior. O tema abordado foi “Agendas inconclusas para controle de doenças tropicais negligenciadas: cenários e desafios no Brasil”. Entre as informações compartilhadas com o público estavam questões históricas, indicadores envolvendo as doenças negligenciadas, pesquisas feitas na área, desafios do Brasil e reflexões sobre aspectos sociais e políticos que impactam na prevenção e combate a essas doenças.

Já no dia de encerramento (21/5), o Zika Vírus, objeto de grande preocupação pública recente, foi tema da palestra proferida pelo pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rafael Freitas de Oliveira Franca. Ele falou das caraterísticas da família de vírus à qual o Zika pertence e explicou que parte do acervo de conhecimentos utilizado para estudá-lo vem da experiência com o vírus da Dengue. Ambos pertencem à família dos Flavivírus. O pesquisador esclareceu também sobre sintomas da doença transmitida pelo Zika Vírus, sobre formas já identificadas de transmissão e sobre desdobramentos como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. Rafael citou, ainda, o destaque que o Brasil tem ganhado no mundo pelos resultados que vem obtendo com as pesquisas relacionadas à doença.

De forma geral, os assuntos tratados durante todas as palestras estiveram comprometidos com a relevância pública das doenças negligenciadas e em eliminação. São doenças que tendem a afetar principalmente a população de baixa renda, constituindo simultaneamente causa e consequência da pobreza. Elas também não despertam o interesse econômico das grandes indústrias farmacêuticas para a produção de medicamentos e vacinas e carecem de investimentos para profilaxia, tratamento e pesquisas.

Com informações de Natália Jubram Zeneratto, bolsista Proat/Ascom/DBI/DEN.

Projeto Línguas adicionais para fins específicos: Inscrições abertas em 24/5 e 25/5 para cursos de Francês e Espanhol

inscricoes-249x166O projeto de extensão “Línguas adicionais para fins específicos” está com inscrições abertas para os cursos de Francês e de Espanhol. Graduandos, pós-graduandos e servidores interessados devem fazer inscrição pelo Sistema Integrado de Gestão (SIG Eventos) nesta terça e nesta quarta-feira (24/5 e 25/5). Estão disponíveis 20 vagas para cada curso.

As aulas do curso de Francês terão início em 30/5 e serão ministradas nas segundas e quartas-feiras, das 17h30 às 18h45. Já as atividades de Espanhol serão iniciadas em 31/5, com programação de aulas nas terças e quintas-feiras, das 17h às 18h30. Os cursos vão até o início de agosto, com cargas horárias de 27 (Francês) e 30 horas (Espanhol).

Contribuindo para o programa de Internacionalização da UFLA, as aulas do projeto enfocam situações cotidianas básicas de comunicação oral e escrita, com vistas à instrumentalização linguística e cultural para universitários e/ou acadêmicos. Os cursos são gratuitos e conduzidos por falantes nativos de cada língua. Atualmente, os professores são Patricio Perez  e Daniel Kalonji.

Curso de Francês:

Aulas às segundas e quartas-feiras, das 17h30 às 18h45.

Local: segundas-feiras – PV3, sala 07/  quartas-feiras – PV3, sala 05.

Curso de Espanhol:

Aulas às terças e quintas-feiras, das 17h às 18h30.

Local: Terças-feiras – PV4, sala 01/  quintas-feiras – PV3, sala 08.

 

 

Comissão organizadora do II UFLA de Portas Abertas convida graduandos e pós-graduandos para atuar no evento

portas-abertasEm 15 de junho, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) estará mobilizada para receber alunos do ensino médio de toda a região para o II UFLA de Portas Abertas, uma feira de profissões que apresentará a instituição, seus cursos e seus projetos de pesquisa e extensão a quem se prepara para entrar na graduação. Até o momento, são cerca de seis mil inscrições realizadas. Para atender com qualidade a esse público, a comissão organizadora do evento convida estudantes da UFLA (graduação e pós-graduação) a fazerem parte da equipe que atuará no câmpus na data da feira.

Os interessados devem enviar e-mail para o professor Lucas Amaral (lucas.amaral@dcf.ufla.br) até o dia 3 de junho. As atividades serão realizadas durante todo o dia e os voluntários receberão certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), referente à participação em programa de Popularização da Formação Profissional em Ciência, Tecnologia e Inovação. O grupo de colaboradores estará envolvido no apoio à logística geral do evento.

O e-mail enviado deve informar nome completo do estudante, número de matrícula e telefone de contato. O professor Lucas lembra que devem se candidatar à atividade apenas aqueles estudantes que não estarão envolvidos com a programação de apresentação de seus cursos.

Livro sobre Língua Portuguesa, organizado com participação de professores da UFLA, será lançado em Belo Horizonte

livro-marcio-canoSerá lançado em Belo Horizonte, em 4 de junho, o livro “Língua Portuguesa: sujeito, leitura e produção”, organizado pelo professor do Departamento de Ciências Humanas da Universidade Federal de Lavras (DCH/UFLA) Márcio Rogério de Oliveira Cano. O lançamento ocorrerá durante o evento “Letras debate: linguagens e ensino”, a ser realizado na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), às 10h.

O volume inclui textos de 12 autores, estando entre eles professores do DCH (Helena Maria Ferreira, Márcia Fonseca de Amorim, Mauricéia Silva de Paula Vieira e Raquel Márcia Fontes Martins) e do Departamento de Educação – DED/UFLA (Luciana Soares da Silva). De acordo com o professor Márcio, há cerca de dois anos iniciaram-se os trabalhos para a produção da coleção “A reflexão e a prática no Ensino Médio”, que terá 13 livros, organizados sob sua coordenação. “Esse primeiro volume exigiu um ano e meio de trabalho”, diz.

Em sua primeira edição, de 2012, a coleção foi intitulada “A reflexão e a prática no ensino” e reuniu nove livros de diversas áreas do conhecimento, mobilizando mais de 50 autores, ligados a diferentes universidades. Neste segundo momento, o foco das análises é sobre o Ensino Médio. Mais de 80 autores estarão envolvidos com os 13 livros da coleção. São profissionais vinculados a instituições como a Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), UFMG, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Centro Universitário Unifieo, entre outras. As obras tratarão de pesquisas e experiências desenvolvidas nas escolas e para as escolas.

O conteúdo do volume que será lançado em junho é especialmente destinado aos professores em formação na área de Língua Portuguesa, além de profissionais das redes educacionais e demais professores e pesquisadores. O lançamento, a ser realizado inicialmente em Belo Horizonte, será replicado também no Rio de Janeiro e em São Paulo, em datas posteriores. Na UFLA, há previsão de que o lançamento ocorra no mês de junho.

A publicação da coleção é da editora Blucher.

Veja o resumo da palestra a ser ministrada na UFMG pelo professor Márcio Cano durante o lançamento do livro.

Com informações de Luana Nayara Pena, bolsita Proat – Ascom/DCH/DED.

Estudantes estrangeiros ainda podem se matricular no curso “Português como Língua Estrangeira”

inscriçãoAs aulas do curso de “Português como Língua Estrangeira” estão sendo iniciadas na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ainda há vagas para a turma que tem aulas às quartas e sextas-feiras (de 13h às 14h40), no Pavilhão 6, sala 7.

Estudantes estrangeiros matriculados na instituição podem se matricular. Para os pós-graduandos, é necessário que incluam a disciplina em seus planos de estudos até 2/6, impreterivelmente.

Inserido na perspectiva da internacionalização, o curso “Português como Língua Estrangeira” é de responsabilidade da professora do Departamento de Educação (DED) Débora Racy Soares, em interação com a Diretoria de Relações Internacionais (DRI).

Apesar de recentes na UFLA, as disciplinas têm gerado resultados importantes, como a aprovação de estudantes em níveis considerados difíceis no exame Celpe-BRAS (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros). (Veja aqui o texto sobre a aprovação de uma das estudantes).

Conheça parte dos resultados dos trabalhos do curso: Coletânea produzida na disciplina Português como Língua Estrangeira traz percepções sobre o carnaval brasileiro.