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Estudo analisa o Maracatu no ambiente universitário como prática cultural e educativa

maracatu01A experiência do grupo Maracatu Baque do Morro foi fonte de pesquisa para a licenciada em Ciências Biológicas Roberta Carvalho Pereira Campos. Ela concluiu a graduação na Universidade Federal de Lavras (UFLA) em 2015 sob orientação da professora do Departamento de Educação (DED) Rosana Vieira. Entre outras observações, ela verificou em seu trabalho de conclusão que o maracatu, enquanto manifestação da cultura popular brasileira, pode ser uma contribuição ao processo educativo dos jovens que se envolvem nas atividades.

De acordo com o trabalho de Roberta, ao participar do Grupo, os jovens adquirem experiências que vão além da própria prática cultural. A atuação em tarefas necessárias para manutenção do grupo e a forma de lidar com os conflitos surgidos durante os encontros são oportunidades educativas para os integrantes.  A organização das atividades e das oficinas, o contato com outras experiências de maracatu para parcerias e intercâmbios de práticas e de informações, o cuidado com os instrumentos, a participação em apresentações e oficinas públicas e a administração das finanças para manutenção do projeto são rotinas que levam ao aprendizado individual e coletivo e contribuem para a coesão do grupo. Essas tarefas são alternadas entre os membros, diversificando o aprendizado.

Outra dinâmica do Grupo que contribui para o crescimento de seus integrantes é a realização de planejamentos e avaliações semestrais, assim como a tomada de decisões, às vezes necessárias durante os ensaios semanais. A construção coletiva desses processos, numa gestão democrática, também tem impactos positivos.

Roberta chama atenção para o fato de que o batuque, o aprendizado rítmico e os baques são elementos que efetivamente atraem e motivam a juventude a se envolver, pois contribuem para o lazer e o bem-estar. Mas adverte que a prática do Maracatu deve estar associada à reflexão crítica e à formação teórica, para que seus praticantes compreendam a história do povo negro e as raízes culturais que o batuque possui. Assim, os jovens podem atuar como transformadores da realidade, a partir da consciência formada acerca da resistência do povo negro no Brasil.

O estudo afirma que a recriação do maracatu, em um grupo universitário como o Baque do Morro, tanto acarreta perdas na tradição (são sujeitos diferentes com histórias diferentes, em contextos diferentes), como guarda em si o potencial de mobilizar a juventude e de resgatar a cultura e a história.

Para a professora Rosana, o trabalho é importante porque foi concebido com uma perspectiva em que os estudantes são sujeitos críticos e sujeitos da história. “O estudo é relevante porque aborda uma formação universitária ancorada no conceito da cultura, história e luta dos negros do Brasil, aliada ao fortalecimento da organização estudantil. Ao desenvolvê-lo, Roberta demonstrou maturidade para lidar com conflitos, frustrações e conquistas”, diz.

A estudante diz que o trabalho foi desafiador. “Foi um TCC diferente dos padrões acadêmicos, que trouxe para a minha formação a capacidade de lidar com sujeitos e ideias distintas, e valorizar o conhecimento que cada participante trazia consigo”. Ciente de que os resultados podem ser complementados por novas pesquisas e  reflexões, Roberta demonstra satisfação ao comentar sobre a expansão das atividades do grupo para além dos muros da universidade. “Após a apresentação do TCC, alguns integrantes me disseram que vão começar a popularizar ainda mais o maracatu, no sentido de compartilhá-lo de forma gratuita com sujeitos da cidade, principalmente com jovens da periferia”.

Sobre o Grupomaracatu02

O Maracatu Baque do Morro começou suas atividades na UFLA em 2013, por meio de uma iniciativa do Levante Popular da Juventude que logo ganhou o apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE). No momento de formação, a falta de instrumentos fazia com que o ritmo fosse produzido pelos integrantes com batidas no próprio corpo. De acordo com Roberta, havia um desejo dos estudantes por fortalecer a diversidade cultural na Universidade – e o Baque do Morro chegou como resposta a essa demanda. Trata-se de uma recriação do Maracatu, pois não tem todos os elementos originais dessa prática cultural. O Grupo se organiza com base no método pedagógico do Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC), sendo marcado principalmente pela autogestão e pelo propósito educativo.

Atualmente, oferece oficinas gratuitas e abertas a toda a comunidade. Elas ocorrem no Centro de Integração Universitária (Ciuni), às terças-feiras e sextas-feiras, das 17h às 19h.

O maracatu mescla, em música e dança, os elementos da cultura africana aos da cultura indígena e portuguesa. Há um componente religioso e uma origem mística em sua prática, que, muitas das vezes, são ligados ao Candomblé. Essa manifestação surgiu em Recife (PE) no século XVIII e incorporou-se ao folclore brasileiro, tornando-se conhecido e praticado nas diferentes regiões do país. O maracatu faz parte da história de resistência do povo negro brasileiro, que sofreu com a escravidão e permanece, ainda hoje, lutando contra o preconceito.

Com informações de Priscilla Hellen Carvalho (boslsita Ascom/DED).
Fotos: Divulgação.

DEG marcou presença no Conbea 2015 – trabalho de professor da UFLA foi premiado no evento

Professor Ednilton Tavares de Andrade recebeu o prêmio pelo melhor trabalho completo e apresentação oral da área de Energia na Agricultura.
Professor Ednilton Tavares de Andrade recebeu o prêmio pelo melhor trabalho completo e apresentação oral da área de Energia na Agricultura.

Vinte e quatro integrantes do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (DEG/UFLA) participaram da edição de número 44 do Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola (Conbea 2015). Todos os participantes (graduandos, pós-graduandos e professores) apresentaram trabalhos de forma oral ou em pôster. Na ocasião, o professor do DEG Ednilton Tavares de Andrade recebeu a premiação pelo melhor trabalho completo e apresentação oral da área de Energia na Agricultura.

Intitulado “Taxa de conversão de biodiesel etílico produzido via ultrassom utilizando óleo vegetal de milho, soja e girassol”, o trabalho foi produzido em parceria com um pós-graduando e dois professores da Universidade Federal Fluminese (UFF): Felipe Souza, Ivênio Silva e Roberto Pereira, respectivamente. O objetivo dos autores era chegar a resultados que demonstrassem uma forma rápida e eficiente para produção de biodiesel, avaliando-se a taxa de conversão com óleo vegetal de milho, soja e girassol. “Podemos considerar que os resultados obtidos foram positivos, bem dentro de nossas expectativas”, comenta professor Ednilton.

Delegação do Departamento de Engenharia no Conbea 2015
Delegação do DEG no Conbea 2015.

O tema do Conbea 2015 foi o “Jubileu de Ouro da SBEA”, para homenagear os 50 anos da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (SBEA). Na programação estiveram incluídas sessões com trabalhos técnico-científicos de contribuição dos associados e convidados, conferências e palestras de especialistas, além de reuniões sobre temas importantes, polêmicos e atuais. O evento constituiu oportunidade para a troca de experiências entre produtores, pesquisadores, professores, estudantes, profissionais de agroindústrias e extensionistas.

 

Projeto A Magia da Física e do Universo terá atividade neste domingo (27/9) para acompanhar eclipse lunar

Fonte: https://www.flickr.com/photos/black_claw/5837638990

Um eclipse total da Lua ocorrerá no domingo (27/9) e será visível em todo o Brasil. A equipe do projeto “A Magia da Física e do Universo” já preparou programação especial para a data: o grupo estará no Museu de História Natural (MHN), câmpus histórico da Universidade Federal de Lavras (UFLA), às 21h. Primeiro, haverá uma palestra sobre o tema, intitulada “O eclipse da superlua”. Em seguida, a partir das 22h, haverá a observação coletiva do céu, com telescópios e a olho nu.

O encontro é aberto a toda a comunidade. Com a iniciativa, o projeto de extensão incentiva a sensibilidade das pessoas para os fenômenos astronômicos e divulga as informações científicas relacionadas, para que sejam interpretados por todos os cidadãos interessados.

Sobre o eclipse

Os professores do Departamento de Física (DFI) Karen Luz Burgoa Rosso e José Alberto Casto Nogales Vera, coordenadores do projeto A Magia da Física e do Universo, reuniram algumas informações sobre o fenômeno:

Com pequenas variações de região para região, o horário previsto para que a Lua comece a escurecer é 22h. Deverá ficar totalmente encoberta até por volta de 1h27, do dia 28/9. Por causa dos raios de sol refratados pela atmosfera da Terra, terá aparência avermelhada, aspecto que lhe tornou conhecida como “Lua de Sangue”. Sendo assim, durante o fenômeno, o satélite não desaparece por completo, já que um pouco da luz do sol consegue alcançá-la.

O eclipse também coincide o fenômeno conhecido como superlua – pelo qual o satélite entra na fase cheia a menos de 24 horas de alcançar seu ponto mais próximo da Terra, parecendo maior aos olhos do observador. O ponto é denominado Pirigeu. A Lua de Pirigeu é mais brilhante e aparentemente maior. No entanto, a diferenciação da percepção de tamanho não deve ser tão expressiva no momento do eclipse.

Não são necessários equipamentos especiais para contemplar o eclipse, bastando que o observador tenha boa visibilidade do céu. Apenas em 2019 haverá nova oportunidade, no Brasil, para a contemplação de um eclipse lunar. Se considerados os dois fenômenos – eclipse e superlua – na mesma data, nova ocorrência será apenas em 2033.

O eclipse estará visível em quase toda a América, na Europa, África e Ásia Ocidental.

Curiosidades

– Durante o eclipse, a Lua estará na constelação de Peixes.

– A temperatura da superfície lunar pode chegar a 97°C na fase Cheia. Assim que entra na sombra da Terra, cai bruscamente 190 graus, chegando a -93°C.

– O dia é também de maré maior que o comum, devido à maior proximidade entre a Lua e a Terra (Pirigeu). É a maré conhecida como “maré de perigeu” ou “maré-viva”, “supermaré” ou  “maré sizígia”. Por ser em período de equinócio, ela é também chamada de “supermaré equinocial”. Em alguns lugares, a maré pode ficar 15 cm mais alta que as normais.

Referências e indicações de outras fontes de informação

NASA: http://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2015Sep28T.pdf

Transmissão ao vivo do eclipse (se o céu estiver encoberto, é uma boa opção para observação): http://www.skyandtelescope.com/astronomy-news/observing-news/watch-this-months-lunar-eclipse-live-090320155/

Blog do Projeto, com vários posts sobre o assunto: http://magiadafisica.blogspot.com.br/

Fonte da imagem: https://www.flickr.com/photos/black_claw/5837638990

 

Publicado Edital do Pibic/Fapemig: comprovação de proficiência pelo Toefl é exigência para participação

12.11 pibic-fapemig

De 1º/10 a 27/11, professores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Lavras (UFLA) podem apresentar propostas para concorrer às bolsas do Programa de Bolsa de Iniciação Científica e Tecnológica Institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Pibic/Fapemig).

O Edital 08/2015, que regulamenta o processo, foi publicado nesta quarta-feira (23/9) pela Pró-Reitoria de Pesquisa da UFLA (PRP). O objetivo é a concessão de novas bolsas de iniciação científica, ou renovação das existentes, a estudantes de graduação, para que possam atuar em atividades de pesquisa. Tanto orientadores quanto bolsistas devem atender a uma relação de requisitos dispostos no Edital. Entre as exigências para os estudantes está a necessidade de comprovação de proficiência em inglês (teste Toefl – ITP, IBT ou PBT). Os exames devem ter sido feitos após 1º/10/2013.

O orientador é quem deve submeter as propostas, por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). Primeiro, o projeto de pesquisa ao qual a bolsa estará vinculada deve estar registrado no Sigaa. Para os que ainda serão registrados, é necessário fazê-lo com antecedência, já que é exigida a aprovação do chefe do departamento. Na sequência, um plano de trabalho, ligado ao projeto, deve ser estabelecido. É indispensável que se verifique, ao final, se os documentos foram devidamente submetidos.

Outra medida requerida é que o orientador autorize e valide a importação dos dados de produção científica do currículo Lattes para o Sigaa, ou dos dados inseridos recentemente (para aqueles que já fizeram a validação em ocasião anterior).

Há uma relação de documentos que devem ser encaminhados com a proposta eletrônica e outros que deverão ser entregues impressos na PRP até 27/11, às 16h. Todos os detalhes podem ser consultados no Edital.

A divulgação dos resultados no site da PRP está programada para 5/2/2016. O número de vagas também estará disponível a partir de fevereiro de 2016. As bolsas terão vigência a partir de 1º/3/2016.

Aplicações do Toefl ITP na UFLA

O teste é gratuito e é aplicado periodicamente na UFLA. Para informações sobre as datas de aplicação, os estudantes devem entrar em contato com o Núcleo de Línguas (NucLi) pelo telefone 3829-3127, ou dirigindo-se à sala 10 do PV-6. As inscrições para o teste devem ser feitas no site :http://isfaluno.mec.gov.br/ (opção testes de proficiência).

Mais de cem trabalhos produzidos na UFLA foram apresentados no Congresso Brasileiro de Sementes

Parte da equipe da UFLA presente no CDSementes.
Parte da equipe da UFLA presente no CBSementes.

Profissionais e estudantes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participaram do XIX Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), realizado em Foz do Iguaçu (PR) de 14/9 a 17/9. No total, foram apresentados, em pôster, 103 trabalhos produzidos na Universidade.

Estiveram presentes os professores do Departamento de Agricultura (DAG) Maria Laene Moreira de Carvalho, Renato Mendes Guimarães, João Almir Oliveira e Aline da Consolação Sampaio Clemente; o professor do Departamento de Fitopatologia (DFP) José da Cruz Machado e o professor do Departamento de Engenharia Florestal (DCF) José Márcio Faria. Somaram-se ao grupo os pesquisadores Stella Veiga Franco da Rosa e Antônio Rodrigues Vieira, da Embrapa e da Epamig, respectivamente. Eles atuam como parceiros nos trabalhos do Setor de Sementes (DAG).

Estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado também participaram das atividades. Ao todo, foram 76 congressistas da UFLA. A mesa-redonda “Detecção, identificação e quantificação de modificações genéticas em sementes: abordagem do MAPA” teve a professora Maria Lene como coordenadora. Já o professor Machado foi palestrante no XIII Simpósio de Patologia de Sementes, realizado durante o Congresso. Ele abordou o temaProgramas de apoio a Patologia de Sementes pelo CNPq e MAPA – análise crítica dos resultados de pesquisas realizadas nesses programas”, juntamente com a representante do CNPq Caroline Pedroso Ventorim de Oliveira.

Os professores Maria Laene, Renato e Machado também integraram comitês científicos do evento. De acordo com o professor João Almir, o Congresso foi produtivo e gerou bons frutos. “Vale destacarmos o alto número de participantes da UFLA, o que deixou a instituição muito bem representada em um evento de elevado nível técnico-científico. Os alunos de graduação e pós-graduação tiveram a oportunidade de fazer contato com outros pesquisadores da área e com as empresas. Para nós, professores, foi um momento de busca de novas parcerias e de atualização científica”, avalia.

O CBSementes é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates) e vem sendo realizado desde 1979. Além do público acadêmico, reúne técnicos, produtores e empresários. A edição anterior ocorreu em Florianópolis (SC), em 2013.

Programa Fulbright oferece oportunidade a profissionais formados em Letras

INTERNACIONALIZACAO2Profissionais graduados em Letras (bacharelado ou licenciatura) têm a oportunidade de passar nove meses nos Estados Unidos (EUA)para auxiliar no ensino da Língua Portuguesa em universidades norte-americanas. O Programa Fulbright  “Professor assistente de língua portuguesa nos EUA (FLTA)” oferece 20 bolsas para a atividade. Os interessados devem se inscrever até 20/10 no site do Programa.

Para participar, é necessário ter nacionalidade brasileira (sem possuir também nacionalidade norte-americana); ser residente no Brasil no momento da candidatura; ter concluído o curso de Letras/Inglês ou Letras/Português após 31/12/2010; não receber (ou ter recebido) auxílio financeiro da Comissão Fulbright, do Governo Federal ou de outras entidades brasileiras com o mesmo objetivo; e apresentar proficiência em inglês (Toefl – ITP mínimo de 550 pontos, Toefl iBT mínimo de 79 pontos; ou IELTS (International English Language Test System) com nota mínima de 6 pontos.

Durante a inscrição, o candidato deve anexar documento de identificação pessoal com foto, currículo em inglês com até três páginas, diploma e histórico da graduação, três cartas de referência em inglês (modelo disponível) e comprovante do teste de proficiência em língua inglesa. Outros documentos podem ser solicitados pela Fulbright, conforme detalhado no Edital.

A seleção terá uma fase nacional e outra internacional. Na primeira, haverá verificação dos documentos, análise do mérito técnico-científico e entrevistas (por videoconferência ou telefone). Na segunda etapa, os inscritos deverão ser aprovados no Board do Programa Fulbright nos EUA. O resultado final da seleção está programada para o período de abril-maio de 2016.

O Programa prevê benefícios para moradia, anuidade e taxas acadêmicas, alimentação, seguro-saúde, além de passagem aérea de ida e volta ao Brasil. Além de incrementar o ensino do Português nas instituições norte-americanas, os selecionados contribuirão para estimular o interesse da comunidade local pelo Brasil, frequentarão disciplinas relativas à cultura e à história dos EUA, assim como outras de seu interesse .

Pela mesma iniciativa da Fulbright, a UFLA recebe professoras americanas que auxiliam no ensino da Língua Inglesa. Leia mais:

Ciclo concluído – americanas que atuavam com o ensido de Inglês na UFLA voltam aos EUA.

Estudantes da UFLA têm a oportunidade de aprimorar o Inglês com professoras americanas.

ETAs americanas estão na UFLA para dar apoio ao ensino da Língua Inglesa.

 

Equipe de Ginástica Aeróbica da UFLA acumulou conquistas no Campeonato Brasileiro

FB_IMG_1442743484191 (2)A equipe de Ginástica Aeróbica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) finalizou o  Campeonato Brasileiro de Ginástica Aeróbica com uma relação de 17 conquistas, a maioria delas com medalhas. Na Equipe Adulta e no Grupo Adulto, a competição trouxe aos atletas o tricampeonato. Entre os resultados positivos alcançados estão os da equipe infantil, que pela primeira vez participou de uma competição.

O evento foi realizado de 17/9 a 20/9 em Aracaju (SE), com participação de 120 atletas dos estados de Minas Grais, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pará e Rio de Janeiro. De acordo com o professor do Departamento de Educação Física (DEF) Luiz Henrique Maciel, técnico e chefe de delegação, esse é o principal evento nacional da modalidade e seus resultados são muito representativos. “A equipe da UFLA apresenta grande evolução, tanto que em todas as provas fomos medalhistas. Nossos atletas fazem parte da seleção brasileira, e estão em um nível alto. Há muitos motivos para comemoração”, diz.

Confira a relação de conquistas:

– A Equipe Adulta foi campeã em 2015, consagrando-se como tricampeã.

– Na categoria Grupo Adulto houve também a conquista do tricampeonato. Os participantes foram os atletas Christian Andrade, José Henrique Oliveira, Maelton Mesquita Siqueira, Marcelo Martins (estudantes de Educação Física da UFLA) e Edson Nunes (estudante de Educação Física da Fagammon).

– No Trio Adulto, conquistaram o vice-campeonato José Henrique, Maelton e Marcelo.

– Na Dupla Adulta, foram campeões Adrielle Caroline Lopes e Christian.

– No Feminino Adulto, a vice-campeã foi Adrielle.

– No Masculino Adulto, foi Maelton o vice-campeão. José Henrique obteve o bronze. Já Edson Nunes ficou com a 4ª colocação e Marcelo Martins com o 5º lugar.

– No Trio Juvenil foram vice-campeãs as atletas Ana Luiza Barrios, Júlia Diniz e Raphaela Azevedo.

– No Individual Feminino Juvenil Raphaela terminou em 7º lugar e Júlia Dias em .

– Na Equipe Infantil, a conquista foi do bronze.

– Foram vice-campeãs do Trio Infantil Elisa Carvalho, Letícia Dutra e Maria Vitória.

– No Grupo Infantil também foi conquistado o vice-campeonato, com a atuação de Ana Caroline, Maria Eduarda, Fernanda Teixeira, Julia Monteiro e Martha Carvalho.

– No Individual Feminino Infantil, Martha ficou em 6º lugar, e Maria Fernanda Fernandes terminou em .

Merece destaque o fato de a equipe infantil ser formada por atletas que passaram pela fase de iniciação do projeto Ginástica na UFLA, que atende cerca de 200 pessoas, entre crianças e universitários. “Pelo projeto, identificamos o potencial dessas crianças”, conta o professor Luiz Henrique.

Estiveram em Aracaju para o campeonato, além dos atletas e do professor Luiz Henrique, o professor Felipe Lasmar (como auxiliar técnico) e a professora Lívia Pacheco (como árbitro). O próximo desafio para seis atletas da equipe adulta de Ginástica Aeróbica da UFLA é o Campeonato Pan-Americano, que ocorrerá no México ainda neste ano.

Fotos: Ivan Ferreira/ MeloGym

 

 

 

Programa de Bolsas da Hakuho Foundation seleciona pesquisadores para atuar no Japão

internacionalizacaoPesquisadores interessados na língua e na cultura japonesas têm a oportunidade de desenvolver trabalhos em universidades do Japão. Estarão abertas, até 30/10, as inscrições para o Programa de Bolsa da Hakuho Foundation, que está em sua 11ª edição.

Para se inscrever, é necessário ter acesso ao guia de candidatura e providenciar preenchimento do formulário de candidatura e da carta de recomendação (traduzida para o japonês). No site do programa estão disponíveis esses documentos.

Para os selecionados haverá auxílio mensal de 350 mil ienes (cerca de 2.800 dólares americanos), passagem aérea de ida e volta ao país de origem, ajuda de custo para moradia de 150 mil ienes (cerca de 1.250 dólares americanos), entre outros. O tempo de permanência no Japão varia de seis meses a um ano. É necessário que o candidato tenha fluência suficiente em língua japonesa para conduzir pesquisas no país.

O objetivo do programa é o fortalecimento da pesquisa internacional no Japão e aumento dos conhecimentos sobre o país entre os pesquisadores do mundo.

Universitários participaram da Olimpíada Brasileira de Matemática nesta sexta (18/9) na UFLA

obm 1Estudantes encantados pela Matemática comparecerem nesta sexta-feira (18/9) ao câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) para participar da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) – Nível Universitário.

Depois de ter participado da competição durante o Ensino Fundamental e Ensino Médio, o estudante Wellington Carlos Marques Botelho realizou seu primeiro desafio como universitário. Ele está matriculado no primeiro período do curso de Medicina da UFLA. Apesar de ter escolhido a área da saúde, continua atraído pela Matemática “Eu gosto muito. Sou daqueles que sente extrema satisfação ao conseguir chegar a um resultado correto. Sinto também frustração quando não consigo”, diz.

Já a estudante Mariana de Oliveira Lourenço está no segundo período do curso de Matemática. Para ela, fazer a prova é uma forma de exercitar o raciocínio. “É um exame que exige bastante concentração, com questões complexas. A cada vez que participamos, aprimoramos nossa capacidade de chegar aos resultados corretos”, avalia ela, comentando que também participou das Olimpíadas durante o tempo em que esteve no ensino básico.

A prova teve início às 14h, no Anfiteatro do Departamento de Ciências Exatas (DEX). São quatro horas e meia de duração, para resolução de seis questões. De acordo com o coordenador regional da OBM e professor do DEX Márcio Fialho, os participantes que compareceram neste ano são todos estudantes da UFLA. “Essa adesão dos estudantes é importante porque a competição contribui para o desenvolvimento e a melhoria da capacidade de raciocínio”.

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A aplicação da OBM foi feita pelos professores Márcio e Helvécio.

Os medalhistas de Olimpíadas de Matemática, nos diferentes níveis, recebem incentivos ao longo de sua trajetória acadêmica. Entre eles, pode ser citado o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (Picme), no qual os medalhistas podem se inscrever quando estão na graduação. Os participantes recebem bolsas de iniciação científica e desenvolvem atividades na área de Matemática. O Picme é coordenado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e ofertado por programas de pós-graduação em Matemática de diversas universidades espalhadas pelo país. Tem o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

De acordo com o coordenador do Picme na UFLA, professor Helvécio Geovani Fargnoli Filho, atualmente a instituição possui 11 bolsistas no Programa, pertencentes a diferentes cursos, como Engenharia de Controle e Automação, ABI Engenharias e Ciência da Computação. As bolsas são de um ano, renováveis por mais dois.

Incentivando a participação de estudantes de escolas públicas na OBMEP

Em 2015, teve início na UFLA o Programa Intensivo de Matemática Olímpica (Primo), destinado a preparar alunos de escolas públicas para a realização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Um grupo de oito estudantes da UFLA, juntamente com o professor Helvécio e a professora do DEX Evelise Roman Corbalan Gois Freire, atua nas atividades. A primeira turma de alunos beneficiada reuniu-se semanalmente na Escola Municipal Álvaro Botelho para estudar Matemática com o objetivo de participar da competição. Com a greve, o programa foi interrompido, mas os planos são de dar continuidade e ampliá-lo. “Pensamos em envolver também as escolas estaduais”, diz o professor Helvécio.

Sobre a OBM

Trata-se de um projeto da Sociedade Brasileira de Matemática em cooperação com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Seu principal objetivo é contribuir para a melhoria do ensino de Matemática no país. Além disso, a competição permite a descoberta de jovens com talento matemático excepcional, que poderão ter contato com profissionais e instituições de pesquisa de alto nível. A partir dos resultados da OBM, estudantes são selecionados para representar o Brasil em competições internacionais de Matemática.

A 1ª OBM ocorreu no Brasil em 1979. Desde então, passou por mudanças em seu formato, mantendo sempre a premissa de estimular o estudo da Matemática pelos alunos e desenvolver e aperfeiçoar a capacitação dos professores.

Atualmente, a OBM Nível Universitário ocorre em duas fases. A primeira será em 18/9 e a segunda nos dias 17/10 e 18/10. O critério para a promoção dos alunos para a segunda fase será divulgado pela Comissão Nacional de Olimpíadas de Matemática até 30 dias após a realização da primeira fase.

 

Pelo avanço social: integrantes do projeto Cria Lavras organizaram manifestação contra o racismo

image048Um ato de combate ao racismo mobilizou crianças e jovens integrantes do projeto  de atletismo Cria Lavras, apoiados por representantes do Levante Popular da Juventude. Nesta terça-feira (15/9), eles se reuniram nas proximidades do Departamento de Educação Física (DEF), onde produziram cartazes e se preparam para a manifestação, que teve início às 15h. Saíram da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e passaram pela Avenida Dr. Silvio Menecucci (Perimetral), com a intenção de chamar a atenção da comunidade para a importância da eliminação de preconceitos.

O movimento foi iniciativa do professor do DEF e treinador do Cria Lavras Fernando de Oliveira. Ao tomar conhecimento de que o estudante do curso de Educação Física e monitor do projeto Jean Jesley havia sido agredido verbalmente na rua por um desconhecido, com ataques preconceituosos, avaliou que o momento era propício para uma mobilização. “Jean é muito estimado por todos. Por ser um jovem muito tranqüilo e pacífico, acabou ficando muito abalado com o que ouviu. O fortalecimento da autoestima faz parte dos objetivos do Cria. É nosso dever protestar porque não queremos que isso volte a ocorrer com outras crianças e jovens”, explicou. A Direção Executiva da Universidade, por repudiar atos discrimintários, solidariza-se com o estundante.

Cerca de 50 pessoas estavam reunidas na mobilização. Durante a preparação, o grupo ensaiava músicas que expressam reação frente às situações de preconceito. “Para a sociedade image050avançar, eu vou para a rua para lutar. Se a juventude se unir, o racismo vai cair”, cantavam eles ao som de batuques. Nos cartazes, as frases eram de apoio a Jean Jesley, afirmação do cabelo crespo e pelo fim do racismo.

O estudante de Educação Física Cleyson Duarte (conhecido como Zulu) foi quem organizou a mobilização. “Há uma imposição sociocultural que faz com que os negros sigam um padrão estético que rejeita suas próprias características físicas. Foi exatamente por isso que organizei também, em 7/9, no Centro de Lavras, o movimento “Orgulho Crespo”. Nosso objetivo era afirmar a beleza do cabelo crespo. Aproximadamente 200 pessoas estiveram presentes. Agora, já pensamos em outro encontro para novembro, quando se celebra o Dia da Consciência Negra”, disse.

De acordo com o Jean Jesley, vítima das ofensas verbais no último sábado (12/9), o desconhecido gritava palavras de ofensa a seu cabelo. “Espero que ele possa tomar conhecimento da manifestação e refletir um pouco: o fato de meu cabelo ser grande não muda nada na rotina dele. Que ele possa constatar que sua atitude não foi bacana. Que outra pessoas também possam pensar sobre o assunto, ao verem nosso movimento”. Jean diz que essa foi a primeira vez que enfrentou uma situação como essas. “Foi horrível. Fiquei muito tocado com tudo o que aconteceu”.