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Em sua primeira turma, curso de Medicina da UFLA atuou em parceria com dez instituições da cidade

informativo-lar-e-vidaA aproximação com a comunidade esteve presente nas atividades da primeira turma do curso de Medicina da Universidade Federal de Lavras (UFLA), durante o período letivo 2015/1. Dez instituições da cidade tornaram-se parceiras do curso e receberam grupos de estudantes matriculados na disciplina “Estágios em Práticas de Saúde”. Sob a supervisão de professores do curso, os alunos puderam conhecer a realidade das comunidades, identificar suas principais necessidades e associar essas experiências às questões de saúde da população. Em cada local, fizeram microintervenções específicas, oferecendo pequenas contribuições aos assistidos.

A turma de 30 estudantes foi dividida em cinco grupos de seis participantes. Cada grupo frequentou duas instituições, com visitas semanais (metade do período letivo em uma e metade em outra). Os grupos se reuniam periodicamente para relatar as experiências e compartilhar o aprendizado. As instituições que acolheram os trabalhos foram: LarEVida, Magneti Marelli, Instituto Presbiteriano Gammon, Centro Universitário de Lavras (Unilavras), Lar Augusto Silva, Associação Comunitária de Moradores dos bairros Jardim Glória e Jardim Campestre I, II e III, comunidade do bairro Judith Cândido, Escola Municipal da comunidade rural de Itirapuã, Cemei Novo Horizonte e Escola Municipal Paulo Lourenço Menicucci.

De acordo com uma das coordenadoras do curso de Medicina, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, os campos desse estágio inicial tiveram natureza diversa, com a finalidade de fazer com que o estudante conheça os diferentes públicos com os quais vai trabalhar na assistência à saúde. A previsão é de que no segundo período eles já frequentem os Programas de Saúde da Família (PSFs) cientes da realidade de cada local. “Nosso curso tem o objetivo de formar um médico que seja sensível a todas as necessidades dos pacientes, e o contato social prévio com esses grupos vai ajudar nisso”, diz.

As primeiras experiências voltadas para uma formação humanista são bem avaliadas pelos coordenadores do curso. A professora Joziana confessa que ficou emocionada com os depoimentos dos alunos direcionados a uma avaliadora do Ministério da Educação (MEC) que esteve na UFLA. “Nosso primeiro grupo de alunos tem um perfil muito afeito ao social. Eles se envolveram intensamente com as comunidades, mobilizaram recursos e pessoas e superaram expectativas”, avaliou.

O exemplo do LarEVida

O informativo impresso do Lar Esperança e Vida Mateus Loureiro Ticle (LarEVida), do período maio/junho, trouxe em destaque a notícia da parceria entre a instituição e o curso de Medicina da UFLA. No texto, são relatadas as atividades desenvolvidas pelos estudantes com os assistidos. Os alunos acompanharam a rotina de profissionais de diferentes especialidades, sob orientação do também coordenador do curso de Medicina Vitor Tenório. Tiveram, ainda, a oportunidade de desenvolver ações específicas, como a criação da “Caixa de Dúvidas sobre Saúde”, na qual os assistidos puderam colocar suas indagações, recebendo respostas individualmente ou em reuniões de grupos.

O LarEVida oferece assistência a pacientes com câncer e seus familiares, em áreas que complementam o tratamento, como psicologia, nutrição, odontologia, enfermagem e assistência social. Para o professor Vitor, a parceria permitiu aos estudantes, mesmo estando no primeiro período, o início da construção de uma visão humanista. “No caso do LarEVida, os alunos podem refletir sobre todas as dimensões que envolvem uma doença como o câncer”, explica. “Eles começam a perceber toda a complexidade que envolve a questão saúde/doença. O amparo social e psicológico ao paciente tem seu papel no processo de tratamento”.

A expectativa é de que esses mesmos estudantes, à medida que avancem no curso, possam oferecer aos pacientes uma assistência efetivamente voltada para a doença. “Neste momento, a formação humana e social fornece as bases para as fases posteriores”, avalia.

Depois de evento na África do Sul, trabalhos realizados no DBI são recomendados como protocolo internacional

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Palestra da professora Elaine em Workshop na África do Sul.

A professora do Departamento de Biologia (DBI) Elaine Aparecida de Souza retornou ao Brasil com boas notícias depois de representar o Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas em um evento realizado na África do Sul. Trabalhos produzidos na Universidade Federal de Lavras (UFLA) passam a ser parâmetro recomendado para outras instituições no mundo no que se refere à resistência à mancha angular no feijoeiro.

O evento intitulado “Common Bean Disease Workshop on Angular Leaf Spot and Root Rots” ocorreu na cidade de Skukuza, na África do Sul, no período de 20/7 a 23/7. Pesquisadores de diferentes países, como Argentina, Chile, Estados Unidos, Brasil, África do Sul e outros países africanos estiveram reunidos com o propósito de discutir doenças comuns no feijoeiro: a mancha angular e podridões de raiz.

Na palestra proferida pela professora Elaine no primeiro dia do evento, “Genetics and breeding for Angular Leaf Spot resistance in common bean”, trabalhos desenvolvidos na UFLA foram apresentados e tiveram impacto na percepção da comunidade científica. Um deles é o Programa de seleção recorrente visando a resistência à mancha angular do feijoeiro, iniciado em 1999 e conduzido na UFLA pela pesquisadora da Embrapa Ângela de Fátima Barbosa Abreu e pelo professor Magno Antonio Pato Ramalho. Com as atividades do Programa, várias linhagens resistentes de feijão têm sido selecionadas ao longo dos ciclos. Além disso, a parceria UFLA-Embrapa nesse projeto, já permitiu a produção de duas dissertações de mestrado, uma tese de doutorado e vários artigos publicados em revistas científicas.

Outro ponto relevante da apresentação feita por Elaine foi a metodologia desenvolvida pelo doutorando do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas Rafael Pereira, quando da conclusão de sua graduação, e da escala de notas que complementa essa metodologia, produzida pela dissertação de mestrado de Samira Librelon. Esse procedimento tem sido utilizado no Programa conduzido pela pesquisadora Ângela e acelera o processo de seleção de linhagens resistentes. Antes desses trabalhos, toda a avaliação para seleção era feita no campo. Com este método, torna-se possível fazer a avaliação em casa de vegetação, com inoculação do patógeno em folhas primárias do feijoeiro, permitindo a condução de três ciclos de seleção por ano. Dessa forma, ele foi recomendado para uso internacional nos programas de melhoramento.

Outro ponto importante para o Brasil foi a participação da professora Elaine, no dia 22/7, na discussão que avaliou e redefiniu o conjunto internacional de cultivares diferenciadoras do feijoeiro para identificação das raças do patógeno causador da mancha angular (o fungo, Pseudocercospora griseola). Os debates resultaram na atualização do conjunto, que estava vigente desde 1987. Com a revisão, foram incluídas novas linhagens no conjunto, sendo duas delas do Brasil – das duas, uma foi desenvolvida na UFLA, no Programa conduzido por Ângela.

De acordo com Elaine, o evento teve um saldo muito positivo. “Foi uma oportunidade ímpar de divulgar a pesquisa desenvolvida no Brasil e na UFLA,

O doutorando Rafael apresentou trabalho em pôster durante o Workshop. Nesta foto, está acompanhado de Elaine.
O doutorando Rafael apresentou trabalho em pôster durante o Workshop. Nesta foto, está acompanhado de Elaine.

instituição que já tem tradição de mais de 40 anos em pesquisas com feijão”, disse.

A participação de professores e estudantes em eventos internacionais é incentivada pelo Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas e tem o propósito de viabilizar a troca de experiência e informações com a comunidade científica internacional. Do Workshop na África do Sul participou também, além de Elaine, o doutorando Rafael, que apresentou trabalho sob a forma de pôster.

Os trabalhos científicos que deram origem ao reconhecimento alcançado durante o Workshop já foram publicados como artigos:

– Metodologia de Inoculação em folhas primárias do feijoeiro, de autoria de Rafael Pereira, orientado pela professora Elaine Publicação em: Annual Report of the Bean Improvement Cooperative (2011) 54:104-105.

– Escala de notas, de autoria de Samira Librelon, também orientada pela professora Elaine e coorientada pelo professor do Departamento de Fitopatologia (DFP) Edson Pozza. Publicação em: Australasian Plant Pathology (2015) 44:385-395. DOI 10.1007/s13313-015-0360-9.

UFLA lamenta falecimento de funcionária da Adcon

lutoA Universidade Federal de Lavras comunica e lamenta o falecimento de Sebastiana Aparecida de Paula (conhecida como Dú), 53 anos, funcionária terceirizada (Adcon) que atuava no Departamento de Biologia da Universidade.

Sebastiana trabalhou na UFLA por oito anos. Faleceu na última sexta-feira (7/8). O sepultamento foi realizado às 11 horas do dia 8/8, no Cemitério da Saudade, Lavras (MG).

CBEE/UFLA promove curso em São Paulo na próxima semana

imagem de divulgação, com nome do curso, data, local e logomarcasGrupos de pesquisa, agências governamentais, empresas, ONGs e outros interessados no monitoramento da fauna atropelada terão a oportunidade de participar, na próxima semana, de um curso oferecido pelo Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE). Com duração de cinco horas, o curso “Protocolo CBEE de Monitoramento de Fauna atropelada” será realizado em São Bernardo do Campo (SP) na sexta-feira (14/8). Quem ministrará os conteúdos é o professor do Departamento de Biologia da UFLA (DBI) e coordenador do CBEE, Alex Bager.

Durante o curso, os participantes terão acesso a informações sobre o Sistema Urubu, que oferece ferramentas tecnológicas para coleta, gestão, análise e visualização de dados de atropelamento da fauna. O protocolo de monitoramento, que também será discutido no evento, é um instrumento destinado a garantir que os dados coletados sobre a fauna atropelada possam ser comparáveis no tempo e no espaço.

Os interessados devem registrar sua pré-inscrição. O investimento necessário é de R$ 50,00, que devem ser pagos presencialmente, antes do início do curso. Os certificados serão emitidos pelo CBEE/UFLA. Para obter outras informações, é possível entrar em contato com a organização pelo e-mail cbee@dbi.ufla.br ou pelo telefone (35) 3829-1928.

Consulte o folder do curso.

Serviço

Data do curso: 14/8/2015
Local: Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. Rodovia dos Imigrantes (SP 160), s/nº, Km 28,5, Bairro Jardim Represa. São Bernardo do Campo/SP.
Horário: 13h às 18h.
Investimento: R$ 50,00

CBEE e Sistema Urubu

O CBEE tem oferecido cursos em diferentes cidades brasileiras. Neste ano, atividades já foram desenvolvidas em Recife, Belo Horizonte e Curitiba. Sediado na UFLA, o CBEE foi institucionalizado em fevereiro de 2012 e, desde então, tem a meta de ser um centro de excelência em pesquisa, capacitação, desenvolvimento de tecnologia e estabelecimento de políticas públicas em temas que relacionem empreendimentos viários (rodovias e ferrovias) e biodiversidade.

O Sistema Urubu, desenvolvido pelo CBEE com o apoio de parceiros, foi lançado em 2014. Entre seus componentes estão o aplicativo para smartphones chamado Urubu Mobile – que permite ao cidadão registrar fotografias de animais atropelados nas estradas e enviar as imagens para análise de especialistas ligados ao CBEE. Desde então, o tema tem ganhado destaque na mídia nacional e internacional. No Laboratório de Estudos em Manejo Florestal (Lemaf/UFLA) foi inaugurado, em maio de 2014, o “Espaço Urubu”, local em que o projeto recebe da UFLA colaboração em infraestrutura física e apoio de recursos humanos.

Com informações de Wagner Schiavoni, bolsista Ascom/DBI.

Professora da UFLA é empossada como presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo

Professora Fátima recebe os cumprimentos do ex-presidente da SBCS, Gonçalo Farias no momento da eleição. Foto: SBCS.
Professora Fátima recebe os cumprimentos do ex-presidente da SBCS, Gonçalo Farias, no momento da eleição. Foto: SBCS.

A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (PPGCS/UFLA), professora Fátima Maria de Souza Moreira tomou posse em 5/8 do cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS). A cerimônia foi realizada em Natal (RN), durante Assembleia da SBCS, inserida na programação do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo.

O nome da professora Fátima foi indicado durante processo pelo qual a Secretaria Executiva da SBCS abriu chamada pública para candidatura dos sócios ao cargo. A indicação foi referendada em reunião do Conselho Diretor da Sociedade. O mandato será exercido no período 2015-2017. De acordo com a professora Fátima, os dois anos de trabalho à frente da SBCS serão de empenho. “A Sociedade tem hoje quase 1,2 mil sócios e nossa intenção é elevar esse número. Também vamos atuar para que a produção científica da SBCS esteja cada vez mais disponível à sociedade, servindo à população. Outro desafio é a luta do plano político, para que a questão dos solos seja objeto de atenção no país”, comentou.

Outros quatro professores da UFLA também tomaram posse em comissões especializadas da SBCS. Na Divisão 2 – Processos e propriedades do solo  – foram empossados os professores do DCS Mozart Ferreira e Moacir Souza Dias Jr. (Comissão Física do Solo) e o professor Yuri Lopes Zinn (Comissão Mineralogia do Solo). Já na Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo – tomou posse o professor Marx Leandro Silva (Comissão Manejo e Conservação do solo e da água). A atuação do grupo também ocorrerá durante o mandato de dois anos.

A UFLA no Congresso

A edição de número 35 do Congresso Brasileiro de Ciência do Solo ocorre em Natal (RN) de 2/8 a 7/8 e reúne cerca de 2,5 mil pessoas. Na relação de palestrantes nacionais, representaram a UFLA, além da professora Fátima, os professores João José Marques, Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Marx Leandro Naves Silva. O professor emérito do Departamento de Ciência do Solo (DCS) Alfredo Scheid Lopes também esteve presente no Congresso.

Oito professores do DCS participaram com apresentação de trabalhos científicos de forma oral e em pôster. Além dos cinco citados acima, acrescentam-se os professores Maria Ligia Silva, Leonidas Carrijo Melo e Michele de Menezes. Sessenta alunos de graduação e pós-graduação também estiveram envolvidos. Mais de cem trabalhos produzidos na UFLA foram apresentados. Os técnicos administrativos Bruno da Silva Moretti e Livia Cristina Coelho também fizeram suas apresentações.

Entre os livros lançados durante o evento está o título “Guia Prático de Classificação de Solos Brasileiros”. O professor do DCS Nilton Curi é um dos autores da obra. O pesquisador da Embrapa Solos Raphael David dos Santos é o primeiro autor. Também faz parte do grupo o engenheiro agrônomo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Sérgio Hideiti Shimizu. A publicação tem o apoio da empresa Celulose Riograndense.

A estudante da pós-graduação do DCS Giovana Clarice Poggeria é uma das autoras de outra obra lançada: “Crônicas do Barranco”.

Confira os temas das palestras proferidas por professores da UFLA na programação Científica do Congresso:

– No Simpósio “Inoculantes não tradicionais na agricultura: novos rizóbios e não leguminosas”, a professora Fátima apresentou o tema Cupriavidus spp. e Burkolderia spp. promotoras de crescimento vegetal: Prós e Contras.

– No Simpósio “Contaminação e Remediação em solos”, o professor João José falou sobre Geoquímica de solos contaminados por elementos-traço.

– No Simpósio “Análise de risco: derivação de valores orientadores”, o professor Luiz Roberto abordou Parâmetros fisiológicos e bioquímicos de plantas para validação de VPs para elementos-traço em solos.

– No Simpósio “Estado atual, inovações e desafios das pesquisas em erosão do solo no Brasil”, o professor Marx proferiu a palestra Desafios e inovações metodológicas nos estudos de erosão hídrica no Brasil.

PPGCS no Ano Internacional dos Solos

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2015 como Ano Internacional dos Solos. Com a medida, a intenção é sensibilizar a sociedade, já que a degradação desse recurso natural representa ameaça ao meio ambiente e à economia. Professores do Departamento de Ciência do Solo (DCS) têm participado, ao longo do ano, dos eventos de comemoração e mobilização para o tema. O PPGCS é o único Programa de Pós-Graduação da UFLA com conceito 7 na Capes, nível máximo de qualificação e evidência de forte inserção internacional. Desde sua criação, o DCS tem a tradição de combinar embasamento teórico e prático para a solução de problemas que afetam a agricultura brasileira.

De acordo com a SBCS, os solos estão ligados, direta ou indiretamente, a mais de 95% da produção mundial de alimentos. Apesar de precisarem de milhões de anos para se formar, eles podem se degradar pela erosão em poucos anos de utilização, ficando improdutivos ou com baixa capacidade de produção de alimentos, pastagens, biocombustíveis e outros recursos deles dependentes.

Com o crescimento previsto pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para a população mundial, a demanda pela produção de alimentos tende a crescer. Dos 7 bilhões de habitantes existentes no planeta, o número passará a mais de 9 bilhões, elevando de 1,64 bilhões as toneladas de alimentos consumidas atualmente para 2,6 bilhões em 2050 – trata-se de um aumento de 60% em 40 anos.

A conjuntura exige, entre outras ações, a conservação do solo, o aumento da eficiência dos sistemas de produção agrícola, a institucionalização de políticas públicas para gestão adequada do recurso natural, a mudança no comportamento dos cidadãos e a aplicação imparcial da legislação ambiental brasileira.

 Com informações de Luciana da Silva, bolsista Ascom/DZO.

Reunião na reitoria da UFLA é passo inicial para implantação do Instituto de Ecomobilidade no Brasil

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Da esq. p/ dir.: prof. Giovanni, Andrea, prof. Victor, prof. Scolforo, prof. Arthur e prof. Chalfun.

As estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o condutor é responsável, direta ou indiretamente, por 90% dos acidentes de trânsito. Uma boa forma de eliminar esse fator de risco, garantindo maior segurança no trânsito, é o investimento em pesquisas voltadas à mobilidade sustentável, com veículos eletrificados, carros autônomos e conectados, e novas estruturas e serviços de mobilidade e energia. Para que a Universidade Federal de Lavras (UFLA) dê sua contribuição a essa área de estudos, o reitor, professor José Roberto Soares Scolforo, recebeu em reunião, na tarde dessa terça-feira (4/8), a equipe que propõe a estruturação do Instituto de EcoMobilidade no Brasil.

Participaram da reunião, além do reitor, o diretor de Relações Internacionais da Universidade, professor Antônio Chalfun Júnior, e a chefe de Gabinete, Ana Carla Marques Pinheiro. No grupo que apresentou a proposta estavam os professores do Departamento de Engenharia Arthur de Miranda Neto e Giovanni Francisco, acompanhados do professor da Université de Versailles Saint-Quentin-en-Yvelines (UVSQ) e diretor científico do Instituto Vedecom, Victor Etgens, e da advogada e doutoranda da UVSQ e do Vedecom, Andrea Martinesco.

A proposta de parceria feita à UFLA é para que a instituição se torne parceira e sedie um dos polos do Instituto de Ecomobilidade no Brasil, que tem como principal proponente o professor Arthur. Trata-se de uma estrutura público-privada que adaptará as pesquisas da área de mobilidade e transporte à realidade brasileira, somando competências da academia e da indústria do país, de forma a criar novas a tecnologias, desenvolver pesquisas de ruptura, criando uma competência de alto nível na área da ecomobilidade.

A Direção Executiva da Universidade acolheu a proposta e reconheceu o interesse público do projeto. A expectativa é de que o Instituto seja instalado em área próxima ao Parque Tecnológico, dispondo, inclusive, de pista de teste para veículos e todo o ecossistema sustentável. No entanto, ainda será necessário que o grupo de trabalho formalize a proposta e defina as próximas ações necessárias. “Da mesma maneira pela qual a UFLA deu sua contribuição à agricultura desse país, queremos, sim, trabalhar e contribuir para o mundo da mobilidade, do transporte. A importância desse projeto é muito clara para mim”, afirmou professor Scolforo, lembrando também dos projetos de internacionalização e da meta de posicionar a UFLA entre as melhores universidades do mundo.

Diferentes ações de aproximação com o governo e com industriais estão previstas pela equipe. Com o apoio da reitoria da universidade e também da DRI, o grupo de trabalho será formado pelos professores Arthur de Miranda Neto, Victor Etgens e Giovanni Rabelo, pela pesquisadora Andrea Martinesco, e por membros da indústria.

O Instituto Francês Vedecom será parceiro no projeto. Com atividades iniciadas na França em 2014, o Vedecom é uma parceria público-privada ligada à indústria e relacionada com a mobilidade verde, associando mais de 46 atores dos diferentes setores da indústria automotiva, fabricantes de equipamentos, escolas e universidades, atores do setor de serviços da mobilidade e governos federal, estadual e municipal na França. Sua estrutura de pesquisa mescla aspectos de pesquisa fundamental e aplicada, reunindo industriais e acadêmicos em um programa multidisciplinar. É com base nessa experiência que se estrutura no Brasil o Instituto de Ecomobilidade.

Sobre a equipe que está à frente da propostaIMG_2523

Victor Etgens, físico especialista na área de materiais, coordena projetos científicos importantes associando atores públicos e privados, trabalhando com grupos multidisciplinares. Em 2015, ganhou o prêmio AEF Universidades-Empresas na categoria Pesquisa e Inovação pela cátedra que criou sobre novos materiais para eletrificação de veículos. Victor está está na UFLA participando de um projeto proposto pelo professor Arthur, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Nos próximos três anos ele desenvolverá atividades na instituição por um período de sete meses (não contínuos).

Andrea  Martinesco é advogada e servidora pública do Ministério Público Federal de Curitiba. Cursa doutorado em direito na UVSQ, França. Atuando no Instituto Vedecom, trabalho nos aspectos jurídicos relacionados à colocação de veículos autônomos em vias públicas. No Brasil, é colaboradora do mesmo projeto proposto pelo professor Arthur de Miranda Neto. Na proposta do Instituto de EcoMobilidade no Brasil, é responsável pelas questões de regulamentação e legislação dos veículos inteligentes.

Professor Arthur atua no DEG e é membro fundador de um laboratório instalado atualmente na Unicamp e colaborador ativo do Laboratório de Robótica Móvel (LRM) da Universidade de São Paulo (USP-São Carlos). Participa no cenário internacional nas questões relacionadas com mobilidade e veículos inteligentes. Na UFLA, é líder do recém-criado Laboratório de Mobilidade Terrestre e coordenador da Empresa Robótica Jr. da UFLA. Tem como tema principal de pesquisa Sistemas Híbridos de Localização e Veículos Inteligentes. Realizou Pós-doutorado (2012) em Percepção multi-sensorial e Ego-localização 2D na França. Possui doutorado em Tecnologia e Sistemas de Informação pela Universidade de Tecnologia de Compiègne, França, e em Engenharia Mecânica pela UNICAMP.

Professor Giovanni, também do DEG, atua na UFLA desde 1992. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica e Instrumentação e Análise de Sinais, com ênfase em Metrologia com aplicação multidisciplinar. É também advogado e seu envolvimento neste projeto abrange as questões jurídicas e de regulamentação.

A UFLA e a UVSQ

A DRI/UFLA conduz o estabelecimento de um acordo de dupla-titulação com a universidade francesa. No momento, dois alunos de doutorado estão na França, sendo eles orientados pelos professores Arthur e Giovanni. Há a previsão de que três pós-doutorandos, professores da UFLA, também passem um tempo na instituição francesa em 2016.

Adiadas atividades dos calendários 2015/2 até o término da greve dos servidores

ufla-logo-viagemPela Portaria nº 813, de 17 de julho de 2015, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) adiou os prazos e atividades do calendário do segundo período letivo de 2015 da graduação. Assim sendo, o início das aulas, anteriormente previsto para 10/8, não ocorrerá nessa data. O adiamento das atividades do calendário se prorrogará até o término do movimento de greve dos servidores.

De acordo com a Portaria, o assunto ainda será objeto de apreciação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). O mesmo documento prorrogou em 30 dias o prazo para início da matrícula em disciplinas da graduação presencial para o segundo semestre de 2015 (para estudantes veteranos). A data estipulada antes da Portaria era 20/7/2015. As matrículas dos calouros estão sendo feitas normalmente, dentro do cronograma programado.

Após o término do movimento de greve, a Pró-Reitoria de Graduação (PRG), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e representantes dos Sindicatos deverão realizar a adequação do Calendário Escolar, que será submetida à apreciação do CEPE.

O reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, deixou claro que a Direção Executiva está compromissada com o retorno das aulas somente após o
término da greve: “Entendemos que tanto os técnicos administrativos quanto os docentes têm a necessidade de lutar por uma categoria que os valorize. Para os mais jovens, isso significa, ainda, a luta por uma aposentadoria que lhes permita viver com dignidade quando esse momento chegar”, afirma.

Pós-graduação

A Portaria nº 825, de 21 de julho de 2015, adia – até deliberação do CEPE – os prazos e atividades definidas no calendário escolar dos programas de
pós-graduação. Foi mantido o período de 17/8 a 21/8 para renovação de matrículas de veteranos. Quanto aos ingressantes na pós-graduação,
aprovados para o segundo semestre de 2015, poderão matricular-se até o final da semana em que se iniciarem as atividades do calendário, após
deliberação do Cepe.

Professor do DZO participa de palestra e curso na Universidade Estadual da Carolina do Norte

Professor José Camisão de pé no saguão da reitoria.
Professor do DZO está em viagem para os Estados Unidos, onde cumprirá atividades acadêmicas na Universidade Estadual da Carolina do Norte.

O professor do Departamento de Zootecnia (DZO) José Camisão de Souza está nos Estados Unidos representando a Universidade Federal de Lavras. Ele foi convidado pela professora e pesquisadora Charlotte Farin para proferir palestra na Universidade Estadual da Carolina do Norte (North Carolina State University – NC State). Em sua apresentação, o professor falará sobre pesquisas desenvolvidas por ele e por membros dos programas de pós-graduação da Zootecnia e das Ciências Veterinárias.

Durante a viagem, o professor participará também de um curso sobre “inseminação artificial na espécie caprina”. Todas as atividades serão desenvolvidas no Department of Animal Science da NC State, no decorrer da primeira quinzena de agosto. De acordo com o José Camisão, o convite gera uma oportunidade importante para o estabelecimento de uma relação de parceria contínua. “É um passo importante no intercâmbio de informações e experiências com uma instituição que já formou, inclusive, professores da UFLA, como Alfredo Scheid Lopes e Vicente Paulo Campos”.

José Camisão é professor titular na UFLA e tem vínculo profissional com a instituição desde 1990. Possui experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Controle da Foliculogênese Ovariana, atuando principalmente nos seguintes temas: bovinos, reprodução, leite, bovino e equinos.

Servidores tomaram posse na última quinta (30/7)

image013Na quinta-feira (30/7), foram empossados na Universidade Federal de Lavras (UFLA) mais três servidores. Eles fazem parte do grupo de 453 servidores que ingressaram na instituição nos últimos três anos e meio. A cerimônia ocorreu no Salão dos Conselhos, prédio da Reitoria, às 14h. O professor Tales Jesus Fernandes ficará lotado no Departamento de Ciências Exatas (DEX), e os servidores técnico-administrativos Antônio Sebastião Domingos e Elícias Pereira dos Santos atuarão na Diretoria de Transportes e Máquinas e no Departamento de Zootecnia
(DZO), respectivamente.

Atualmente, a UFLA possui em seu quadro 618 professores e 565 técnicos administrativos. Para o reitor em exercício que presidiu a solenidade de posse, professor André Vital Saúde, são essas pessoas, que integram a instituição, as responsáveis pelos resultados positivos que ela vem alcançando. “Existe, neste local de 107 anos de história, algo muito forte, que nos faz trabalhar com o coração. Daí vem o comprometimento diferenciado da equipe, que eleva a Universidade aos melhores patamares. É assim que continuaremos em busca da meta de posicionar a instituição entre as melhores do mundo”, disse.

O operador de máquinas Antônio, residente em Lavras, comemorou a aprovação no concurso público e seu ingresso na UFLA. “Esse é um sonho de muita gente, e poucos conseguem realizar. É uma grande conquista para mim”. Antônio sempre teve boas recomendações sobre a UFLA: sua esposa, Sebastiana Aparecida da Silva Domingos, trabalha no Restaurante Universitário e conta que sempre sonhou com o dia que o ele também pudesse fazer parte da equipe da Universidade.

Além do professor André, conduziram as atividades de posse o diretor de Desenvolvimento de Pessoas, Georges Francisco Vilela Zouein; o presidente da Comissão de Ética, Adriano Higino Freire; o representante da Seção Sindical dos Docentes da UFLA (Adufla), professor Marcelo de Carvalho Alves; o presidente  do Sindicato dos Servidores da UFLA (Sind-UFLA), Antônio Massensini e o representante da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) professor Alessandro Vieira Veloso.

Os representantes da Adufla, do Sind-UFLA e da CPPD deram as boas-vindas aos recém-chegados e explicaram a eles a natureza das atividades de cada uma das organizações. Antes dos pronunciamentos, houve a leitura e assinaturas do Termo de Compromisso Ético e do Termo de Posse.

Professores do projeto “A Magia da Física e do Universo” comentam o fenômeno Lua Azul

lua-cheiaO fenômeno conhecido como Lua Azul ocorrerá na noite desta sexta-feira (31/7) e instiga a curiosidade de quem se interessa pela observação do céu. Os coordenadores do projeto de extensão A Magia da Física e do Universo – professores Karen Luz Burgoa Rosso e José Nogales –  enviaram à Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Lavras (Ascom/UFLA) informações que ajudam a compreender a ocorrência.

De acordo com eles, as pessoas observarão nesta noite uma lua cheia comum, que não terá necessariamente a tonalidade azulada sugerida pelo nome do fenômeno. O que há de especial é o fato de ela ser a segunda lua cheia do mês. Normalmente, cada mês tem apenas uma lua cheia. Mas em julho, a primeira lua cheia foi registrada em 2/7 e agora outra se faz presente 31/7.

Se o número de dias do ano (365,25) for divido pelo número de dias do ciclo lunar (29,5 dias), o resultado indica a ocorrência de 12,38 luas cheias anuais. Esses “0,38” vão se acumulando e, associados à variação do número de dias nos meses (28 a 31), acabam fazendo com que, de tempos em tempos, um ano tenha 13 luas cheias. Depois de 2015, o fenômeno deve se repetir apenas em 2018.

O termo Lua Azul, entretanto, é popularmente utilizado desde a década de 1940, quando a revista Sky and Telescope publicou um texto que equivocadamente nomeava a segunda lua cheia do mês como lua azul, expressão que acabou permanecendo. Na verdade, a tonalidade azulada da lua pode ocorrer em situações de grande concentração de fumaça, como os incêndios florestais, por exemplo. A fumaça contém partículas de poeira de um mícron de espessura, aproximadamente o mesmo comprimento de onda da luz vermelha. As partículas desse tamanho dispersam a luz vermelha, permitindo a passagem da luz azul.

O considerado mais comum é a ocorrência da Lua Vermelha, observada quando o satélite está próximo do horizonte. A atmosfera contém partículas de espessura microscópica (menores que as contidas na fumaça) que dispersam a luz azul e dão lugar à tonalidade avermelhada à medida que a luz atravessa camadas mais espessas da atmosfera. O mesmo ocorre com o Sol quando está próximo do horizonte, originando o Pôr do Sol Vermelho.