Pedro Farnese / Ascom Ufla
As necessidades de ampliar a produção e a quantidade de produtos derivados do setor canavieiro no Sul de Minas foram o foco das discussões durante a realização do III Simpósio Sul Mineiro de Cana-de-Açúcar – Sincana. O evento, realizado no Salão de Convenções da Ufla, contou com palestras de profissionais e estudiosos que desenvolvem pesquisas sobre o produto e suas tecnologias de manejo agrícola e industrial.
Sob a organização do Núcleo de Estudos em Cana-de-Açúcar (Necana) as atividades foram oficialmente abertas na manhã desta quarta-feira, dia 11, contando com a participação de professores, estudantes de graduação e pós-graduação, produtores e pesquisadores. Presente na solenidade, o reitor da Ufla, professor Antônio Nazareno Guimarães Mendes, destacou a importante iniciativa dos membros do Núcleo de ampliar os estudos sobre o produto na Universidade. “Ainda são poucas as pesquisas que se dedicam a cana-de-açúcar na instituição, mas temos avançado bastante. Essa nova perspectiva nos credencia a pleitear financiamentos junto ao governo federal que tem intensificado os investimentos nas pesquisas sobre biocombustiveis”.
De acordo com o coordenador geral do evento e orientador do Necana, professor Luiz Antônio de Bastos Andrade, o simpósio está possibilitando aos participantes a oportunidade de contextualizar os rumos do setor canavieiro, que tem crescido bastante nos últimos anos. Além disso, o evento incentiva a produção da cana-de-açucar na região e a ampliação de seus derivados. “A plantação da cana no sul de Minas se dedica, quase que exclusivamente, à produção de alimentação animal e cachaça. Queremos explorar o potencial da região, incentivando a cultura do produto em escala industrial”.
Um dos palestrantes do simpósio, o pesquisador Rouverson Pereira da Silva, da Universidade Estadual paulista (Unesp), disse que discussões sobre o setor canavieiro são de total relevância, já que a produção do produto tem aumentado significamente nos últimos anos. Para ele, o investimento em novas tecnologias e a mecanização da colheita têm favorecido essa nova realidade. “É importante discutirmos, diante desse cenário promissor, as tendências sobre a cultura do produto. Atualmente, a mecanização da colheita tem auxiliado na redução dos custos da colheita, interferindo diretamente na longevidade do canavial e garantindo a qualidade da cana”.