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Prazo para programa de pós doutores vai até 10 de julho

Com o objetivo de selecionar pesquisas de doutores recém-formados em áreas estratégicas inseridas na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), o Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lançaram edital do Plano Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) 2009. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de julho.

O plano é um programa estratégico para garantir a incorporação de pesquisadores altamente qualificados na atividade econômica brasileira, uma das ações da PDP, que retoma a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE) e a Lei de Inovação.

Programas de pós-graduação reconhecidos pela Capes e vinculados a instituições de ensino superior (IES), centros ou institutos de pesquisa e empresas de base tecnológica poderão encaminhar projetos de pesquisa que visem ao ingresso de recém-doutores.

Os projetos devem atender a, no mínimo, um dos seguintes princípios norteadores: estar relacionados à inovação e ao incremento da cooperação científica com empresas; objetivar a formação de recursos humanos em projetos de inovação ou treinamento em áreas tecnológicas; resultar em aumento da competitividade das empresas de base tecnológica, em consonância com a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP); aumentar qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do país; apoiar grupos de pesquisa qualificados para dar suporte à competitividade internacional da pesquisa brasileira; contemplar a inovação, ter relevância regional ou estar inserido em uma política de desenvolvimento local; e, resultar em adensamento tecnológico e dinamização de cadeias produtivas.

O investimento da Capes/Finep previsto neste edital é de R$ 17,1 milhões. Cada projeto poderá ter até três bolsistas. Os itens financiáveis são: bolsa mensal de R$ 3,3 mil e R$ 12 mil anuais, por bolsista, para compra de material de custeio. Os projetos apoiados pelo Edital PNPD/2009 terão duração de até 60 meses. A seleção, implementação e gerenciamento dos projetos serão realizadas pela Capes.

Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail pnpd_inscricao2009@capes.gov.br

Reitores querem impulsionar pós graduação nas Ifes

Os reitores das universidades federais querem impulsionar a pós-graduação e o desenvolvimento científico no país, especialmente em regiões como o Norte e o Nordeste. Em parceria com os ministérios da Educação (MEC) e da Ciência e Tecnologia (MCT), está em elaboração um projeto para reestruturar os programas de mestrado e doutorado nas instituições federais de ensino (Ifes). A ideia é lançar o Programa de Apoio a Pós-Graduação (PAPG) ainda em 2009.

A proposta é inspirada no Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que ampliou vagas e campi em todo o país. De acordo com o novo presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Alan Barbiero, a pós-graduação brasileira é um exemplo internacional e cresceu muito nos últimos anos, mas necessita superar algumas desigualdades.

“Precisamos expandir ainda mais, principalmente no sentido de reduzir as assimetrias regionais. A pós graduação cresceu, mas de forma concentrada, majoritariamente na Região Sudeste. Precisamos de uma política mais agressiva para que ela avance nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, defende Barbiero, que é reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Barbeiro avalia que as regiões que receberam novos campi universitários com o Reuni agora precisam consolidar o processo com um “forte incentivo à pós-graduação”. “Quando você cria um curso de mestrado ou doutorado naquela média cidade, você atende uma demanda da sociedade e estimula o desenvolvimento científico daquela região. Nós estamos vivendo um momento em que o desenvolvimento do país se interiorizou. As regiões mais dinâmicas não estão restritas ao Rio de Janeiro e a São Paulo”, compara.

O programa deverá investir na infraestrutura de laboratórios, na formação e na fixação de mestres e doutores no território nacional de forma equitativa. Além da predominância de grupos de pesquisa em regiões específicas do país, a Andifes avalia que os trabalhos também se concentram em certas áreas do conhecimento. O objetivo do PAPG é acabar com essa discrepância.

“A pós-graduação hoje se concentra em áreas do conhecimento como as ciências biológicas e agrárias, mas outras áreas como as humanas tiveram um desenvolvimento mais tímido”, aponta. Segundo Barbiero, o projeto foi bem recebido pelos ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Será formada uma comissão para definir as linhas principais do programa e a ideia é que haja previsão no orçamento das pastas para 2010. Na primeira fase do PAPG, os recursos vão vir de programas que já são voltados para o investimento em pesquisa. Segundo Barbiero, ainda não foi estabelecido o montante que será necessário para fazer essa reestruturação. 

“O MEC e o MCT vão ser protagonistas, mas a gente busca uma ação interministerial articulada, incluindo os ministérios da Agricultura, da Indústria e Comércio, a Casa Civil e a própria Confederação Nacional da Indústria. Vamos fortalecer a pós-graduação como elemento estratégico do desenvolvimento nacional”, afirma.

Estudo recebe Menção Honrosa no Prêmio Capes 2008

A tese “Characterization of poly-hydroxybutyrate-hydroxyvalerate (PHB-HV)/corn starch blend films” (Caracterização de filmes de blenda de polihidroxibutirato-hidroxivalerato (PHB-HV) / amido de milho), defendida pela então doutoranda Kelen Cristina dos Reis, recebeu uma Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2008.

O estudo foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Lavras (Ufla), sob a orientação da Profa. Joelma Pereira, do Departamento de Ciência dos Alimentos.

Divulgação

Misturando polímeros

Os filmes plásticos (obtidos a partir de polímeros), devido a características como transparência, resistência e baixo custo, são amplamente utilizados nas mais diversas aplicações, inclusive para embalagens de alimentos. No entanto, devido à sua dificuldade de degradação (mais de 100 anos) e à exaustão das reservas mundiais de petróleo, o uso de polímeros constitui um problema ambiental significativo.

Em contrapartida, as pesquisas na busca de materiais biodegradáveis sejam eles embalagens, materiais de consumo ou outros, estão avançando em ritmo acelerado. Novas tecnologias com polímeros biodegradáveis adicionados a plásticos convencionais e outros materiais que diminuem o tempo de degradação dos mesmos já estão disponíveis no mercado.

Um exemplo disso é o polihidroxibutirato-co-valerato (PHB-HV), um polímero 100% biodegradável que pode ser produzido por bactérias a partir da cana-de-açúcar. No entanto, apesar da vantagem no critério ambiental, o PHB-HV não é largamente utilizado devido ao seu alto custo e também por ser menos flexível, com aplicações mais limitadas que os sintéticos.

Em sua pesquisa, Kelen fez misturas de PHB-HV com amido de milho (um polímero natural) e realizou várias análises do material obtido a partir dessas misturas.

Feitas as análises necessárias, a então doutoranda conseguiu obter propriedades desejáveis para uma possível aplicação desse material como embalagem, o que certamente fará com que o material continue sendo alvo de pesquisas na Ufla. 

“A grande vantagem dessa mistura com o amido de milho é que, além de ser biodegradável, o novo material possui um custo muito mais baixo do que os polímeros convencionais, produzidos a partir do petróleo”, comentam as pesquisadoras Kelen e Joelma.

Balanço supera expectativas dos organizadores

Antes mesmo de encerrar as atividades da 12ª edição da Expocafé, os organizadores comemoram os resultados alcançados pela feira. Foram mais de 40 mil visitas registradas em mais de 250 estandes montados em uma grande áreada Fazenda Experimental da Epamig, em Três Pontas, entre os dias 17 e 19 de junho. Ainda não foi divulgado o volume dos negócios realizados, mas estima-se um valor da ordem de R$ 250 milhões. Isso sem falar no aquecimento da economia local, que registrou um acentuado aumento no comércio e na rede hoteleira.

“São números que fazem do evento um sucesso absoluto em público, negócios e transferência de tecnologia e mecanização para facilitar a vida do produtor de café”, afirma o presidente da Expocafé, prof. Nilson Salvador. Segundo ele, nem mesmo a crise econômica que o mundo vive atualmente desestimulou produtores e empresas do setor de cafeicultura. “Mais uma vez contamos com o decisivo apoio dos nossos parceiros e conquistamos novas empresas que apostaram na credibilidade do evento e decidiram expor suas marcas e produtos”.

Em 2008, o volume de negócios girou em torno de R$ 212 milhões. A expectativa deste ano é de que este valor fique acima dos R$ 250 milhões, graças ao importante apoio do Sebrae/MG que duplicou seu espaço para receber os investidores. Foram contabilizadas 10 mil visitas a mais do que o registrado no ano passado, quando a feira recebeu 30 mil participantes.

Salvador explica que antes mesmo do início das atividades da feira, os números já indicavam sucesso garantido. “A grande quantidade de empresas e pessoas interessadas em participar da Expocafé foi tão grande que foi necessária a ampliação da área física da Feira em 20% se comparamos com a estrutura montada no ano passado. 192 empresas demonstraram para os produtores as mais modernas tecnologias em produtos e maquinários para facilitar a vida do cafeicultor, aumentar a produção, proporcionando ao mercado um café de mais qualidade”.

A Expocafé contou com dinâmica de máquinas destinadas à cafeicultura e semeadura, campo demonstrativo de defensivos e fertilizantes, exposição de equipamentos e maquinários em funcionamento, palestras, rodada de negócio aulas de culinária e dia de campo. Pesquisadores, representantes da indústria e cafeicultores de todo o país e do exterior marcaram presença na feira. “Tivemos a presença de um grupo de pesquisadores e empresários americanos que vieram conferir toda a estrutura da feira e as novidades do setor. Registramos, também, a visita de diversos produtores da Colômbia”, comenta Salvador.

O substancial crescimento da Expocafé tem demonstrado sua importância no cenário da cafeicultura e até de outros segmentos da agropecuária. A feira oferece, também, diversas oportunidades para o homem do campo aprimorar sua produção, seja ela de café ou de outras culturas. “Oferecemos aqui a mais moderna tecnologia em maquinários agrícolas para contribuir com o crescimento do agronegócio. A Expocafé é, sem dúvida, uma excelente oportunidade de busca de tecnologia, conhecimento e integração de classes”, finaliza o prof. Nilson Salvador.

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Grupo G-óleo promove seminário sobre gestão de resíduos

A destinação do lixo produzido pela população está se tornando um dos problemas mais graves da atualidade. Muitos pesquisadores têm se dedicado a buscar alternativas para resolver essa situação. O grupo de estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel (G-Óleo) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desenvolve um amplo trabalho para desenvolver tecnologias de gestão integrada de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos gastronômicos na cidade de Lavras. Essas medidas serão apresentadas durante seminário sobre a Gestão de Resíduos em Restaurantes, na próxima terça-feira, das 09h às 12h, no anfiteatro do Laboratório de Sementes, no campus universitário. A entrada é gratuita.

Os pesquisadores explicam que o aproveitamento integrado de resíduos gerados pela indústria alimentícia e estabelecimentos gastronômicos (restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, supermercados e outros) pode evitar o encaminhamento destes materiais aos aterros sanitários, permitindo o estabelecimento de novas alternativas empresariais e minimizando o impacto ambiental. O descarte dos diferentes tipos de óleo, por exemplo, que são lançados diretamente na rede coletora de esgoto, chegam a encarecer o tratamento de efluentes em até 45%. A presença de óleos nos esgotos pode entupir encanamentos, além de provocar graves problemas de higiene e mau cheiro.

“A reciclagem é uma forma muito atrativa de gerenciamento destes resíduos, pois transforma o lixo em insumos, com diversas vantagens ambientais. Pode contribuir para a economia dos recursos naturais, assim como para o bem estar da comunidade.”, afirmam os coordenadores do grupo G-óleo, professores Pedro Neto a Antônio Fraga. Segundo eles, a maior parte das cidades brasileiras destina de maneira precária seus resíduos sólidos. “Em Minas Gerais, a realidade não é diferente, pois a maioria dos municípios dispõe o lixo em área imprópria, provocando degradação social e ambiental, poluindo a águas, o solo e o ar, além de propiciar a multiplicação de roedores, insetos e outros animais transmissores de doenças e causar sérios danos à saúde humana”, ressaltam.

Estima-se que cerca de 70% da população jogam o óleo usado na pia da cozinha, enquanto aproximadamente 20% colocam junto ao lixo doméstico na forma de resíduos sólidos. Depois de retirados os resíduos sólidos, os óleos residuais podem ser utilizados para fabricação de sabão, rações, detergente biodegradável, massas para vidros, cola, tintas industriais e biodiesel, e a sua reciclagem como biocombustível alternativo além de retirar do meio ambiente um poluente, permitirá a geração de uma fonte alternativa de energia, atendendo a duas necessidades básicas de uma só vez, auxiliando na diminuição da importação do petróleo para suprir a demanda por diesel.

Registro de patentes das universidades quadruplicou

As grandes universidades ultrapassaram uma dezena de tradicionais empresas inovadoras e hoje são responsáveis pela maioria dos pedidos de patentes para novos produtos no Brasil. Entre 2001 e 2008, as maiores universidades protocolaram 1.359 solicitações junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), superando os 933 pedidos das dez empresas que mais inovam. O resultado contraria a percepção de que a academia não transforma conhecimento em produto.

Na década de 90, as empresas superavam as universidades por larga vantagem quando o assunto era inovação. Entre 1992 e 2000, as empresas brasileiras depositaram 1.029 patentes, contra 353 das universidades. Os dados fazem parte de um estudo da Prospectiva Consultoria ,que catalogou os pedidos de um grupo de dez empresas e dez universidades que mais inovam. O levantamento incluiu apenas as empresas de capital nacional.

Segundo Ricardo Sennes, diretor-executivo da Prospectiva, alguns fatores explicam a guinada das universidades em relação às empresas na inovação: o governo aumentou o volume de recursos destinado as universidades; um novo arcabouço jurídico permitiu que o pesquisador recebesse parte dos royalties pelo invento; e as universidades estão mais conscientes da importância das patentes e criaram núcleos especializados em auxiliar os pesquisadores no processo de solicitação.

"O conhecimento que se cria na academia não é facilmente transferido para a sociedade. Estamos tentando promover uma mudança cultural na universidade", disse José Aranha Varela, diretor da agência de inovação tecnológica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que foi criada em março de 2009, substituindo um núcleo da universidade sobre o assunto, fundado em 2007.

Varela contou que a Unesp possui hoje 88 pedidos em análise no Inpi – o que significa um aumento de um terço em relação aos 50 pedidos que existiam em 2007, quando o núcleo começou suas atividades. Ele disse que a universidade incrementou o trabalho nessa área incentivada pela lei de inovação e passou a oferecer aos pesquisadores 30% do que é arrecadado com as patentes.

Nas universidades, a maioria das patentes está na área de saúde: medicina, química, bioquímica, farmácia, ciências agrárias e outras áreas correlatas. E também há uma forte concentração no eixo Rio-São Paulo. "A área que mais cresce é farmácia, porque essas empresas realmente precisam das patentes para fazer valer seus investimentos. Também por isso procuram mais as universidades e querem os pesquisadores como parceiros", disse Maria Aparecida de Souza, diretora técnica de propriedade intelectual do Inovação da Universidade de São Paulo (USP).

Na USP, existe um grupo para cuidar do requerimento de patentes desde 1986, mas que só ganhou o status de agência em 2005, o que trouxe mais verba e estrutura. Para incentivar os pesquisadores, a maior universidade do Brasil oferece 50% de participação nos royalties. Os pedidos de patentes deram um salto na USP: 34 em 2006, 82 em 2007 e 76 no ano passado. De janeiro a maio de 2009, já foram registrados mais 15 pedidos.

Para Maria Aparecida, um importante fator de estímulo para o professor patentear sua pesquisa ocorreu quando as agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), passaram a considerar o número de patentes na hora de aprovar financiamentos. Antes, valiam pontos apenas a publicação de textos acadêmicos em revistas especializadas.

Os especialistas elogiam o atual arcabouço de leis no país para estimular a inovação, mas dizem que ainda há bastante a ser feito, principalmente para aproximar empresas e pesquisadores. Varela, da Unesp, critica o fato de as universidades públicas serem obrigadas a promover licitações para fechar contrato com uma empresa depois de patenteado o produto, mesmo que uma empresa específica esteja financiando a pesquisa desde o início. "No Brasil, os doutores estão dentro das universidades e não nas empresas", disse Maria Aparecida, da USP.

Os dados da Prospectiva apontam ainda que os pedidos de patentes das empresas são mais sensíveis às variações econômicas do que nas universidades, que se financiam com recursos públicos. Em média, as solicitações de patentes pelas empresas se mantêm estáveis ao longo tempo, mas há um pico em 1996 e em 2006, com quedas significativas entre 1998 e 2002, período que coincide com um fraco desempenho da economia brasileira, que desmotivou as empresas a investir em pesquisa.

No balanço geral de 1992 a 2008, as empresas ainda superam as universidades com 1.962 patentes depositadas no Inpi, contra 1.712. Na avaliação dos especialistas, o problema é que as empresas não deslancharam suas pesquisas, apesar dos benefícios tributários previstos na Lei de Inovação e na Lei do Bem. O desencanto com o processo de concessão de patentes pode ser um fator de desestímulo para as empresas. A pesquisa da Prospectiva apontou que o tempo médio de concessão de patentes é de 5,8 anos. Alguns pedidos chegaram a demorar 11 anos. 

De acordo com Sennes, dois pontos chamam a atenção no ranking das empresas mais inovadoras: a amplitude de setores e a presença de multinacionais brasileiras. "Isso demonstra que presença global e investimento em pesquisa e tecnologia caminham juntos", disse. Entre as companhias, a principal área de inovação é a manufatura, com destaque para petróleo, metalurgia, máquinas e equipamentos.

A Petrobras aparece muito à frente como a empresa mais inovadora do país, com 1.113 pedidos de patentes no Inpi ao longo do tempo. A estatal também possui 194 patentes concedidas e 83 em análise nos Estados Unidos. Fazem parte do ranking de patentes empresas ligadas à venda de commodities, como Vale, Usiminas e CSN, mas também estão presentes a Grendene (calçados) e a Natura (cosméticos). Nos últimos dois casos, o medo da pirataria, principalmente procedente da Ásia, pode ser um fator decisivo para investir em patentes.

O estudo da Prospectiva aponta uma queda abrupta do registro de patentes do país em 2007 e 2008, mas os autores ressaltam que esses dados ainda são preliminares para serem considerados uma tendência, porque, segundo eles, as estatísticas do Inpi são divulgadas com atraso.

Raquel Landim – Valor Econômico, 12/6

Programa prevê cooperação científica de Brasil e Alemanha

O Programa Brasil-Alemanha (Probral), fruto de parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Serviço Alemão de Intercâmbio (DAAD), está com novo edital aberto. As inscrições vão até o dia 28 de agosto.

 

O objetivo do programa é apoiar projetos conjuntos de pesquisa e cooperação científica das instituições de ensino superior (IES) do Brasil e da Alemanha que promovam a formação em nível de pós-graduação (doutorado sanduíche e pós-doutorado) e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores.

 

O concurso visa selecionar projetos conjuntos de pesquisa com o início das atividades no ano de 2010. A seleção das propostas consistirá de quatro fases, respectivamente: verificação da consistência documental; análise do mérito; priorização das propostas previamente aprovadas e reunião mista entre a Capes e o DAAD, para decisão final.

 

Cada proposta de projeto conjunto de pesquisa deverá planejar suas atividades considerando a duração de dois anos, podendo ser prorrogada por igual período conforme critérios das agências financiadoras.

 

Entre os requisitos para a candidatura de proposta estão os seguintes: estar vinculada a um Programa de Pós-Graduação avaliado pela Capes, preferencialmente com conceitos 5, 6 ou 7; contemplar a formação de pós-graduandos e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores vinculados aos referidos programas; e prever a publicação conjunta de artigos científicos e ter como meta o desenvolvimento científico e tecnológico dos grupos de pesquisa envolvidos.

Curso oferece práticas em horticultura familiar

Uma boa oportunidade para quem quer se qualificar, ganhar uma renda extra e ainda incrementar a alimentação diária. O curso de Horticultura Familiar, desenvolvido pelo projeto de extensão da Ufla Galpão Cidadão, está oferecendo vagas para jovens a partir dos 17 anos. Os interessados devem procurar uma das cinco escolas municipais cadastradas para realizarem suas inscrições gratuitamente. As atividades terão início no próximo sábado, dia 20, das 13h ás 17h.

 

Os cursos serão realizados na sede das seguintes escolas municipais: Álvaro Botelho, Padre Dehon, Francisco Sales, Paulo Lourenço Menicucci e José Serafim. Serão aulas teóricas, aliadas com a prática de horticultura, que vão proporcionar o aproveitamento de quintais e terrenos urbanos com o plantio de hortaliças.

 

Os participantes receberão material didático e um kit de ferramentas que inclui carrinho de mão, regador e enxadas. Ao final do curso será emitido um certificado.

 

O projeto Horticultura Familiar é uma realização da Ufla, através do Departamento de Administração e Economia (DAE), em parceria com a Fundação PE. Dehon e patrocínio da Petrobras.

Cnen abre seleção de iniciação científica

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCT), junto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), abre processo de seleção de iniciação científica para universitários. Os interessados devem estar matriculados em Instituição de Ensino Superior, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), ter bom desempenho acadêmico e dedicação total à pesquisa.

 

O prazo para se inscrever segue até o dia 20 de julho. Serão disponibilizadas bolsas de R$ 300 paras as áreas de Biologia, Biomédicas, Bioquímica, Ecologia, Engenharia, Farmácia, Física, Odontologia, Química e áreas correlatas.

 

No ato da inscrição o aluno deve apresentar uma carta do orientador justificando o pedido de concessão de bolsa; curriculum Lattes; histórico escolar; comprovante de matrícula no curso de graduação; ficha de inscrição (anexa no edital); plano de trabalho e o projeto de pesquisa.

 

O processo seletivo ocorre nos dias 3 e 4 de agosto. O resultado final dos Programas CNPq/Pibic e Cnen/Probic sai em 7 de agosto. Mais informações sobre o edital podem ser encontradas no http://www.cnen.gov.br.

Autoridades reconhecem importância do café na história do Brasil

“A história do Brasil foi escrita com tinta de café”. A afirmação do escritor Coelho Neto, citada pelo reitor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), prof. Antônio Nazareno Guimarães Mendes, durante a solenidade de abertura da XII Expocafé, na manhã de quarta-feira, dia 17, retrata a decisiva contribuição que o agronegócio café representou no desenvolvimento do Brasil. Sentimento compartilhado por autoridades e produtores que prestigiaram o início das atividades da feira, que se estende até o próximo dia 19, e oferece mais de 250 estandes expondo as mais modernas tecnologias para auxiliar na produção. O evento acontece na Fazenda Experimental da Epamig, em Três Pontas, MG.

Helder Tobias / Ascom Ufla

Durante seu discurso, o reitor da Ufla reconheceu a importante contribuição que eventos como a Expocafé trazem para o produtor. “Neste período em que vivenciamos um momento de crise, só se sobressai quem apresenta um diferencial competitivo no mercado. Em 12 anos de história, a Expocafé, com certeza, contribuiu, e muito, com diversos produtores que hoje conseguem minimizar os efeitos dessa situação econômica por terem adotado as tecnologias e as inovações apresentadas durante a feira”.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de MG, Gilman Viana Rodrigues, que representou o governador Aécio Neves, investimentos em novas tecnologias e mecanização das lavouras do café representam uma preocupação que os produtores devem ter para vivenciar novos avanços no setor. “A Expocafé é um grande evento que representa o valor de quem sabe que o futuro depende do que estamos fazendo hoje. Hoje temos uma grande prova de que estamos empenhados em fazer o melhor para o setor do agronegócio café”. 

A união de esforços para alavancar o setor de cafeicultura para vencer, de forma inteligente e construtiva, os desafios que estão surgindo nos dias atuais. Essa foi a tônica do discurso do presidente da Expocafé, prof. Nilson Salvador, que creditou à feira uma excelente oportunidade para os participantes estarem em contato com a tecnologia, através das inúmeras empresas do setor que expõem maquinários modernos e avançados e a interação com produtores de todo o país. “Juntamente com a responsabilidade social, procuramos evidenciar a mecanização da cafeicultura. Isto porque a mecanização é uma ferramenta para auxiliar no desenvolvimento do setor, objetivando, assim, alcançar melhores condições na produção".

A ExpocaféA Expocafé vem contribuindo de forma substancial no desenvolvimento da cafeicultura social, notadamente na região do sul de Minas, tornando-a mais competitiva. A feira articula ensino e pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Ufla e a sociedade. Essa interação estabelece a troca de saberes sistematizados, tendo como conseqüência a produção do conhecimento e a contribuição no desenvolvimento da produção de café no país. A feira conta com exposição, feira, palestras, fórum de debates, rodada de negócios, lançamentos e cozinha experimental com receitas a base de café.

A feira é um evento promovido pela Ufla e tem como patrocínio e apoio do governo federal, Ministério de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário. Governo de Minas, Prefeitura Municipal de Três Pontas, Cocatrel, Unicoop, Emater, Epamig, IMA, Sebrae, CNPQ e Crea.

Autoridades presentesParticiparam da solenidade de abertura a prefeita de Três Pontas, Luciana Ferreira Mendonça, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Dilson Melo; o diretor técnico da Epamig, Enilson Abrahão; o gerente do Pólo de Excelência do Café, Ednaldo Abrahão, representando o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de MG, Alberto Duque Portugal; o diretor de Programas Técnicos e Setoriais do CNPq, prof. José Oswaldo Siqueira; e o presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson José Ximenes Abreu.

Confira cobertura fotográfica: