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Transformar em Faculdade ou Instituto: Essa é a nossa opinião

No mundo animal e vegetal, plantas e animais nascem pequenos, crescem e desenvolvem gerando grandes árvores e animais fortes. As árvores, além de troncos e ramos, geram belas flores e frutos no sentido de perpetuar as espécies. No reino animal não é muito diferente, cruzamentos entre elementos da mesma espécie acontecem no sentido de procriar.

Algumas semelhanças ao mudo animal e vegetal podem ser encontradas no mundo organizacional. Muitas organizações nascem pequenas, crescem, desenvolvem geram filiais ou até mesmo se multiplicam em novos empreendimentos. Para que isso aconteça, proprietários e dirigentes dessas organizações se esforçam no sentido de criarem condições para crescimento, manutenção ou mesmo sobrevivência das mesmas no mundo dos negócios. Aquelas que conseguem sobressair sobre as demais são consideradas fortes ou até mesmo eleitas como exemplo de organizações competitivas. Por outro lado, muitas que não conseguem sobreviver no mundo competitivo dos negócios fecham as portas.

Ao analisar o Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras – Ufla pode-se dizer que este é um ótimo exemplo de organização que nasceu de uma boa semente (idéia) plantada ha mais de trinta anos. Após ter sua semente plantada em meandros de 1964, somente em 1975 é que nasceu a organização DAE, pequena, mas enraizada em solo fértil e bem cuidada por seus idealizadores.
Após trinta e dois anos de dedicação e trabalho de seus idealizadores, o DAE se transformou em uma organização madura, preparada para gerar novos ramos que possibilitará produzir muitos frutos. Com mais de trinta professores, dos quais 28 são portadores de título de doutor, o Departamento já oferece cursos de graduação e pós-graduação em administração nas modalidades presencial e à distância. A demanda por novos cursos e mesmo por parcerias e convênios têm crescido a cada dia. Oportunidades estão surgindo de todos os lados e em todo momento. Como aproveitar dessa situação? Na opinião da atual administração, a saída é a sua reestruturação transformando-o em uma faculdade ou instituto.

Outro aspecto que reforça essa opinião é o fato de os mercados cada vez mais globalizados e competitivos, por exemplo, estarem exigindo profissionais dotados de um senso crítico/criativo em relação aos problemas do setor onde desenvolverão suas atividades, considerando-o como um todo, seja nos aspectos técnicos, humanos, sociais ou políticos. O profissional deve estar suficientemente preparado e capacitado para discernir o grau de importância do desenvolvimento do setor onde trabalha, tanto na economia nacional como internacional, bem como nos seus inter-relacionamentos com outros setores da economia.

Acontece que muitos sistemas educacionais construídos para a formação de intelectuais se tornaram insatisfatórios para um ambiente cuja característica marcante é a mudança. O resultado é formação de indivíduos pouco adaptáveis às mudanças constantes, resultando na rejeição de seus produtos pela sociedade.

A nova educação universitária deve ser baseada em um currículo flexível, organizado em torno de mudanças de interesses e necessidades dos estudantes, oferecendo oportunidades de entrada e saída em diferentes momentos com menos ênfase em certificados como pré-requisitos para participação nas atividades.

Precisamos de um processo educacional continuado e permanente, uma vez que a educação formal não é suficiente para que o indivíduo possa viver o resto de sua vida. Grande parte da educação acontece fora do horário escolar, em local e hora da própria escolha do indivíduo. Além disso, o processo educacional deve ser capaz de desenvolver indivíduos com capacidade de continuar sua própria educação. O currículo deve promover oportunidade para que ele aprenda, principalmente, a ler, ouvir, observar, expressar-se e adquirir técnicas de obter informações.

Nesta nova visão do processo educativo, é necessário redefinir o papel do aluno, do professor e das universidades; rever as formas de avaliação, bem como refletir sobre o papel do educador e da educação. Implica, também, em uma revisão profunda nas estruturas e, principalmente, no modelo de gestão das universidades. É preciso ligar a educação à vida, associa-la a objetivos concretos, estabelecer uma correlação estreita com a sociedade e a economia, e, finalmente, criar e redescobrir uma educação em estreita simbiose com o ambiente.

A atual administração do Departamento de Administração e Economia já vêm promovendo algumas mudanças significativas. No nível de graduação, além do curso de bacharelado em administração, modalidade presencial, foi introduzido o curso de bacharelado em administração modalidade à distância. Essa nova linha de ação representa uma inovação no contexto da Ufla e a coloca no rol das universidades modernas.

No nível de pós-graduação Lato Sensu promoveu-se, a partir de 2004, uma reestruturação nos cursos oferecidos pelo departamento adequando-os aos novos ambientes de negócio. Atualmente o Departamento não só oferece treinamento como também promove a gestão de conhecimento por meio da oferta de mais de uma dúzia de cursos dentro de uma metodologia ultra moderna que é o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Com relação à pós-graduação stritu senso, o departamento vem esforçando para adequar os seus programas de mestrado e doutorado, consolidados e reconhecidos nacionalmente, às novas exigências dos órgão de fomento. A qualidade dos programas de pós-graduação deu ao departamento uma excelente visibilidade junto aos órgãos de fomento e de pesquisa. Contamos com apoio técnico e financeiro de órgãos como CNPq, Capes, Fapemig, entre outros. Vários professores têm acento em colegiados, conselhos, bancas e até mesmo na direção de órgão de fomento. Diversos conhecimentos e práticas na área de administração têm sido publicados em periódicos, livros, revistas e jornais na forma de artigos, opinião e capítulos. Mais recentemente nosso periódico foi elevado à categoria A nacional pela classificação Qualis.

Ainda relacionado a pós-graduação, o Departamento tem oferecido, em parcerias com outras universidades, cursos na modalidade MBA. Atualmente está sendo oferecido o MBA em Desenvolvimento Regional Sustentado, para funcionários do Banco do Brasil e outros cursos estão sendo negociados com empresas públicas e privados.

Visando fortalecer os cursos de graduação e pós-graduação, o departamento vem firmando diversos convênios com parceiros nacionais e internacionais para intercâmbios e prestação de serviços. Entre os parceiros do departamento estão o Banco do Brasil, universidades, secretarias de estado, empresas públicas e provadas. A cada dia novos convênios têm sido solicitados frente às competências desenvolvidas no departamento.

As mudanças realizadas, bem como, a incorporação de novas atividades requererem alterações na estruturas físicas e de pessoal. Em termos de estrutura física, vários equipamentos foram adquiridos e benfeitorias foram reformadas. No âmbito dos recursos humanos, além de contratações de profissionais treinados em universidades nacionais e internacionais, foi estimulado o treinamento dos docentes já existentes nos níveis de doutorado. Com relação a servidores técnicos administrativo, apesar das limitações financeiras e institucional, vários esforços tem sido dedicado no intuito de montar equipes competentes. A prestação de um serviço de qualidade aos clientes internos e externos tem sido o alvo da atual administração. Para isso ações têm sido evidenciadas no sentido de buscar a profissionalização de toda a equipe.

A ampliação das ações do departamento, também, passou a exigir do departamento uma estrutura organizacional mais alinhada aos seus propósitos. A grande amplitude administrativa da estrutura atual dificulta o aproveitamento das potencialidades do corpo de professores e técnicos administrativo, bem como, da estrutura física existente. Dessa forma, um novo arranjo organizacional deve ser buscado urgente visando aproveitar as potencialidades bem como ás oportunidades existentes no mercado.
Acreditamos que uma estrutura na forma de faculdade ou instituto daria maior flexibilidade e agilidade no desenvolvimento de suas ações, bem como, potencializa seu crescimento nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Nossa sugestão é de que a nova estrutura seja de um instituto ou faculdade composta por quatro áreas básicas de conhecimento (administração, economia, sociologia, e contabilidade). Os professores seriam credenciados na área do conhecimento de acordo com a formação/especialização e cada a área teria um professor coordenador. Os assuntos ligados à área do conhecimento seriam discutidos/aprovados em assembléias constituídas pelos professores a ela credenciados e os assuntos ligados ao instituto/faculdade seriam discutidos/aprovados em assembléias constituídas pelos coordenadores de área e o coordenador/diretor administrativo cuja responsabilidade seria a de zelar pelos assuntos operacionais e gerenciais da organização. A estrutura ora apresentada permitirá, futuramente, a incorporação de outras áreas do conhecimento como educação física, educação, direito, comunicação e sistema de informação. Transformando em um horizonte bem próximo no Instituto ou Faculdade de Ciências Humanas e Sociais. Precisamos pensar nisso urgentemente.

Antônio Carlos dos Santos
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração e chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras.
E-mail: acsantos@ufla.br

Ricardo Souza Sette
Engenheiro Agrônomo, mestre e doutor em administração e Sub-chefe do Departamento de Economia e Administração da Universidade Federal de Lavras.

Só piso salarial não é suficiente para valorização dos profissionais da educação, diz Haddad

Agência Brasil, 06/11/07

Deborah Souza

Brasília – A valorização profissional dos trabalhadores em educação é o ponto principal do debate sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) que acontece hoje (6) e amanhã (7), em Brasília, com o Ministério da Educação (MEC) e representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

De acordo com o MEC, mais de 50% dos professores da educação básica trabalham 40 horas semanais para ganhar menos de R$ 800 por mês. Em outubro, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou um projeto de lei que aumentava o salário dos professores com formação em nível médio para R$ 950. Segundo, a CNTE, “apesar de não ser o crescimento ideal”, com a proposta ficaria mais fácil chegar ao piso de R$ 1.050.

Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, além do piso, é preciso aprovar diretrizes de carreira e criar um sistema público de formação do magistério. “O piso não é suficiente, é uma parte do que nós precisamos fazer para valorizar o magistério.”

Os profissionais da educação reivindicam também um plano de carreira, que está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo Haddad, o projeto de lei ainda não evoluiu poque o Congresso deu prioridade ao debate sobre o piso.

Haddad acredita que a valorização dos profissionais da educação ajuda a melhorar a qualidade na educação básica brasileira, além dos demais programas que compõem o PDE, como alfabetização de jovens e adultos e educação profissional.

Para Haddad, o PDE se resume em uma frase, “transformar a educação em um valor central”.

1º Fórum sobre as Instituições Federais de Ensino Superior

Portal TCU, 06/11/07

O Tribunal de Contas da União (TCU) promove, com o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SESu/MEC) o 1º Fórum sobre as Instituições Federais de Ensino Superior.

O Fórum tem como objetivo discutir problemas administrativos e institucionais, bem como alinhar entendimentos e buscar soluções para os principais problemas vivenciados por essas instituições de ensino.

O evento será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, no auditório do TCU, e para ele estão sendo convidados representantes das instituições federais de ensino superior, da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministério da Saúde, Educação, Planejamento e Ciência e Tecnologia, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das comissões ligadas à educação, à saúde e ao orçamento do Congresso Nacional, do Ministério Público da União, da Advocacia-Geral da União, dos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios, da Controladoria-Geral da União, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Secretaria de Relações Institucionais (SPAI/Presidência da República), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Superior (MEC).

Não será concedido certificado de participação.

Inscrições no site do TCU a partir de 09.11.2007.

Excelência no campo: Ufla entre as três melhores do País nas Ciências Agrárias e Veterinária

Foram realizadas no último dia 23 de outubro, em São Paulo, as solenidades da Editora Abril, com a finalidade de apontar e premiar as melhores instituições de ensino superior do país, bem como as que se destacam em cada uma das áreas específicas, a saber: Economia e Gestão; Ciências Agrárias e Veterinária; Ciências da Natureza; Ciências da Saúde; Ciências do Bem-Estar; Matemática e Informática; Ciência da Sociedade; Serviços; Comunicação e Informação; Artes e Design; Ciências dos Materiais; Elétrica e Mecânica; Arquitetura e Construção. Na área “Ciências Agrárias e Veterinária” as finalistas foram a Universidade Federal de Lavras (Ufla), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Em 2007, o Guia do Estudante, publicado pela Editora Abril, concedeu estrelas a 2.873 cursos superiores. Os cursos que receberam cinco estrelas foram considerados excelentes; quatro estrelas, muito bons e três estrelas, bons. Os cursos avaliados da Ufla foram “estrelados” como segue: Zootecnia recebeu 5 estrelas; Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Administração, 4 estrelas e Ciência da Computação, 3 estrelas.

Para o reitor da UFLA em exercício, professor Ricardo Pereira Reis, que representou a instituição no evento, “este resultado demonstra que a missão da Universidade Federal de Lavras está sendo cumprida, revelando a preocupação com a formação de profissionais qualificados e geração, transmissão e disseminação de conhecimentos científicos e tecnológicos, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão.comenta.

O Guia do Estudante estabeleceu critérios para a avaliação, definindo que os cursos avaliados deveriam atender dois pré-requisitos: ter titulação de bacharelado (salvo duas exceções: pedagogia e educação física) e possuir turma formada há pelo menos um ano.

Para a definição do resultado final, algumas etapas foram cumpridas. As instituições de ensino preencheram questionários detalhados sobre cada curso, que por sua vez foram encaminhados a consultores rigorosamente selecionados, os quais emitiram parecer e atribuíram conceitos. De posse desta avaliação, foi definido o número de estrelas para cada curso.

Horto de plantas medicinais da Ufla recebe visita de crianças de escolas lavrenses

Estudantes das séries iniciais do Instituto Presbiteriano Gammon (IPG) visitaram a Universidade Federal de Lavras (Ufla) na tarde do último dia 30 de outubro. O objetivo da visita foi conhecer o Horto de Plantas Medicinais do Departamento de Agricultura da Ufla.

Com intuito de proporcionar aos estudantes, oportunidades de contato próximo e maior conhecimento das plantas medicinais (suas finalidades, seus usos em medicamentos e culinária, etc), as crianças aprenderam brincando no meio de várias espécies de Plantas Medicinais.

A responsável pelas crianças visitantes foi a professora Taísa Cristina Alvarenga que contou com o apoio de outras professoras das séries iniciais, a saber: Roselma Silva, Helena Maria Brasil Airão e Ana Maria de Lima Vilela (todas do IPG).

Flaviana Carvalho, mãe de uma das alunas (Stella) da série inicial da Professora Roselma (IPG), ressalta a importância do trabalho da Ufla por meio do Departamento de Agricultura e parabeniza a todos pelo êxito dessas visitas. “A UFLA/ Departamento de Agricultura propiciou uma oportunidade para que minha filha, colegas e professores pudessem compreender os potenciais e usos das plantas medicinais em nosso cotidiano. Foram também repassadas informações sobre a preservação do meio ambiente e cultura indígena. Parabéns a todos!”, comenta.

Para o responsável técnico do Horto de Plantas Medicinais da Ufla, técnico-adiministrativo Luiz Gonzaga do Carmo, “é um ótimo trabalho de extensão da Ufla, feito com alunos de escolas públicas e privadas, pois são conhecimentos básicos que nós passamos para eles. É muito bom trabalhar com crianças”, finaliza.

As escolas que quiserem agendar visitas deverão enviar ofício ao coordenador do Horto, Professor José Eduardo Brasil, do Departamento de Agricultura, solicitando o agendamento. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone (35) 3829-1553.

FAPEMIG divulga resultado do edital de Biocombustíveis

A FAPEMIG acaba de divulgar o resultado do edital ‘Programa mineiro de desenvolvimento tecnológico e produção de biocombustíveis’ que visa financiar projetos de desenvolvimento e transferência de tecnologias para produção de biocombustíveis no Estado. Das 29 propostas recebidas pela FAPEMIG, 12 foram aprovadas, no montante de R$2,2 milhões, que serão aplicados em projetos de pesquisas científicas. A instituição que se destacou foi a Universidade Federal de Viçosa, com 4 das 12 aprovações.

As propostas irão apoiar a estruturação de um pólo de excelência na área. Elas foram apresentadas dentro de áreas específicas: aperfeiçoamento dos sistemas e custo de produção de espécies vegetais destinadas à geração de bioenergia; avaliação de sistemas de produção, introdução e testes de cultivares de espécies oleaginosas para a região norte de Minas; e produção de sementes melhoradas, de espécies vegetais, destinadas à produção de bioenergia.

Os crescentes preços do petróleo recentemente tornaram fontes alternativas de combustíveis economicamente viáveis e criaram uma série de oportunidades, dúvidas e desafios. Ao oferecer incentivos à pesquisa, a FAPEMIG cria novas oportunidades de investimentos, que resultam na redução da pobreza e expande o desenvolvimento econômico. Com o ‘Programa mineiro de desenvolvimento tecnológico e produção de biocombustíveis’, a FAPEMIG e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior impulsionam Minas Gerais na direção exata que mira o progresso e corrobora sua força científica no cenário brasileiro.

Para conferir a relação dos projetos aprovados, acesse o endereço eletrônico, clique aqui

A FAPEMIG também disponibiliza uma lista de projetos não aprovados. Para visualizá-los, clique aqui

Informações:

Assessoria de Comunicação Social / FAPEMIG
Telefones: (31) 3280-2141 / 2105
acs@fapemig.br

35 federais aderem ao Programa de Reestruturação e Ampliação de Vagas – Reuni

Portal MEC, 30/10/07

Das 54 universidades federais, 35 aderiram ao programa Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) nesta primeira fase. Elas receberão recursos no primeiro semestre de 2008. Mais 18 universidades podem aderir na segunda fase, entre 30 de outubro e 17 dezembro. O primeiro prazo para o envio de propostas de reestruturação para o Ministério da Educação terminou nesta segunda-feira, 29.

O programa quer aumentar o número de vagas, reduzir taxas de evasão, ampliar a mobilidade estudantil e articular a educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica.

Uma comissão da Secretaria de Educação Superior vai analisar tecnicamente as propostas apresentadas segundo a meta global do Reuni: elevar, em cinco anos, a taxa de conclusão média dos cursos presenciais para 90% e a relação de alunos de graduação em cursos presenciais para 18 alunos por professor. Após a avaliação técnica, uma comissão, composta por 76 professores e pesquisadores, fará o exame do conteúdo das propostas. As sugestões devem atender ao decreto que instituiu o programa.

As propostas das instituições devem contemplar redução das taxas de evasão, aumento de vagas de ingresso no ensino noturno, revisão acadêmica, diversificação das modalidades de graduação, e articulação da educação superior com a pós-graduação e com a educação básica. As universidades deverão flexibilizar os currículos para facilitar a mobilidade estudantil, intensificar o uso de tecnologias de apoio à aprendizagem e garantir a inclusão social.

O MEC divulga a lista das propostas aprovadas em 7 de dezembro. As universidades que não tiveram projetos aprovados podem apresentar recursos até 12 de dezembro. A lista definitiva das universidades que têm orçamento garantido para o primeiro semestre de 2008 sai em 21 de dezembro. As universidades assinarão um acordo de metas, com determinação de recursos e prazos das propostas.

:: Balanço
Os conselhos universitários de 11 das 35 universidades aprovaram a adesão por unanimidade (UFMT, UFTM, UFBA, UFAM, UFGD, UFSJ, UFMS, UFS, UFV, FFFCMPA e UFLA). Na votação do conselho de outras 11 universidades, houve abstenção, mas a UniRio teve o maior número: dos 75 conselheiros, 19 não votaram; 50 votaram a favor e 6 contra.

:: Recursos
O total de investimentos previstos, que não inclui despesas de custeio e pessoal, é de R$ 2 bilhões entre 2008 e 2011. Adicionalmente, o orçamento de custeio e pessoal aumentará gradativamente até atingir, ao final de cinco anos, 20% a mais do orçamento executado em 2007.

Alimentos continuam pressionando a inflação

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 0,81%, no mês de outubro, a segunda maior taxa do ano. Em setembro, o índice havia sido de 0,57%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela UFLA, em 2007, está acumulada em 4,65%.

Entre os onze grupos que compõem o IPC da UFLA, a taxa de inflação de outubro ficou localizada principalmente na categoria alimentos, a exemplo dos meses anteriores, que teve alta, em média, de 3,58%. Os preços dos produtos in natura subiram 2,01%, bem como os dos semi-elaborados, que ficaram mais caros 5,67%; os alimentos industrializados aumentaram 2,41%. A inflação do mês de outubro teve forte influência das carnes; a bovina subiu 8,3%; a suína, alta de 8,03% e a carne de frango, aumento de 4,71%. O preço pago pelo feijão também teve impacto na inflação do mês, ficando mais caro 3,87%.

O segmento de leite e laticínios continua puxando a taxa de inflação, a exemplo dos meses anteriores, mas já em menor intensidade. Para o consumidor, o leite tipo C aumentou 5,18%; o longa vida, 4,62%; o leite em pó, 3,74%; o queijo teve um aumento de 4,67% e o iogurte, acréscimo de 8,9%.
Além dos alimentos, a taxa de inflação de outubro foi influenciada pelos setores de bebidas, com alta de 2,41%; material de limpeza, 0,85%; higiene pessoal, 0,31% e bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática, cuja variação média de preços foi 0,91%.

A pesquisa da UFLA identificou queda na média dos preços dos itens que compõem as categorias vestuário (-1,55%) e despesas de transporte (-0,14%). Os demais grupos pesquisados praticamente não sofreram alteração, na média, de preços, entre eles os gastos com serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), educação e saúde, moradia e despesas com lazer.

O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve variação de 0,07% em outubro, passando a custar R$283,39. Em setembro, esse valor foi de R$283,18. O custo desta cesta de alimentos foi influenciado pelas quedas de preços do açúcar e dos ovos.

No acumulado do ano, o custo da cesta básica de alimentos já está em 6,17%, superior à inflação acumulada em 2007, que ficou em 4,65%.

Após cinco meses de recuperação de renda, preços agropecuários caem em outubro

O ritmo de variação média dos preços agropecuários, após cinco meses consecutivos de alta, sofreu uma reversão em outubro, quando o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agropecuários ficou negativo em 1,83%. Essa mudança acontece principalmente pela queda do leite fluido pago ao pecuarista, cuja baixa foi de 9,41% para o leite tipo B e 6,92% para o tipo C.

São levantados os preços de 42 produtos na pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia (DAE) da Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Apesar de o setor leiteiro ter puxado para baixo esse índice de preços, os grãos ainda se mantiveram em alta, a exemplo do mês anterior. Em outubro, o preço recebido pelo arroz teve variação positiva de 7,69%; café, 2,63%; feijão, 4,96% e o milho, alta de 2,81%.

Entre os hortifrutigranjeiros, que tiveram variação média de 0,05%, as maiores quedas para o produtor ficaram localizadas na banana (-45,0%), batata (-12,09%), alho (-11,31%), repolho (-18,37%), berinjela (-9,88%) e beterraba (-7,46%). As maiores altas entre os hortifruti foram: couve-flor (72,73%), couve (22,41%), mandioca (20,0%), pepino (11,11%) e pimentão (8,33%).

No caso dos preços pagos pelos insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em outubro também foi negativa, ficando em 2,62%. Para estes insumos, são pesquisados 187 produtos e, entre estes, as principais quedas ocorreram nos setores de sementes e mudas (-5,98%), de inseticidas (-5,59%), carrapaticidas (-9,62%) e vermífugos (-9,38%), de animais de tração (-14,08%) e de serviços de terceiros (dia/homem, hora/trator, assistência técnica), com queda de 5,37%. Entre os grupos de insumos que tiveram alta em outubro, destacam-se rações (7,81%), herbicidas (3,05%) e vacinas, estas com alta de 2,5%.

O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento.

Conselho Universitário da UFLA aprova adesão ao Reuni

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Lavras (Ufla) aprovou por unanimidade, na tarde de sexta-feira (26) a adesão ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni.

A comissão responsável pela elaboração da proposta de expansão da Ufla apresentou o projeto aos conselheiros que questionaram aspectos metodológicos, técnicos e político-institucionais. Após esclarecimentos, o Conselho discutiu amplamente a proposta, deliberando, à unanimidade de 25 membros presentes, pela adesão da Ufla ao Reuni.

A Ufla encaminha ao MEC nesta segunda-feira (29), sua proposta de adesão que contempla novos cursos diurnos e noturnos, aumento na oferta de vagas em alguns dos cursos regularmente ofertados, novos cursos de pós-graduação, incremento para a assistência estudantil, contratação de professores e servidores técnico-administrativos e melhoria e ampliação da infra-estrutura de apoio.